Avatar 2.2

680 51 4
                                    

(Esse capitulo é um pedido. Espero que goste!)

"Muito bem! Agora, precisamos pegar essa parte aqui, e passar por baixo, assim..." Sn sinalizou enquanto demonstrava para seu grupo de crianças como trançar um cesto.

Haviam se passado alguns longos e preciosos ciclos em Pandora, Neytiri havia dado à luz há poucos dias, um belo forte menino, Neteyam.

Seu relacionamento com o mundo onde vivia mudou drasticamente, ela conviva todo seu tempo com os Na'vi's, se tornando parte da vila. Entretanto, ela sabia que nunca seria acolhida por todos ali. Ela era uma simples humana, afinal das contas.

Apesar desse grande detalhe, o cortejo de 'Itan nunca acabou. Ele sempre a trazia presentes, sempre a surpreendia de alguma forma, sendo construindo seu próprio hammock, ou forçando Pipoca a leva-la até ele, até mesmo, passando noites e dias ao seu lado. Porém, havia sempre uma grande barreira entre eles; Sn não podia acompanhá-lo em suas aventuras, ela não conseguia subir em árvores, não podia pular de folha em folha, muito menos, voar pelos céus com uma banshee própria. E o que mais pesava no peito de Sn, eles nunca poderiam ser um casal de verdade. Jamais poderiam se juntar perante à Eywa. Nunca poderia se tornar um só. E Sn sabia o quanto aquilo era importante para os Na'vi, afinal, eles ficavam juntos para sempre, um casal para toda sua vida.

E ela jamais poderia ter esse tipo de conexão com 'Itan.

"Muito bem! Vocês estão ótimos! Logo não precisarão mais das minhas aulas!" Sn gesticulou com um grande sorriso no rosto, vendo alguns de seus pequeninos alunos sorrirem enquanto continuavam a trançar. Isso até ela olhar para Yayo, que ainda sequer tinha começado a fazer o cesto. "Yayo, está tudo bem? Precisa de ajuda?" Gesticulou com um olhar empático para a menina emburrada, mas a garota sequer olhou para ela, forçando que Sn tivesse que tocar em seu ombro, mas aquilo foi um grave erro, já que a menina se ergueu rápido, empurrando-a para longe. Sn não podia ouvir, mas sabia que a menina gritava em raiva, chamando a atenção de todos ao redor. Sn tentou se levantar, mas assim que fez, Yayo a empurrou de novo, forçando que Sn caísse mais uma vez, agora, em cima de sua própria mão. Ela sentiu o estalo de seu osso saindo do lugar, se não, se partindo ao meio. Ela queria tentar se levantar e se defender, mas era inútil, por mais que Yayo fosse criança, ela já tinha a altura de Sn, e a força três vezes maior.

As outras crianças foram em direção a Sn, a ajudando a levantar antes de se afastarem de repente, tapando seus ouvidos e chorando por suas mães. Não que sn pudesse ouvir, mas o som de trovões quebrando o céu ecoaram em toda Pandora, raios caindo ao redor da arvore onde moravam, e um forte rugido escapou dos lábios de um furioso e poderoso Na'vi.

Antes que ela entendesse o que estava acontecendo, sentiu as mãos de 'Itan ao seu redor. Sn viu a feição raivosa se 'Itan para Yayo, que somente naquele momento, se calou. Tstxo, o pai de Yayo, se aproximou, pegando sua filha nos braços e a entregando para a mãe, Sn viu ele se ajoelhar no chão, abaixando sua cabeça como se mostrasse submissão ao grande Na'vi que 'Itan era, ela não podia ouvir, mas sabia que Tstxo implorava por perdão.

Ela queria poder entender o que acabara de acontecer ali. Queria poder ouvir o que fez Yayo ficar irritada e ofendida, mas infelizmente não podia.

Sn viu seu amado forçar um som irritado tão alto que fez seus ossos tremerem e todos ao redor se curvarem para os dois, inclusive Jake, o novo Olo'eyktan dos Omatikaya. 'Itan virou Sn para ele, agora seu rosto não era mais irritado e assustador como minutos atrás, e sim, acolhedor, amoroso e empático como sempre era ao olhar para ela.

"Me desculpe por não chegar antes. O que aconteceu? Você está bem? Onde dói?" 'Itan gesticulou com um olhar preocupado. Seus olhos claros como nuvens no céu, varrendo seu corpo, procurando qualquer sinal de lesão. 'Itan era sempre extremamente cuidadoso e preocupado com ela, o que ela amava, e odiava ao mesmo tempo. Ela amava que podia ver nos olhos dele o carinho e amor que sentia por ela, e odiava que era somente mais um lembrete que ela era frágil demais para viver ali.

IMAGINES ALEATÓRIOS PARTE IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora