Bucky Barnes 118

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Poderia ser por culpa de seus anos sendo um usado como arma, assassinado aqueles que ousassem entrar no caminho da HYDRA, poderia ser as torturas em seu corpo e mente, seu cérebro fritando de novo e de novo numa eterna angústia para ele esquecer seu verdadeiro ser.

E depois de anos vivendo assim, poderia essa ser a culpa por BUCKY ser desconfiado com tudo ao seu redor.

Sam brincava dizendo que ele era paranóico. Colocar câmeras de segurança avançadas em todo o apartamento, esconder algumas pelo condomínio e pela rua onde morava. Pedir comida atravéz de nomes falsos, utilizar pseudônimos para ter contas abertas em diversos bancos, criar rotas de escape por toda a cidade, escondendo mochilas de emergência em cada uma delas. Afinal, nunca se sabe quando ele precisaria fugir.

- Então, qual foi o nome dessa vez? - Sam perguntou enquanto eles entravam na rua do prédio de Bucky. Os dois carregavam suas comidas recém compradas do restaurante chinês favorito de Bucky.
- Naquele restaurante eu sou chamado de Dave. Mas eu fiz os pedidos no seu nome, Samanta. - Bucky respondeu girando a sacola para mostrar o nome escrito no papel marrom.
- Qual é!? - Bucky riu com a indignação de seu amigo. - Bucky, você sabe que não é mais um foragido, certo? Você foi perdoado! Pode usar seu nome para fazer compras! E já está mais do que na hora de tirar todas as câmeras de segurança da cidade... Você parece um maníaco paranóico. Eu sinto que qualquer dia vou chegar na sua casa e você vai estar usando um capacete de alumínio! - Sam falou com a clara preocupação com o amigo, mas nunca deixando de brincar com a situação.
- Eu sei disso, Samanta, mas... Mas eu servi a HYDRA por setenta anos. Eu fiz inimigos por diversos países, assassinei mais de cinquenta pessoas de interesse espalhadas por todo o globo! - Bucky viu a forma que Sam concordava com o que ele dizia, ele sabia o que Bucky queria dizer. Apesar do perdão, isso não significava que Bucky era livre, seus inimigos poderiam estar na espreita somente aguardando um erro para ter o Soldado Invernal de volta. - Eu tenho inimigos, Sam...
- Eu sei, eu sei... Mas sabe que pode contar comigo, não é? - Sam perguntou colocando a mão no ombro de Bucky, precisando garantir que Bucky soubesse que Sam estaria lá para ajuda-lo. - Eu posso ajudar você... Não precisa ficar paranóico sozinho...
- Eu agradeço, Sam... Mas é uma batalha que eu preciso enfrentar sozinho. - ele falou num tom agradecido. Os dois finalmente viraram a esquina, se deparando com um grande caminhão de mudança, diversas caixas de papelão da rua, homens uniformizados subindo e descendo do caminhão.
- Vizinho novo? - Sam questionou andando até a entrada do prédio do amigo, desviando das caixas de papelão do chão.
- Não sabia que tinha um apartamento vago... - Bucky murmurou já num tom de suspeita.
- Relaxa, cara! É só um vizinho novo! Não tem nada de mais. - Sam retrucou conhecendo bem aquele tom.

Os dois apertaram o botão do elevador, esperando no hall de entrada. Sam via como Bucky observava cada caixa ali, como se estivesse tentando ver o que tinha dentro. Assim que o elevador abriu, os dois entraram e Bucky apertou o número de seu andar, com as portas de metal lentamente fechando, eles ouviram o som rápido de passos correndo no hall antes de alguém gritar:

- Segura o elevador!!! - era uma voz feminina, jovem talvez. Estava cansada e ofegante. Sam e Bucky rapidamente estenderam suas mãos para impedir que a porta se fechasse, deixando que os dois vissem quem havia pedido. Era realmente uma mulher, ela tinha pequenas gotas de suor em sua testa, seu cabelo preso e usava roupas confortáveis. Em suas mãos ela carregava uma grande caixa de papelão com diversos adesivos colados dizendo e repetindo FRÁGIL! - Desculpem... Obrigado por segurar... - ela falou num tom educado, entrando no elavor e tentando apertar o botão de seu andar, mas ela sequer conseguia ver, já que a grande caixa tomava sua visão.
- Qual seu andar? - Sam perguntou tentando ser gentil. Ela respondeu e Bucky a olhou com suspeita. Era o mesmo andar que ele. - Então... Nova vizinha, hã? - ele perguntou tentando puxar um assunto.
- Sim... Prazer, Sn. - Ela equilíbriou a caixa em uma única mão, antes de tentar cumprimentar Sam.
- Eu sou Sam, e esse aqui é o Bucky. - Sam falou quase entre os dentes forçando o homem a cumprimentar ela. A mulher se abaixou colocando a caixa no chão, conseguindo ver quem eram os dois homens em sua frente.
- Bucky? Que nome... Oh... O-oi Bucky! - era Bucky Barnes. BUCKY BARNES era seu vizinho. E Sam? Sam era somente o CAPITÃO AMÉRICA.
- Não sabia que tinha um apartamento vago. Como você soube? - Bucky questionou como se uma pulga atrás de sua orelha estivesse dando cambalhotas na suspeita da mulher. Sam lhe deu uma cotovelada como se mandasse ele se comportar, mas o cotovelo do amiga do batendo em seu braço de vibranium não faria nada.
- Oh... Eu precisei sair do meu antigo apartamento e minha amiga me alertou sobre esse que tinha acabado de ficar vago! - ela respondeu num tom nervoso, sua voz tremia e ela tentava limpar o suor de seu rosto rapidamente.
- Precisou sair? Por que? - Bucky questionou num tom de suspeita ainda maior. O elevador parou no andar dos dois.
- Bucky! - Sam quase gritou entre os dentes. - Desculpe... Ele é desconfiado. Precisa de ajuda para levar a caixa para seu apartamento? - Sam perguntou com educação, se abaixando para pegar a caixa pesada do chão, mas ela foi mais rápida.
- Não! Não precisa! Eu não quero ser incomodo! - ela falou nervosa, erguendo a caixa com dificuldade e correndo para seu apartamento, chutando a porta para fechar logo. Bucky ficou observando a mulher, criando todas as hipóteses sobre sua vida possível.
- Hey! Não! Para com isso! Credo! Você é paranóico demais! Vamos que eu tô com fome! - Sam falou chamando a atenção do amigo, que revirou os olhos com os comentários dele.

IMAGINES ALEATÓRIOS PARTE IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora