#5 - Resgate

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Carla cai desmaiada no chão o que faz os sequestradores se preocuparem e correrem em sua direção, eles a pegam, colocam sobre a cama e tentam a todo custo fazer ela voltar a si, um deles grita para que o outro abra a janela pra que entre ar ventilado no quarto e ele o faz, aos poucos ela vai acordando e eles ficam aliviados.

CARLA

Me assusto quando vejo os dois homens encapuzados ao meu redor.

Carla: o que aconteceu? Se afastem de mim - me encolho
Sequestrador: calma garota, você desmaiou. Ta passando mal?
Carla: acho que foi minha hipoglicemia, aqui não é exatamente um hotel cinco estrelas ne, e eu nao to podendo me cuidar
Sequestrador: mas é insolente, segura essa língua ou você não sai daqui viva! Agora diz ai o que você precisa porque pelo menos até a gente ta com o dinheiro do seu resgate temos que garantir sua segurança.

Por estar com medo e saber que preciso me cuidar, peço a eles algo doce e um vai buscar enquanto o outro fica de olho em mim.

Quando retorna, eles me deixam a sós no quarto, desamarrada e deitada na cama para que eu possa melhorar. Olho em volta de onde estou e noto a janela agora aberta.

ARTHUR

Estou hiperventilando quando termino a ligação com o sequestrador. Meus olhos ardem em lágrimas. Eles não podem machucar a Carla.

Policial: conseguimos! - a voz dele me tira do transe
Mara: o que?
Policial: rastreamos a ligação, sabemos exatamente onde eles estão, olhem - ele mostra o endereço - o tempo que vocês passaram no telefone foi essencial. - ele fala olhando pra mim e assinto

Arthur: e agora?
Policial: vamos resgata-la
Mara: nao, e se... e se eles descobrirem? E se matarem minha filha? - ela ja chora com uma mão no peito e a outra no meu braço, como se me pedisse apoio
Policial: nós vamos bolar uma estratégia, primeiro precisamos nos aproximar e ver a melhor forma de invadirmos sem colocar a Carla em risco.

Arthur: eu vou junto - digo encarando dona Mara
Lucas: que? Ta doido justiceiro?
Policial: você não pode ir.
Arthur: não posso o caramba, com ou sem vocês, eu vou.

Policial: não podemos colocar você em risco também e...
Arthur: eu não me importo! - interrompo - Eu vou junto!
Lucas: cara é loucura se arriscar, deixa a policia resolver, pensa bem
Arthur: eu ja pensei, é a Carla. Eu vou! E vamos logo que estamos perdendo tempo!

Antes de sairmos me surpreendo com o abraço que a dona Mara me da, e mais ainda com a fala dela.

Mara: por favor traga minha filha de volta
Arthur: eu trarei, prometo!

Nos despedimos e a viagem parece não ter fim, o lugar não é tão distante, mas é afastado e levamos pelo menos 40 minutos pra nos aproximarmos. Quando estamos perto eles reduzem a velocidade e começam a calcular rotas. Eu estou perdido nas falas, mas observo os arredores. Tem poucas casas, muitas árvores, não admira ser aqui, facilmente esconderiam uma pessoa nessas casas.

Enquanto penso e observo vejo algo que poderia passar despercebido pra qualquer um, mas não pra mim. Algo que faz meu coração saltar do peito, no mesmo instante eu abro a porta do carro e corro enquanto os policiais me repreendem.

Arthur: CARLAAAAA! - é ela, correndo a alguns metros da gente.
Policial: ARTHUR! VOLTE!
Arthur: CARLAAAAAAA! - ela para e se vira em minha direção - LINDA! VEM! - ignoro os policiais e corro em direção a ela quando ela vem em direção a mim.

CARLA

Estou dando o melhor de mim nessa corrida, não faço ideia de onde estou, nem para onde estou indo, mas preciso me afastar o máximo que conseguir antes daqueles tapados notarem que eu saí. Estou tão atordoada que quando escuto alguém gritar meu nome não reconheço a voz e continuo correndo, apavorada, mas na segunda vez eu sei quem é, eu sei exatamente quem é. Me viro para confirmar que não estou ficando louca, e é ele, é ele sim.

Vou Revelar (One Shots)Onde histórias criam vida. Descubra agora