Poderia ser por culpa de seus anos sendo um usado como arma, assassinado aqueles que ousassem entrar no caminho da HYDRA, poderia ser as torturas em seu corpo e mente, seu cérebro fritando de novo e de novo numa eterna angústia para ele esquecer seu verdadeiro ser.
E depois de anos vivendo assim, poderia essa ser a culpa por BUCKY ser desconfiado com tudo ao seu redor.
Sam brincava dizendo que ele era paranóico. Colocar câmeras de segurança avançadas em todo o apartamento, esconder algumas pelo condomínio e pela rua onde morava. Pedir comida atravéz de nomes falsos, utilizar pseudônimos para ter contas abertas em diversos bancos, criar rotas de escape por toda a cidade, escondendo mochilas de emergência em cada uma delas. Afinal, nunca se sabe quando ele precisaria fugir.
- Então, qual foi o nome dessa vez? - Sam perguntou enquanto eles entravam na rua do prédio de Bucky. Os dois carregavam suas comidas recém compradas do restaurante chinês favorito de Bucky.
- Naquele restaurante eu sou chamado de Dave. Mas eu fiz os pedidos no seu nome, Samanta. - Bucky respondeu girando a sacola para mostrar o nome escrito no papel marrom.
- Qual é!? - Bucky riu com a indignação de seu amigo. - Bucky, você sabe que não é mais um foragido, certo? Você foi perdoado! Pode usar seu nome para fazer compras! E já está mais do que na hora de tirar todas as câmeras de segurança da cidade... Você parece um maníaco paranóico. Eu sinto que qualquer dia vou chegar na sua casa e você vai estar usando um capacete de alumínio! - Sam falou com a clara preocupação com o amigo, mas nunca deixando de brincar com a situação.
- Eu sei disso, Samanta, mas... Mas eu servi a HYDRA por setenta anos. Eu fiz inimigos por diversos países, assassinei mais de cinquenta pessoas de interesse espalhadas por todo o globo! - Bucky viu a forma que Sam concordava com o que ele dizia, ele sabia o que Bucky queria dizer. Apesar do perdão, isso não significava que Bucky era livre, seus inimigos poderiam estar na espreita somente aguardando um erro para ter o Soldado Invernal de volta. - Eu tenho inimigos, Sam...
- Eu sei, eu sei... Mas sabe que pode contar comigo, não é? - Sam perguntou colocando a mão no ombro de Bucky, precisando garantir que Bucky soubesse que Sam estaria lá para ajuda-lo. - Eu posso ajudar você... Não precisa ficar paranóico sozinho...
- Eu agradeço, Sam... Mas é uma batalha que eu preciso enfrentar sozinho. - ele falou num tom agradecido. Os dois finalmente viraram a esquina, se deparando com um grande caminhão de mudança, diversas caixas de papelão da rua, homens uniformizados subindo e descendo do caminhão.
- Vizinho novo? - Sam questionou andando até a entrada do prédio do amigo, desviando das caixas de papelão do chão.
- Não sabia que tinha um apartamento vago... - Bucky murmurou já num tom de suspeita.
- Relaxa, cara! É só um vizinho novo! Não tem nada de mais. - Sam retrucou conhecendo bem aquele tom.Os dois apertaram o botão do elevador, esperando no hall de entrada. Sam via como Bucky observava cada caixa ali, como se estivesse tentando ver o que tinha dentro. Assim que o elevador abriu, os dois entraram e Bucky apertou o número de seu andar, com as portas de metal lentamente fechando, eles ouviram o som rápido de passos correndo no hall antes de alguém gritar:
- Segura o elevador!!! - era uma voz feminina, jovem talvez. Estava cansada e ofegante. Sam e Bucky rapidamente estenderam suas mãos para impedir que a porta se fechasse, deixando que os dois vissem quem havia pedido. Era realmente uma mulher, ela tinha pequenas gotas de suor em sua testa, seu cabelo preso e usava roupas confortáveis. Em suas mãos ela carregava uma grande caixa de papelão com diversos adesivos colados dizendo e repetindo FRÁGIL! - Desculpem... Obrigado por segurar... - ela falou num tom educado, entrando no elavor e tentando apertar o botão de seu andar, mas ela sequer conseguia ver, já que a grande caixa tomava sua visão.
- Qual seu andar? - Sam perguntou tentando ser gentil. Ela respondeu e Bucky a olhou com suspeita. Era o mesmo andar que ele. - Então... Nova vizinha, hã? - ele perguntou tentando puxar um assunto.
- Sim... Prazer, Sn. - Ela equilíbriou a caixa em uma única mão, antes de tentar cumprimentar Sam.
- Eu sou Sam, e esse aqui é o Bucky. - Sam falou quase entre os dentes forçando o homem a cumprimentar ela. A mulher se abaixou colocando a caixa no chão, conseguindo ver quem eram os dois homens em sua frente.
- Bucky? Que nome... Oh... O-oi Bucky! - era Bucky Barnes. BUCKY BARNES era seu vizinho. E Sam? Sam era somente o CAPITÃO AMÉRICA.
- Não sabia que tinha um apartamento vago. Como você soube? - Bucky questionou como se uma pulga atrás de sua orelha estivesse dando cambalhotas na suspeita da mulher. Sam lhe deu uma cotovelada como se mandasse ele se comportar, mas o cotovelo do amiga do batendo em seu braço de vibranium não faria nada.
- Oh... Eu precisei sair do meu antigo apartamento e minha amiga me alertou sobre esse que tinha acabado de ficar vago! - ela respondeu num tom nervoso, sua voz tremia e ela tentava limpar o suor de seu rosto rapidamente.
- Precisou sair? Por que? - Bucky questionou num tom de suspeita ainda maior. O elevador parou no andar dos dois.
- Bucky! - Sam quase gritou entre os dentes. - Desculpe... Ele é desconfiado. Precisa de ajuda para levar a caixa para seu apartamento? - Sam perguntou com educação, se abaixando para pegar a caixa pesada do chão, mas ela foi mais rápida.
- Não! Não precisa! Eu não quero ser incomodo! - ela falou nervosa, erguendo a caixa com dificuldade e correndo para seu apartamento, chutando a porta para fechar logo. Bucky ficou observando a mulher, criando todas as hipóteses sobre sua vida possível.
- Hey! Não! Para com isso! Credo! Você é paranóico demais! Vamos que eu tô com fome! - Sam falou chamando a atenção do amigo, que revirou os olhos com os comentários dele.
VOCÊ ESTÁ LENDO
IMAGINES ALEATÓRIOS PARTE III
FanfictionContinuação do primeiro, segundo e terceiro livro! Esse livro se trata de fanfics escritas por mim sobre diversos personagens. Tais histórias podem conter conteúdos adultos. Histórias com gatilhos mais pesados serão advertidas no começo no capítulo...