- Oi pai... Sim eu acabei de chegar em casa... - ela falou enquanto equilibra o celular no ombro, a mochila em uma mão e a outra tentava abrir a porta. - Sim, só estou cansada... A prova foi difícil, mas acho que consegui... Como vão as coisas aí? E a mamãe? - perguntou enquanto finalmente conseguia entrar em sua casa, trancando a porta atrás de si. - E o hotel é legal? - perguntou indo em direção a cozinha. Seu corpo todo implorava para ela simplesmente ir para a cama. Ela estava exausta em todos os sentidos, fisicamente, mentalmente e emocionalmente. Seu pai continuava a falar sobre o hotel e como tudo estava indo bem, eles tinham viajado por trabalho, algo que seu pai particularmente odiava, dizia que preferia de ficar em casa, gostava de ficar com sua mãe e ela no aconchego da casa. Sua mãe já lhe contou as histórias sobre como seu avô era quando seu pai era jovem, como ele nunca estava em casa, como traia sua avó e como os dois tinham um péssimo relacionamento, tanto que Sn sequer conhecia seus avós até hoje. Em algumas das viagens, sua mãe iria junto ao seu pai, assim eles tiravam alguns dias de folga depois e faziam uma pequena lua de mel. - Que ótimo! Eu vou fazer alguma coisa para comer... Você já fez? Own obrigada! - ela falou ouvindo seu pai dizendo que ele tinha lhe deixado sua comida pronta antes deles saírem naquela manhã. Seu pai era carinhoso, sempre fazia algo para demonstrar o amor para ela, sendo lavando suas roupas quando sabia que Sn estava ocupada demais, fazendo sua janta em dias corridos, fazendo uma marmita e colocando em sua bolsa antes da faculdade, lhe ajudando nos deveres, até mesmo comprando os produtos de cabelo e maquiagem que ela mais gostava. - Tudo bem, eu vou comer agora, depois banho e aí vou dormir até domingo. - brincou. - Manda um beijo pra mamãe, ok? Também te amo, tchau pai! - desligou seu celular, pegando a janta pre feita na geladeira, colocando no microondas antes de ir para a sala, ligando a grande televisão de tela plana, e colocando em seu streaming favorito precisando ver sua série de conforto naquela noite de sexta.
Com o prato em seu colo, seus pés apoiados naesa de centro e sua série favorita passando na televisão, Sn finalmente começou a relaxar. Quando terminou de comer, ela colocou o prato na pia, desligou a televisão e fez seu caminho para o banheiro, precisando tirar as roupas sujas de seu corpo e tomar um delicioso banho quente.
Quando por fim terminou, fez suas higienes, escovando seus dentes, limpando todo o resto de maquiagem de seu rosto, passando um hidratante e por fim, colocando seus pijamas. Assim que ela se deitou na cama, pegou seu celular e começou a passar pelos seus aplicativos favoritos até que pegasse no sono.
Não muito tempo depois, as luzes apagadas de sua casa começaram a se ascender e apagar repetidamente. Ela jogou seu celular no colchão, olhando ao redor e tentando entender o que acontecia. As luzes continuaram a piscar, de novo e de novo, ela saiu do conforto de seu colchão, pensando se talvez não fosse um problema elétrico do bairro, mas assim que olhou pela janela de seu quarto, vendo que somente sua casa estava piscando como luzes de natal, ela soube que algo não estava certo. Sn não era medrosa, ela não tinha medo em ficar sozinha, mas aquilo estava lhe dando um frio em sua espinha. Seu primeiro instinto era ligar para seu pai, ele com certeza saberia o que fazer.
Antes que pudesse alcançar seu celular na cama, sua casa inteira tremeu, como se um terremoto estivesse acontecendo em toda Hawkins. Como instinto, ela caiu de joelhos, se apoiando no chão, bem a tempo de ver o chão de seu quarto se abrindo em uma coisa estranha.
Era como uma fenda, coberta por teias de aranha pretas, e por dentro, tudo o que Sn via era uma luz vermelha que pulsava. Aquela fenda parecia crescer a cada vez que sua casa tremia, ele começou a tomar todo o chão de seu quarto, até que não restasse mais onde Sn pudesse se segurar, a não ser, pular para sua cama, que de alguma forma, continuava ali.
Ela fez, pegando seu celular e começando a discar freneticamente para seu pai. Suas mãos tremiam como nunca, seu coração estava acelerado e ela não sabia o que fazer. Aquelas fendas pareciam criar raízes, que subiam pelas suas paredes, era como se aquilo estivesse vivo.
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IMAGINES ALEATÓRIOS PARTE III
FanfictionContinuação do primeiro, segundo e terceiro livro! Esse livro se trata de fanfics escritas por mim sobre diversos personagens. Tais histórias podem conter conteúdos adultos. Histórias com gatilhos mais pesados serão advertidas no começo no capítulo...