#5 - Reencontro

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ARTHUR

Não dou 5 passos pra longe da porta da casa dela e começo a pensar na injustiça disso tudo. Repassando a nossa briga vejo que fui muito injusto com ela, ela tentou muito conciliar tudo. Ela também foi injusta, porque eu também tentei...algum de nós vai ter que ceder e eu não me importo de ser eu.

A verdade é que eu e a Carla fomos jogados em um furacão, tudo aconteceu ao mesmo tempo e foi tão intenso que a gente não conseguiu se segurar e se perdeu... eu não vou conseguir ir embora, só em lembrar de como a deixei, aos prantos, me aperta o coração e eu sei que preciso ter ela em meus braços, foda-se, eu preciso dela na minha vida.

Dou meia volta torcendo para que ela não tenha trancado a porta e se tiver que me deixe entrar. A gente precisa se resolver, a gente precisa se reencontrar.

Giro a maçaneta e percebo que ela não trancou a porta, quando abro, a vejo no chão sentada sobre os joelhos, chorando, ela ergue a cabeça quando a porta se abre e se assusta ao me ver.

Eu me sento ao lado dela e a puxo pra mim, ela se deixa vim e eu a aconchego em meu colo, choramos os dois abraçados, nada é dito, só nos permitimos sentir. Ela se agarra a mim e em um choro tão sentido que meu coração se quebra só por perceber o sofrimento dela. A aperto mais ainda em meu peito e faço carinho em seu cabelo.

Quando o nosso choro cessa, ela se afasta e me olha.

Carla: porque você voltou? - ela pergunta analisando meu rosto
Arthur: porque eu te amo - respondo e a puxo para um beijo.

Esse beijo é intenso, o medo que sinto de perdê- la novamente é gigante, a prendo num aperto quase doloroso, invado sua boca com minha língua e busco a dela, sinto toda a intensidade que só minha loirinha tem, nossas línguas brigam por espaço, ela finca as unhas em mim como se quisesse me marcar. Quando o ar falta desço os beijos pela sua bochecha e pescoço, retorno aos seu lábios deixando vários selinhos e a sinto sorri sob meus lábios.

Me afasto para olha-la e faço carinho em seu rosto secando suas lágrimas e só então percebo que ela está um tanto gelada.

Arthur: Cá, você ta se sentindo bem? Você ta gelada.
Carla: eu to um pouco zonza, deve ser a hipoglicemia, eu não comi direito, bebi muito e toda essa confusão...

Arthur: vem - levanto com ela no colo e a coloco no sofá - onde tem doce aqui?
Carla: tem um pote de chocolate na geladeira - ela aponta a geladeira

Vou ate a geladeira dela e busco o chocolate, a entrego e ela me olha enquanto come. Fecha os olhos e tomba a cabeça pra trás colocando os braços sobre a testa.

Arthur: deixa eu cuidar de você? - ela abre os olhos que estão cheios de lágrimas novamente e balança a cabeça de forma afirmativa.

Eu a pego no colo, e a levo ate seu quarto, ela me conduz pela casa, pois eu ainda não tinha vindo aqui. Coloco ela na cama, tiro sua roupa, mas sem nenhuma malicia, eu só quero cuidar dela. Levo - a até o banheiro, ligo o chuveiro e lhe dou um banho, lavo seus cabelos e ensaboou seu corpo. Quando termino, pego uma toalha e a seco, enquanto ela escova os dentes eu busco um pijama pra ela, ela se veste e eu escovo seus cabelos. Em todo momento ela me olha, e vejo seus olhos sempre marejados.

Quando ela está pronta pra dormir, deito ela na cama e a cubro, deixando um beijo em sua testa.

Carla: não vai embora não, fica comigo, por favor. Tem roupa sua aqui. - ela fala me segurando pela mão
Arthur: roupa minha? - falo sentando na cama e sorrindo torto

Carla: sim, tava na minha outra casa, e eu trouxe, porque eu não esperava que tudo fosse desandar tão rápido - ela fecha os olhos e quando abre vejo as lágrimas escorrerem - agora quando eu to com muita saudade eu visto uma das suas blusas e durmo com elas.
Arthur: oh meu amor - deixo beijos por todo seu rosto - eu vou tomar um banho, ja volto.

Vou Revelar (One Shots)Onde histórias criam vida. Descubra agora