#2 - Recomeço

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ARTHUR

A Carla é fogo, em todos os sentidos. Ainda vem toda autoritária mandando eu ir na casa dela. E o que eu faço? Vou né. Porque faz sentido o que ela falou, a gente não precisa de mídia em cima da gente agora.

Mando uma mensagem pra ela avisando que estou a caminho e ela me responde com um "ok" . Nós precisamos conversar, o que aconteceu naquela sala me da a certeza de que com a gente não tem ponto final e eu acho que ta na hora da gente colocar os pingos nos is. Ja faz um tempo daquela confusão, e ta mais que claro que a gente não se supera.

Eu chego na casa dela, ela libera minha entrada e atende a porta quando eu toco a campainha. Meu coração da um salto. Ela só pode ta fazendo de propósito, ta toda linda com o cabelo de yorkshire que eu amo e com o pijama de coração.

Arthur: você ta de brincadeira comigo? - falo dando um sorriso torto
Carla: ué? Que eu fiz? - ela sorri de volta se fazendo de desentendida

Arthur: Carla Carla
Carla: entra senhor Arthur - ela gargalha - fique a vontade.

Arthur: sua casa é linda - vou entrando e olhando a casa
Carla: obrigada - ela responde tímida - você aceita alguma coisa?

Arthur: você - eu falo baixo, mas acho que ela ouviu
Carla: oi? - ela fala sorrindo

Arthur: nada não - sorrio de volta - vamos conversar
Carla: vamos ali no sofá.

CARLA

Óbvio que meu look e penteado são de propósito. Depois que ele me mandou mensagem eu fiquei pensando em tudo que aconteceu com a gente, desde o início até chegarmos aqui. A gente tava bem até que tudo virou uma bola de neve caótica.

O que aconteceu hoje lá no tribunal é a prova de que a gente não tem moral nenhuma pra se fazer de difícil e se enganar. Tem muito desejo e sentimento. A gente não faz sexo, a gente faz amor, não importa o lugar ou a velocidade com que tudo acontece, sempre tem carinho, cuidado e a necessidade de dar prazer ao outro. A gente sempre foi assim, a gente se conecta de uma forma que não da pra descrever. E hoje eu vi que ta tudo do mesmo jeito, a gente segue na mesma página.

De início isso me assustou, porque estávamos em um tribunal, ele processando a minha mãe depois de tanta coisa que aconteceu e tanto mal que nos causamos. Porém, toda aquela confusão em que ele me bloqueou ja foi a meses atrás, e eu resolvi encarar esse momento como mais uma chance pra gente, porque o fato é que quando a gente encontra um amor assim, o destino não deixa a gente fugir. E eu resolvi enfrentar. Resolvi abraçar essa chance, se for o que ele quer também.

Decidi baixar a guarda, por a marra de lado, e vou quebrar a marra dele começando pelo meu visual, percebi que minha escolha surtiu efeito logo que ele chegou.

Nos conduzo até o sofá e sento ao seu lado. Nos encaramos sem conseguir dizer nada. Até que eu inicio.

Carla: Arthú, eu não sei por onde começar.
Arthur: te confesso que nem eu. Mas, o que aconteceu hoje entre a gente... você se arrependeu?

Carla: não... - suspiro - pelo contrário.
Arthur: como assim? - ele segura minha mão

Carla: eu tava com muita raiva de você, mas tava morrendo de saudade também  - eu entrelaço nossos dedos
Arthur: eu tava com muita saudade de você também - nos encaramos - raiva também- ele ri

Carla: justo - eu rio também - Arthú, eu queria te pedir desculpas, de verdade, por tudo isso, pelas coisas que minha mãe falou, não foi justo. E toda implicância, me desculpa.
Arthur: desculpo - ele da um sorriso torto - me desculpa também? - ele franze o cenho - eu fui muito moleque nessa situação toda, as indiretas, a bebedeira. Acho que me perdi.

Carla: claro que desculpo, eu me perdi também - desço o olhar para nossas mãos entrelaçadas
Arthur: acho que a gente se desestabiliza muito quando ficamos longe.

Carla: somos o ponto fraco um do outro - volto meu olhar pra ele.
Arthur: somos - ele desliza o polegar na minha bochecha e eu fecho os olhos me entregando ao seu toque - você tá solteira?

Carla: depois de você eu sempre estive - abro os olhos - tive alguns ficas, não vou mentir, mas nunca evoluiu. E você?
Arthur: a mesma coisa.

Carla: Arthú, porque você quis conversar comigo? O que você esperava? - sinto meus olhos marejarem
Arthur: a gente precisava colocar os pingos nos is, não acha? Ja tava na hora de mantermos as lembranças boas e resolver a raiva que ficamos um do outro - senti um soco no estômago, não era só isso que eu queria.

Carla: entendi - baixo o olhar para que ele não veja minhas lágrimas
Arthur: Carla? - ele levanta meu rosto delicadamente e seca minhas lágrimas - esse era o mínimo que eu esperava dessa conversa, mas se me perguntar o que eu espero de verdade disso tudo... - ele para de falar

Carla: o que?
Arthur: o que você acha?
Carla: eu quero ouvir
Arthur: quero você de volta

Eu me jogo nos braços dele o derrubando no sofá e me deitando por cima. Nos beijamos carinhosamente, esse beijo foi diferente do de mais cedo. Esse aqui é cuidadoso, quase como se tivéssemos medo de quebrar um ao outro. Ele desliza as mãos nas minhas costas e segura meu pescoço me mantendo perto de si, enquanto eu faço carinho no seu cabelo e barba. Encerro o beijo enchendo ele de beijinhos em todo o rosto, por fim deslizo meu nariz no dele.

Carla: lindo?
Arthur: que saudade de te ouvir me chamar assim
Carla: eu te amo

Ele me puxa para mais um beijo.

Arthur: eu te amo e ja aceitei que sempre vou amar.
Carla: me promete que a gente não vai mais se perder assim, eu não aguento mais essa montanha russa.

Arthur: eu não aguento mais também, linda. Vamos fazer dar certo. E, Cá, você sabe que a gente ja tem um caos pra enfrentar pra ficarmos totalmente bem ne?
Carla: é, eu sei. Nossa última briga envolveu muita gente. Mas, você ta disposto? A enfrentar tudo comigo?

Arthur: claro que eu tô. Eu enfrento o que for, só quero ficar com você. - beijo o rosto dele
Carla: partiu então - sorrimos - juntos e assumidos.

Arthur: sério?
Carla: ta na hora né? Foda-se quem não gostar.

Arthur: ta de boa e foda-se dona Carla?
Carla: hahaha mais do que nunca

Ele me da um selinho demorado.

Arthur: deixa eu te perguntar uma coisa, esse visual aqui foi de propósito? - ele fala debochado
Carla: lógico, eu ja sabia o que eu queria e queria quebrar sua marra. - falo brincalhona
Arthur: você não vale nada - sorrimos um para o outro.

Nos beijamos novamente e nos entregamos completamente um ao outro.

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Veio aiii! O que acharam??

Gente, vocês sabem que eu adoro escrever um drama né e como isso é o que mais a gente ta tendo ainda vem ai mais reconciliação dessa confusão hahaha

Vou ressaltar mais uma vez: TUDO AQUI É FICTÍCIO! FRUTO DA MINHA IMAGINAÇÃO, APENAS.

Val 🦋🥁

Vou Revelar (One Shots)Onde histórias criam vida. Descubra agora