Klaus Mikaelson 2

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Não era a primeira vez que Sn sentia aquela sensação de ser observado de longe. Ele sempre sentia isso, quando andava nas ruas, quando iria em algum restaurante com seus amigos, e até mesmo, estando seu sua casa, ele sentia a sensação de ter olhos em si todo o tempo. Mas nunca soube de quem eram aqueles olhos, ou até mesmo, o que.

As primeiras vezes que isso aconteceu, Sn ficava apreensivo, até mesmo, paranóico, rondando sua casa até ter total e absoluta certeza que havia somente ele ali, e que suas portas estavam trancadas. Com o tempo, Sn se acostumou com aquela sensação. Se atrevendo até a brincar com aquilo, dormindo com as janelas abertas, sem sequer pensar nas consequências.

Uma noite, ele até foi estúpido o suficiente a dizer para aquele ser que o observava "sinta-se em casa", um convite para qualquer um entrar em seu quarto. E claro, foi exatamente isso que aconteceu.

Klaus passou meses esperando que aquele jovem se acostumasse com sua presença, em todos os lugares que Sn ia, Klaus o seguia, mantendo sempre seus olhos sobre o jovem.

Sua obsessão começou começou no exato momento que Klaus sentiu o cheiro do sangue de Sn. Era como se ele fosse teletransportado ao passado, se lembrando de alguém que Klaus jurou nunca pensar sobre. Um amor antigo, e doloroso, que, apesar do que muitos diziam sobre as feridas cicatrizarem com o tempo, a ferida desse amor continuava em carne viva.

Talvez fosse pela forma que terminou, com o corpo de seu amado em seus braços, ou o que restou dele. Seu amor havia sido morto simplesmente por amar alguém como Klaus, que naquela época, era mais conhecido como demônio.

Klaus passou toda sua eternidade pensando se ao menos ele tivesse chegado a tempo, se ao menos ele pudesse ter sido forte o suficiente para lutar contra sua fome por algumas horas, mas ele foi fraco. Hoje ele entende muito bem que tudo foi uma emboscada, alguns caçadores foram deixados sangrando em meio a floresta, e Klaus não podia controlar sua fome, se aprofundando mais e mais a dentro da floresta, se distanciando do típico ponto de encontro onde ele e seu amado ficavam juntos sob as estrelas.

E quando ele voltou, com sua boca ainda escorrendo o sangue, sentiu o cheiro do queimado misturado com o cheiro da pele de quem ele amava. Klaus achou o ponto exato onde seu grande amor foi queimado já fogueira, sob uma grande árvore morta, onde ele e seu amor, gostavam se forçar suas promessas.

Klaus destruiu toda a aldeia em questão de minutos, sua ira o transformando no verdadeiro demônio que eles tenham.

Antes mesmo do amanhecer, o corpo carbonizado de Sn estava sob o solo da grande árvore, com uma pedra talhada em seu nome, e uma delicada flor vermelha sobre a terra onde repousava. Klaus havia derramado lágrimas o suficiente para deixar a terra molhada em seus pés, e ainda sim, não foi o suficiente.

Ele sentiu a dor por anos, se tornando um ser amargo e frio, um verdadeiro monstro por causa de uma ferida em seu coração.

Centenas de anos depois, Klaus sentiu o aroma de alguém que jamais pensou em rever, o tom de voz, a forma em que seu coração batia... Era ele. O jovem que fez Klaus sentir humano de novo, quem aceitou aquele demônio com amor e carinho.

Não demorou muito pra Klaus saber exatamente quem aquele jovem era, Sn. Recém chegado em Nova Orleans. E desde então, Klaus nunca tirou seus olhos daquele jovem, esperando ansiosamente para o exato momento que ele pudesse tomar Sn em seus braços, de onde ele nunca deveria ter saído. Klaus não iria cometer o mesmo erro, não iria perder ele de novo.

Sinta-se em casa... Klaus ouviu como um sussurro baixo e sonolento. Ele sorriu com a inocência de Sn, sabendo o quanto aquilo iria beneficiar apenas ele.

IMAGINES ALEATÓRIOS PARTE IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora