Braden Higgins

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Esse imagine foi um pedido feito por um seguidor! Espero que goste❤️

Sn sabia como era ser a novata em algum lugar, afinal, ela mesmo ainda carregava o apelido de "novata" pelos corredores da escola. Tendo chegado no meio do semestre teve suas consequências... Mas quem era o louco de colocar seu filho na escola no último dia de aula?!

Tinha que ser o tio Marcus...

Seu conflito interno entre ir falar com o novato, e alertá-lo sobre as malditas panelinhas na escola e como os comentários poderiam ser cruéis se acabou no mesmo instante que Branden colocou Frank, capitão do time de Futebol, contra o armário... Literalmente.

- Esse armário é meu agora. - Braden disse entre seus dentes, seus cabelos loiros caindo em sua face, seus braços fortes expostos pela manga arrancada de sua camisa de flanela, deixo que todos vissem suas tatuagens bem... Exóticas, por assim dizer.
- É t-todo seu... - Frank respondeu com a voz trêmula, antes de Branden solta-lo. Frank arrumou sua jaqueta, desviando de Braden como se ele fosse um animal selvagem. E para sua infelicidade, Frank olhou diretamente para sua direção. - perdeu alguma coisa, cucaracha?! - ele disse antes de forçar seus livros para o chão, fazendo questão de lhe dar um empurrão em seu ombro. Sn revirou seus olhos, claro, que a única coisa que Frank aprendeu nas aulas de espanhol, foi algo tão genérico e estúpido... E óbvio que ele iria usar para fazer sua vida um inferno, afinal, ser novata não era o suficiente para todos lhe fazerem de chacota, precisava ser latina com sotaque tão forte como sua mãe... Mãe adotiva.

Sn suspirou se abaixando e pegando seus livros antes que chamasse mais atenção para si.

No intervalo, Sn viu Braden sentado sozinho na mesa do refeitório. Ela pensou se deveria se aproximar dele, ou não simplesmente ignora-lo. E apesar de ter pena consciência que talvez que quisesse ficar sozinho, ela mesmo assim, decidiu se aproximar.

- ah... Oi. - ela falou tão tímida que mal reconheceu sua própria voz. - eu sou Sn Feder... Filha do Lenny? Melhor amigo do seu pai...? - ela falou vendo ele erguer uma sombrancelha como se se questionasse do motivo dela estar falando com ele. Mas, Sn tinha um pequeno problema... Quando ficava nervosa, não conseguia parar de falar. - eu sei o que você deve estar pensando, eu realmente não pareço com nenhum deles... O que eu quero dizer é que eu sou adotada... Mas você não precisa saber disso... - ela falou colocando sua bandeja de comida na mesa, se sentando em frente a Braden, que até o momento, não havia dito nada a ela. - eu sei como é ser a novata aqui... Eles fizeram minha vida um inferno... Na escola! Não na minha família! Eles são muito legais e... Por que eu estou dizendo tudo isso? - ela falou a última parta mais pra si mesma do que para ele. - o que você... O que você está achando daqui? - Sn falou mudando o assunto, tentando fugir de seu constrangimento. E como resposta, Braden cruzou seus braços em frente ao seu corpo, preferindo não responder. Sn poderia ter se levantando e ir embora, mas não. - você... Você quer comer alguma coisa? Acho que o Tio Marcus esqueceu seu lanche... Não tem problema, meu pai faz lanche o suficiente pra escola inteira se deixar... Aqui, quer? - ela ofereceu colocando sua bandeja de lado, e pegando em sua bolsa a sacola com alguns lanches que seu pai sempre fazia questão que levasse, caso um dia, fizesse amigos... O que nunca aconteceu.

Ela colocou o pacote em frente a Branden, que olhou para a sacola e para ela algumas vezes, como se estivesse duvidando que ela estava lhe dando algo. Sn tentou disfarçar seu sorriso quando viu ele abrir a sacola e começar a comer seu lanche. Ela se sentia como uma criança dando comida aos guaxinins, não podia fazer movimentos bruscos, nem se animar demais, afinal, poderia assusta-lo.

Entretanto, a felicidade dela foi cortada quando Frank e alguns de seus amigos resolveram colocar a música "la cucaracha" para tocar bem alto, fazendo além, colocando sombreiros e balançando maracas no ar. Sn quis ser engolida pelo chão quando sentiu o sombreiro ser colocado em sua cabeça.

- " La cucaracha, la cucaracha
Ya no puede caminar
Porque no tiene
Porque le falta
La patica principal" - eles cantavam alto para todos nós refeitório ouvirem, só causando com que um mar de murmúrios e risos tomassem todo o lugar. - La cucaracha, la cucaracha
Ya no puede caminar
Porque no tiene
Porque le falta
La patica principal " - eles cantavam ainda mais alto, e ali Sn deu seu basta, se erguendo da mesa, abandonando tanto sua comida, quando Braden, antes de sair do refeitório correndo o mais rápido que podia, claro, deixando o sombreiro no lixo.

Ela correu pelos corredores da escola até que achasse o banheiro mais próximo, se trancando na última cabine e rezando para que o mundo simplesmente esquecesse que ela existia.

Sempre foi assim, não importava onde ela estava, em Hollywood ou aqui. Sempre era o alvo... E nunca ficava mais fácil.

Sn ficou ali até que o último sinal tocasse, graças a Deus pelo seu celular com boa recepção de sinal, porque foram longas horas até que a escola estivesse vazia, e ela precisava de uma distração.

Ela somente saiu quando todas as comemorações de último dia dia de aula acabassem, e ela finalmente tivesse sua paz de volta.

Sn andou até seu armário, encontrando ele totalmente aberto. Ela xingou esperando que alguém tivesse feito algo, mas não, muito pelo contrário. Sua bolsa estava de volta ali, e em cima dela, um bilhete com uma escrita horrenda, quase ilegível, dizendo:

obrigada pelo lanche.
- Braden

Ela sorriu lendo o bilhete, tendo certeza que havia entendido certo, afinal, a letra era realmente terrível, mas era exatamente isso que estava escrito. E de alguma forma, fez seu dia ficar um pouco melhor.

Depois de pagar sua bolsa, tendo certeza de que seu bilhete estaria guardado para sempre, Sn começou a fazer seu caminho para fora da escola, pensando que iria encontrar o estacionamento totalmente vazio, mas muito pelo contrário. Todos os alunos ainda estavam ali, gargalhando enquanto tiravam fotos de algo que ela ainda não conseguia ver.

- o que está acontecendo? - Sn perguntou para alguém, mas como custume, ninguém respondeu.

Ela então, passou pelo meio dos estudantes, descobrindo o motivo das gargalhadas, era Frank e todos seus amigos, usando somente as roupas íntimas, sendo forçados a dançar em quanto cantavam "la cucaracha", mas dessa vez, eles não riam, e sim, choravam olhando para Braden, que girava uma faca no ar, mandando eles dançarem melhor a cada vez que algum errava o passo.

- Braden... Você fez isso? - ela perguntou andando até o garoto, que sorriu guardando a faca, e imediatamente, Frank e seus amigos correram para longe. Sn ainda podia ouvir eles chorando, o que só a fez querer gargalhar mais.
- Fiz... Também coloquei sua bolsa no armário. - Braden respondeu como se não fizesse o sorriso de Sn crescer ainda mais.
- Obrigado... - Sn disse escondendo seu riso em sua mão antes de se virar para ele de novo, agora com uma feição um pouco mais séria. - apesar de... De ter certeza que a parte da ameaça com a faca foi totalmente contra a lei... Ainda sim, obrigado. - ela falou vendo ele sorrir fraco antes de ouvir o som dos carros de todos que ainda estavam ali começarem a sair da escola, todos animados para ao verão. - seu pai vem te buscar?
- não. - Braden respondeu e foi quase como se tocar no nome do pai dele fosse proibido, talvez seja porque Marcus sequer participou de sua infância... Ou sequer sabia de sua existência.
- oh... Nesse caso... Quer ir até a pedreira comigo? É um lago muito legal com uma pedra enorme que você pode pular e cair na água... É quase como um rito de passagem por aqui... Meu pai contou pra mim quando nos mudamos pra cá... É bem legal e... Eu sinto que eu estou falando demais... - Sn falou calando sua boca enquanto desviava seu olhar de Braden.
- Eu gosto de ouvir você falar... Você tem sotaque... - Braden respondeu fazendo o sangue de Sn ir todo para suas bochechas. - vamos até a pedreira...
- ok... - Sn murmurou tentando esconder seu rosto corado do rapaz, mas claro que ele viu, qualquer um veria.

Ao menos ela poderia finalmente contar para sua família que tinha feito um amigo... Ou quase.

IMAGINES ALEATÓRIOS PARTE IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora