IMAGINES ALEATÓRIOS PARTE III

Bucky Barnes 111

Recuperar dados era o tipo de missão que Sn odiava. Primeiro, que ela nunca tinha acesso aos dados que trazia pra casa, e ela como uma boa curiosa que era, não gostava nem um pouco disso. Segundo, a missão sempre seguia por dois caminhos. Caminho A: a base estar abandonada, tudo ocorrer perfeitamente bem, e ela estar de volta para sua cama antes mesmo que percebesse. Ou, caminho B: ter dezenas de soldados altamente armados esperando por eles, lutar até que já não tivesse fôlego, sentir que nunca mais iria sair dali, somente para precisar de uma semana para se recuperar e entrar em uma nova missão... Claro, isso quando ela não precisava ficar afastada meses. Por isso, ela odiava recuperar dados.

Mas... Ter alguém como Bucky ao seu lado, ajudava para que ela não odiasse tanto assim a missão.

Sn não era uma fã. Obviamente. Ela era... Uma admiradora? Uma adoradora? Talvez uma aficionada? Uma apaixonada? Não... Obviamente não. Ou talvez...

Ela conhecia a história de Bucky, claro, quem não conhecia? Mas digamos que ela conheceu ele desde a infância. Seu avô, Gabe Jones, lhe contava as histórias do grande Sargento Barnes, aquele que lutou bravamente ao seu lado, quem o ajudou a voltar para casa, aos braços de sua avó. Ele contava sobre como o Sargento conseguia atirar em inimigos em mais de oitocentos metros de distância com seu rifle, como conseguia derruba-los facilmente num combate corpo a corpo, e ele era ainda mais habilidoso com as lâminas que carregavam. Na infantil cabeça dela, Bucky Barnes era um verdadeiro Príncipe Guerreiro Encantado.

E quando teve a oportunidade de migrar dos Agentes da SHIELD para os Vingadores, e conhecer pessoalmente seu Príncipe Guerreiro Encantado, ela obviamente disse sim.

Alguém já tinha a alertado sobre o perigo de conhecer seus ídolos, sobre como eles podem partir seu coração das piores maneiras. Mas, sinceramente, Bucky só parecia ser mais e mais encantado.

A forma charmosa que ele tratava Sn, com seus sorrisos de canto, como ele sempre deixava sua xícara de café pronta para quando entrasse na cozinha, como ele treinava junto a ela todos os dias, sempre lhe ajudando a ser melhor (e claro, ela não se importava nem um pouco em treinar combate corpo a corpo com ele... Afinal, Bucky poderia ter seus 106 anos, mas ele estava bem conservado. Muito bem por falar a verdade.), o jeito que ele conversava com ela, dizendo piadas bobas que ouviu, somente numa tentativa de faze-la rir. Como ele sempre mandava fotos de Alpine em todas as posições possíveis, somente para fazer Sn se derreter olhando a gata mais fofa que existia.

Era como se Bucky realmente fosse um Príncipe.

Ter ele ao seu lado, definitivamente ajudava as missões ficarem melhores. E as vezes, perguntava se ele sentia o mesmo em relação a ela.

- No que tanto pensa, boneca? - Bucky perguntou sem se virar da cadeira do piloto do jato, afinal, era ele quem dirigia para a missão.
- Hum? Oh... Eu estava pensando em como vai ser... Sabe... Caminho A ou caminho B. - Sn respondeu saindo de sua mente, se virando na cadeira do copiloto somente para encontrar os olhos azuis perfeitos daquele homem lhe olhando com tanto carinho que fazia suas bochechas corarem.
- Seja o caminho que for... Eu vou te proteger, sabe disso não é? - ele respondeu soltando uma de suas mãos do manche, e a estendendo em direção a mulher, sorrindo ao ver Sn tocar na sua quase de imediato. Seu polegar fez um leve carinho no dorso da mão da mulher, que sorriu se encostando na cadeira, fechando seus olhos tentando conter seu coração apaixonado no homem.

O resto da viagem ocorreu bem, pelos scaners do jato a base realmente estava vazia, sem sinais de calor, ou qualquer tipo de energia. Sn torcia para que fosse o primeiro caminho, que não ouvissem soldados escondidos ou algo assim.

A neve cobria o chão e todo o lugar que seus olhos se focavam, a base parecia ter sua entrada fora da terra, mas com certeza ela seguia por baixo de toda aquela neve. Bucky desceu primeiro do jato, suas mãos segurando sua arma firmemente, protegendo Sn enquanto descia igualmente. Entretanto, assim que Bucky viu a entrada da base, ele sentiu que conhecia aquele lugar. E apesar de ser uma base da HYDRA, e ele já esteve em muitas, aquela era diferente... Ele sentia que tinha algo ali.