1 - O 11 sempre da certo

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Caos. Caos. E mais caos.

É assim que foi o dia 10 de junho para Carla e Arthur.

Arthur e Carla estavam a cerca de 15 dias sem se ver, ele tinha ido para Conduru, depois ela pra São Paulo e como eram duas pessoas que ainda davam o que falar todos queriam se aproveitar, resultando em pressão da mídia e fake news nos sites de fofoca. Por estarem longe, a comunicação que ja era complicada, estava cada vez pior.

Nessas semanas separados Carla e Arthur tiveram algumas discussões por causa de tudo isso e as coisas não estavam muito bem, mas eles queriam se ver, conversar olho no olho para decidir o rumo que a relação iria tomar, afinal não era segredo para ninguém o tanto de sentimento que havia ali, mas eles precisavam fazer algo a respeito dos ruídos de comunicação que existia entre eles.

O dia 10 começou cedo para Arthur que tinha um ensaio a fazer com seu fotógrafo, em meio ao ensaio recebeu uma ligação falando sobre uma nota publicada alegando que ele e Carla estavam se encontrando no apê dele, ele de imediato respondeu que nada estava acontecendo, na tentativa de fugir de polêmicas, prezando pela paz dele e de Carla. Acreditou que tudo se resolveria e voltou a trabalhar.

Enquanto isso, Carla acordava em SP com o celular tocando, sua mãe ligava e ao atender Carla sentiu o corpo todo estremecer quando sua mãe contava tudo que estava acontecendo, Carla não conseguia acreditar que Arthur tinha dado entrevista (era o que havia na matéria) falando que nada estava acontecendo entre os dois, certo que esse era o combinado, esse era o discurso para a mídia, mas ele nem ao menos ligou pra ela, ou mandou uma mensagem sequer para resolverem juntos, a situação não estava boa, ela sentiu tristeza e raiva e medo, tudo ao mesmo tempo. Respirou fundo e aceitou que eles não teriam mais nada o que conversar, era o fim, ela, boba, ainda achou que eles poderiam se resolver, mas ele ja havia tomado a decisão pelos dois, mais uma vez. Pensando isso, Carla escreveu um posicionamento aos prantos e soltou no twitter, em seguida printou e colocou nos stories, não conseguiria falar em voz alta. Ela ainda precisaria resolver umas coisas em SP, agilizou tudo e em seguida correu para o Rio, queria o colo da mãe.

Arthur finalizou o ensaio e quando pegou o celular novamente se assustou com a infinidade de ligações e mensagens, a primeira pessoa com quem falou foi sua irmã Thais, que tentava explicar o que estava acontecendo, mostrou a ele a nota que dizia que ele havia dado uma entrevista e em seguida o posicionamento da Carla no twitter. Arthur entrou em desespero.

Arthur: eu não dei entrevista nenhuma! Por Deus Thais! Eu falei uma coisa pra cortar o assunto e proteger a mim e a Carla!
Thais: você ja falou com a Carla?
Arthur: não consegui, estava trabalhando e não achei que precisasse, nós não estamos bem, você sabe. E aparentemente ela tomou a decisão dela, eu achei que ainda teríamos chance, mas ao que parece ela ja seguiu a vida dela.

Arthur desligou o telefone e consumido de raiva e tristeza fez seu posicionamento no twitter concordando com o de Carla. Ele foi procurado por outros jornalistas e reafirmou "se Carla falou, é isso" . Chegou a tuitar que não havia dado nenhuma entrevista, que tinha falado algo pra fugir de polêmicas, mas apagou logo em seguida. O mundo dele estava de cabeça para baixo.

Carla ja havia chegado ao Rio e chorava copiosamente no colo da mãe no sofá de casa. Dona Mara tentava acalmar a filha, e recebia alertas no próprio celular sobre as atualizações do que estava acontecendo, ao ver a declaração de Arthur, mostrou para Carla

Mara: Carla, Arthur se pronunciou mais uma vez.
Carla: (lendo o tweet) Como assim "como a carla falou"? Ele que falou primeiro! Ai agora ele quer jogar o peso da decisão pra mim?! Ah nao!

Ela pegou o celular antes que dona Mara pudesse impedir e ligou para o Arthur.
Arthur estava encolhido no sofá pensando em que momento eles se perderam, tentava segurar as lágrimas, mas estava difícil. Seu celular tocou e ele não queria atender ninguém, mas resolveu ver ao menos quem era, e se assustou ao ver o nome dela. Atendeu receoso do que o aguardava.

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