Eddie Munson 15.2

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Seu final de domingo foi lento e horrível. Wayne ficou insistindo que ele tomasse óleo de rícino para sua "dor de barriga", o que isso por só foi uma tortura, mas o que mais estava torturando sua mente, era sua doce e angelical Sn.

Quem não parava de invadir seus sentimentos, quem fazia sua boca coçar pensando em seus lábios macios contra os dele, o leve e delicioso gosto de seu brilho labial que ele ainda podia sentir na ponta de sua língua tão nitidamente quanto na noite anterior. Ele ouvia seus gemidos, ainda sentia seu corpo tremendo sobre o dele, ele não tinha orgulho disso, mas seus azulejos do banheiro ficaram mais brancos somente no pensamento que tinha em sentir ela gozando pela primeira vez por causa dele.

Na manhã de segunda feira, Eddie nunca acordou tão animado para ir para a escola, sabendo que Sn estaria lá. Como sempre, ele desejou que seu tio tivesse um bom dia antes de correr para sua van, e acelerar até a escola, fazendo em tempo recorde somente para ficar parado ao lado de seu carro esperando Sn aparecer.

Como zero surpresas, seu pai lhe deixou no estacionamento, Eddie pode ler seus lábios dando um pequeno tchau para seu pai, e ele lhe desejando um bom primeiro dia, antes de sair do carro com um sorriso ansioso em seu rosto. Eddie sentiu seu coração disparar ao ver suas roupas perfeitas, sem nenhum amassado ou mancha, roupas que parecia boas demais para ir para a escola, roupas que lhe deixavam com uma aura de pureza que somente Sn podia ter. Seus cabelos estavam perfeitos, como se ela tivesse passado horas ajeitando eles para seu primeiro dia, e Eddie queria mais do que tudo poder sentir o cheiro floral deles novamente. O homem sentiu seus joelhos fraquejarem quando Sn finalmente o achou em meio ao estacionamento, ela deu um pequeno sorriso, suas bochechas imediatamente ficando mais vermelhas enquanto suas mãos apertavam a alça de sua bolsa como um hábito nervoso. Eddie deu um passo a frente, como se estivendo indo em sua direção, mas parou assim que Chrissy parou em sua frente, puxando um conversa e impedindo que visse ele dando uma meia volta constrangedora e entrando na escola de cabeça baixa.

Ele sabia que Sn não iria entrar logo na primeira aula, afinal, ela ainda teria que ver seu horário com o diretor, e quais turmas estavam vazias para ela. Então, ao invés de entrar em sua aula de química (que por sinal, era uma tortura acontecer logo no primeiro período), ele se escondeu no armário do zelador, que ele pode ou não, ter roubado a chave alguns meses atrás.

Sn estava rumo a sua primeira aula, passando pelos corredores enquanto ensaiava sua apresentação, já que claro, iriam pedir para ela se apresentar a turma, como sempre faziam. Um tortura para qualquer ansioso como ela.

- Meu nome Sn, e eu me mudei pra cá com a minha família... Meu pai é o pastor e minha mãAAAH!

Seu discurso foi cortado quando uma das portas do corredor se abriu e uma mão a puxou para dentro. Ela sentiu seu corpo ser girado e colocado contra a madeira da porta, agora fechada, e sua boca tapada por uma mão cheia de anéis. O que já lhe deu uma noção de quem era.

- Por que não me disse que era filha do pastor?! - Eddie sequer deu tempo para Sn reagir. Ele ouviu a bolsa dela caindo no chão, e sentiu suas mãos pegarem em seu braço tentando tirar a mão dele de sua boca, o que ele rapidamente fez. Deixando ela se apoiar na madeira sobre a cabeça de Sn, enquanto a outra segurava a maçaneta impedindo que qualquer um tentasse abrir a porta.
- Eddie?! Você me assustou! Não podia simplesmente dizer um "oi"?! - Sn falou se esforçando para que seus olhos não saíssem daqueles olhos de chocolate que ele tinha.

Eddie era o primeiro garoto que já chamou sua atenção. Durante toda sua vida, viveu sobre diversas restrições, até mesmo para amigos. Ela nunca conhecia alguém realmente interessante, todos eram forçados a se socializar com ela pelos seus próprios pais, afinal, em todos queriam ter o pastor como amigo, já que por algum motivo, achavam que isso iria garantir um bom status social, ou uma boa vaga no céu.

IMAGINES ALEATÓRIOS PARTE IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora