IMAGINES ALEATÓRIOS PARTE III

Mandalorian 1.4

Viver numa nave espacial não era tão ruim quanto parecia ser. Claro, havia seus prós e contras, como não poder ir do lado de fora (óbvio), não ter mais sua horta, todas as comidas deveriam ser de longa duração, as vezes poderia ter um pouco claustrofóbico, sim, mas Din sempre lhe distraia de seus temores quando isso acontecia, contando histórias dos Mandalorians, mapeando as estrelas e contando como ele poderia saber exatamente onde estavam, por onde passaram e onde iriam chegar, tudo apenas observando o céu ao redor. As estrelas, a escuridão, os planetas, tudo fazia-se sentir como um grãozinho de areia, numa praia infinita, apenas existindo e estando ali, para muitos, isso poderia ser um contra, mas pra Sn, era um pró.

Era simples a vida, mas era boa. Voar pelo espaço, conhecer planetas e estrelas novas, chegar em pontos que nunca pensou que iria chegar, e ter seu riduur ao seu lado, com o pequeno Grogu em seus braços, era algo que jamais pensou que teria, uma família.

- o que está fazendo? - a voz de Din soou pelo modulador de voz debaixo de seu capacete.
- oh... Só... Apreciando a vista... - Sn respondeu apontando para o espaço do lado de fora. O homem começou a se aproximar da mulher sentada sob a poltrona na cabine.

Sn viu o reflexo dele pela janela, se aproximando até se ajoelhar no chão, colocando sua mão coberta pelos tecidos e sua armadura nas coxas dela, tirando seu corpo da poltrona e colocando Sn em seu colo, abraçando seu corpo, ele sorriu vendo o arrepio que correu na pele de Sn pelo contado do metal frio com o calor de seu corpo.

A mulher suspirou pesadamente, se aconchegando ao corpo do homem, sorrindo enquanto continuava a olhar as estrelas.

- Grogu está dormindo... - Din falou enquanto suas mãos acariciavam o corpo da mulher.
- hum... - Sn respondeu tirando seu foco da janela da nave e olhando pra Din agora, bom, olhando para o capacete do homem em sua frente, mas ela sabia que os olhos dele a olhavam de volta. - então somos só nós acordados? - ela perguntou com um pequeno e malicioso sorriso em seus lábios, podendo ter certeza que Din mantia o mesmo sorriso sob o capacete.
- sim, minha riduur, só nós... - ele confirmou e Sn apenas sorriu mais.

Sn virou seu corpo no colo do homem, que obviamente permitiu que ela fizesse isso, podendo ficar frente e frente com Din, seu peito colado no peitoral gelado da armadura dele, sentindo sua pele se arrepiar, apesar de suas roupas, ainda podia sentir o gelado do metal da armadura dele.

A mulher sorriu antes de apoiar sua cabeça no capacete de Din, ouvindo a respiração dele bater contra o moldador de voz, Sn sentiu as mãos dele apertando seu corpo, pedindo que ficasse mais perto, mesmo que fosse impossível.

- Din... - Sn suspirou fechando seus olhos e passando suas mãos nos ombros dele, e depois, se apoiando no pescoço dele, subindo uma de suas mão por debaixo do capacete, apenas o suficiente para que sentisse o calor da pele de seu rosto, sentisse o contorno de seus lábios, sua barba esperando a ponta de seus dedos.
- você confia em mim? - ele interrompeu a fala dela. Sn sentiu as palavras dele bater em seus dedos. - riduur, confia em mim? - ele perguntou de novo, vendo Sn balançar a cabeça. - eu preciso que você fale, meu amor... - Din falou vendo Sn abrir seus olhos por fim.
- eu confio em você, Din... - ela respondeu finalmente, sentindo os lábios dele beijarem a ponta de seus dedos, criando mais um arrepio em seu corpo.
- feche os olhos... - ele falou e ela imediatamente fez.

Sn sentiu o corpo de Din se movimentar, suas mãos soltando o corpo dela, que se não tivesse apoiada no joelho dele, ou segurando ems eus ombros, Sn definitivamente cairia no chão. Mesmo assim, a mulher não abriu seus olhos, confiando plenamente no homem que amava. Ela sentiu um tecido macio ser colocado sobre seus olhos, que por reflexo, tentaram se abrir, mas o tecido impedia que ela visse qualquer coisa em sua frente.