#8 - Entendidos

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Ao ouvir Carla, Arthur a olhou, profundamente. Os olhos fixos um no outro causavam todo tipo de sensação até que Carla quebrou o silêncio.

Carla: eu te quero, seu idiota! Demais! Mas, a gente precisa conversar! Porque eu não quero só mais uma vez, eu te quero pelo resto da vida!
Arthur: Carla... não brinca - ele encaixa o rosto no pescoço dela deixando um beijinho ali e a coloca no chão.
Carla: eu não to brincando - ela ergue o rosto dele para que ele a olhe

O olhar dele era intenso, e ela estava confusa demais com o que tinha acontecido, mas uma certeza se instalou no peito dela: não viveria mais sem ele.

Carla: eu to com ódio de você, mas eu te amo. - a voz dela estava embargada - E eu não sei se fizemos certo em deixar as coisas chegarem a esse ponto, não sei se era melhor termos nos mantido longe, mas agora que aconteceu tudo isso, eu não sou mais capaz de fingir que não aconteceu. Por Deus, Arthú, ver outra te chamando de "meu Arthur Picoli de Conduru" acabou comigo - os olhos dela ja formavam lágrimas.

Ele deu um selinho nela e se afastou, a deixando extremamente confusa. Ele foi ate o próprio quarto e ela não sabia o que fazer, não entendeu nada, quando fechou os próprios braços em volta de si se dando conta que ainda estava nua, ele reapareceu, vestido em um roupão e estendendo outro pra ela.

Arthur: essa é uma conversa que vamos precisar ter vestidos, não consigo me concentrar com você assim na minha frente - ele sorriu a fazendo corar.
Carla: safado - ela sussurra e ele ri, ambos se sentam no sofá de frente un para o outro.
Arthur: eu também não conseguiria fingir que isso não aconteceu - ela o olha, se concentrando - eu não seria capaz de apagar cada cena que se repete em looping na minha mente nesse exato momento, e juro que eu tentei apagar antes, mas não consigo, eu quero você pro resto da minha vida também Carla, mas eu quero de verdade - ela o olhou confusa.

Carla: e quando foi de mentira? - seus olhos estavam marejados e ele se arrependeu de ter dito a última frase.
Arthur: calma! - fala acariciando o rosto dela com o polegar- eu to falando que te quero por completo, sem reservas, sem intrigas, sem bobeiras, sem esconderijos, sem medo, para isso a gente precisa mesmo colocar tudo que ainda nos machuca pra fora, não quero que tenhamos nada pra jogar na cara um do outro lá na frente - ela chora e ele a abraça forte.
Carla: me desculpa por ter sido tão covarde! Por não ter defendido a nossa relação das pessoas a minha volta, me perdoa por deixar eles terem tanto controle, me perdoa por me omitir e muitas vezes não te defender ou ao menos silenciar as ofensas, me perdoa por tudo, por favor! - sua voz saia como uma suplica e Arthur já nem sabia mais por que estavam fazendo aquilo, só queria amar ela novamente e em sussurros lhe garantir que esse amor seria eterno.

Arthur: eu te perdôo! Te perdôo, mas eu também preciso de perdão - sua voz estava embargada - me perdoa por não ter te feito se sentir a mulher mais amada da minha vida, por não ter sido firme o bastante quando disse que te queria, me perdoa por ir sem sequer lutar e me perdoa, principalmente por tudo que eu te fiz sentir em todo esse tempo - ela o agarra e o beija, lentamente, aos poucos eles intensificam o beijo, ficam ofegantes e vão se acalmando, ainda havia algumas coisas para dizer.

Arthur: eu te amo Carla Diaz! Eu amo cada partezinha de você, não existe outra mulher no mundo que me faça sentir tudo que você faz, não existe outro corpo no mundo pelo qual minhas mãos tenham vontade e saudade de passear todos os dias, não existe outra boca que meus lábios queiram beijar e não existe outro coração que eu deseje ter. Você é tudo que eu sempre quis um dia, te quis desde antes de te conhecer, te amei desde o segundo que minha boca tocou a sua e agora, se você me permitir, quero que me diga, se aceita que eu te ame por toda a vida?

Carla estava paralisada, a cada palavra que ele dizia, uma lágrima caia de seus olhos, ele estava ali, lindo, com os olhinhos marejados, as mãos tremendo, dizendo tudo que ela sempre sonhou ouvir dele, ela não conseguia sequer desviar o olhar do dele, respirou e então respondeu.

Carla: eu que te amo garoto! E sabe por que eu não consegui dizer nenhuma daquelas coisas que você citou durante a nossa conversa anterior? - ele balança a cabeça em negação - por que eu não acho nada daquilo, muito pelo contrário, eu sempre te achei um homem maravilhoso, super respeitador, cuidadoso, com um coração incrível que fez eu me apaixonar por você. Isso ninguém nunca conseguiu mudar e nunca vai conseguir, eu te amo muito, lindo! - ele a olha e começa a chorar, ela enxuga cada uma de suas lágrimas e depois o beija - beijo com lagriminha! - eles sorriem - algumas coisas não mudam nunca!
Arthur: você ainda não respondeu a minha pergunta, vida! - ela abre um sorriso enorme ao ouvir ele a chamar assim - quer ser a minha mulher pro resto da nossa vida?
Carla: e isso significa o que eu acho que significa?

Arthur: talvez sim! Você sempre foi minha mulher Carla, não tem sentido a gente voltar uma relação de outra forma, eu quero você e quero pra sempre, por que enrolar tanto?
Carla: apressadinho da estrela você, hein?
Arthur: e cê pensa que é só assim? Cê vai chegar, usar o meu corpinho e ir embora, sem nenhum compromisso? Não mesmo dona Carla, eu não sou um pedaço de carne não - ele fala dando alguns beijos no pescoço e selinhos na boca dela.

Carla: bobão pra idade! É claro que eu quero ser sua pro resto da vida, quero você por inteiro e vou logo avisando que você vai fechar essa fila ainda hoje, não quero mais nenhuma dessas biscoiteras babando no que é meu não! - ela o olha com raiva e ciúme e ele sorri feito um bobo.
Arthur: fecha você ué! Vou ficar muito feliz de fazer o mesmo com você, porque não vou dar espaço pra ninguém sequer pensar que tenha mais chances contigo. Chega desses babacas rondando o que é meu!

Carla: não me provoca Arthur!
Arthur: já disse que dessa vez não tem esconderijos Carla Diaz!
Carla: não mesmo! Dessa vez todo mundo vai saber que eu te amo e que se dane o mundo se não aceitarem - ele a olha toda segura e a puxa para o seu colo a beijando.

Arthur: eu te amo! Agora partiu segundo round?
Carla: meu Deus Arthur, você é incansável mesmo né?
Arthur: tenho muita saudade acumulada! E a não ser que você tenha algo mais importante pra fazer, hoje eu vou te mostrar de muitas formas como eu sou louco por você.
Carla: ah é? - fala o provocando, sabendo que tanto ele quanto ela estavam completamente nus embaixo do roupão - sabia disso tudo não, olha que eu vou cobrar hein crossfitero?
Arthur: e eu vou fazer questão de pagar! - fala levantando com ela no colo e indo em direção ao seu quarto em meio a risadas.

Algumas horas depois

Carla: ôooo selvagem, só me fala como que eu vou embora agora? - fala aconchegada nele na cama.
Arthur: por que?
Carla: você rasgou toda a minha roupa, seu...
Arthur: goxtosoo! Era isso que ia dizer, não?
Carla: idiota! Eu tô falando sério Arthú! - fala toda manhosa e ele a aperta ainda mais na conchinha deles.

Arthur: e quem disse que você vai a algum lugar? Você nunca mais vai sair dessa casa ou da minha vida dona Carla! - fala cheirando o pescoço dela.
Carla: tá um poço de amor né?
Arthur: tá ruim?
Carla: não, tá ótimo! - fala dando beijinhos no rosto dele - mas eu preciso ir em São Paulo resolver minhas coisas, eu não moro mais no Rio lembra?

Arthur: você não morava mais no Rio! Por que a partir de hoje você mora, bem aqui, no recreio, na minha, ou melhor na nossa casa, eu não estava brincando vida!
Carla: eu sei que não! E eu vou amar morar com você, mas eu preciso ir lá, tenho uma mudança para fazer! - ela o beija e ele resolve não discutir mais, afinal de contas ela tinha dito exatamente o que ele queria escutar.

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Quem agueeeenta? ME DIGAM! AAAAAAAA EU VOU EXPLODIR DE AMOR!

Querem mais?

Vou Revelar (One Shots)Onde histórias criam vida. Descubra agora