Spencer Reid 1.2

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Faziam meses desde que aquele caso em Las Vegas, e Sn e Spencer continuavam a se ver... Não somente no trabalho.

Naquela noite no quarto de hotel do doutor, eles passaram a noite em claro, conhecendo um ao outro. Durante muito tempo, Spencer achou difícil se abrir com as pessoas, entretanto, com Sn foi tão simples. Ele falou de sua infância, de como sua mãe o chamava de "crash" por ser estabanado demais, de seus sonhos em ser malabarista serem descartados assim que ele tentou andar sobre a cerca de madeira de sua casa, ganhando três pontos em seu punho pela queda que levou. Ele contou sobre suas habilidades em magia, fez até mesmo, truques com a mulher, amando a forma que os olhos dela brilhavam toda vez que ele a enganava com as cartas, o sorriso que ela soltava a cada vez que via Spencer mexer suas mãos no ar, materializando cartas de lugares que ela sabia muito bem não tinha como ter as cartas ali. Ele falou sobre os medos de ter esquizofrenia como sua mãe, do medo de acabar se perdendo entre a realidade e um delírio criado por sua mente.

Já Sn contou sobre si, como cresceu numa cidade no interior, como seus pais se divorciaram quando ela ainda era muito pequena. Seu pai aparecendo raramente em sua vida, mas mesmo assim, ela via ele como um exemplo que decidiu seguir. Ela contou como somente depois de adulta, começou a ter contato com seu pai frequentemente, entretanto, nunca foi a relação de pai e filha que ela sempre sonhou.

Naquela noite, eles dividiram o primeiro beijo.

- e... Essa é sua carta? - Spencer perguntou mesmo tendo certeza que não era.
- nope! Acho que não é tão bom assim... - Sn falou cantarolando em provocação. Seu corpo estava deitado sobre o colchão macio, seu cotovelo apoiado sobre o travesseiro, mantendo sua cabeça em sua mão, deixando a outra livre, apoiada no espaço entre seu corpo e o corpo de Spencer. Ele estava quase na mesma posição, com a pequena mudança de não estar apoiando sua cabeça em sua mão, deixando as duas livre para fazerem os truques com as cartas.
- o que? - Spencer falou num tom claramente falso, abrindo o baralho e procurando a carta da mulher, antes de fingir se lembrar da palavra mágica, levando uma de suas mãos até a orelha de Sn. Entretanto, ao invés de terminar seu truque, a mulher aproveitou a proximidade dele, juntando seus lábios num caloroso beijo fazendo o corpo todo do homem tremer. - hum!...- ele gemeu surpreso, mas nunca ousando se distanciar dela, as cartas na mão dele voaram por todo o colchão, fazendo Sn quabrar o beijo e rir da forma que as cartas voaram comicamente.
- olha só! É a minha carta! - Sn falou vendo a única carta que sobrou entre os dedos de Spencer, vendo as bochechas dele tão coradas que estavam quase brilhando na luz fraca do quarto.

Depois daquela noite, Sn e Spencer passavam quase todo seu tempo livre juntos, mesmo que, no trabalho, eles se comportavam de forma extremamente profissional.

Bom, ao menos Sn sim. Spencer não conseguia conter os olhares que dava a ela, as bochechas vermelhas toda vez que era pego encarando descaradamente a mulher, ou, sabia se quer disfarçar quando Derek fazia alguma piada com cunho sexual que com certeza deveria ser denunciada para o RH.

Longas semanas de casos atrás de casos, finalmente a equipe do BAU estava com a noite de folga, e como o custume, Sn estava no apartamento de Spencer, se preparando para fazer a maratona de Doctor Who junto com seu namorado.

Spencer estava tomando banho enquanto a mulher terminava de preparar as coisas para a maratona, já se sentindo totalmente confortável na casa do homem, o que surpreendentemente, não incomodava nem um pouco Spencer.

Quando ele saiu do chuveiro, podia ouvir a voz de Sn falando com alguém. Ele colocou a toalha ao redor de seu corpo e andou tranquilamente em direção a sala, vendo ela apoiada no balcão enquanto conversava com alguém no celular.

-... Não... Eu não vou pra casa hoje... - ela falou como se já tivesse dito a mesma coisa centenas de vezes. - eu vou dormir aqui... Sim, eu confio nele... Não, pai, ainda é muito cedo pra isso... - ela continuou. - vamos ver fazer uma maratona, nada demais ok? Sim, eu estou me cuidado... Não se preocupa... Ok... Boa noite, pai... - ela suspirou antes de desligar o celular, vendo Spencer a olhar atentamente.
- está tudo bem? - ele perguntou andando em sua direção e colocando suas mãos sobre suas bochechas, e olhando no fundo de seus olhos.
- sim... Ele só... Eu sei que ele está tentando, mas as vezes eu sinto como se ele não confiasse nem um pouco em mim... - ela confessou colocando suas mãos ao redor da cintura de seu namorado, sentindo a pele quente e úmida do homem. Seus olhos se perdiam na cor caramelo queimado da íris de Spencer, se deixando levar pela deliciosa sensação de aconchego que o olhar dele trazia.
- sinto muito... - ele falou deixando um beijo delicado no topo de sua cabeça, sentindo seu suspiro gelar a pele dele.
- está tudo bem... - ela falou erguendo seu rosto e deixando um beijo delicado nos lábios dele. - vamos começar com essa maratona? - seu tom já mudou totalmente, voltando a ser o humorado de sempre. - você não é daqueles que vai ficar pausando a série a cada segundo para me contar alguma coisa não é? - ela perguntou se sentando no sofá e vendo o olhar de Spencer já te responder imediatamente. - ah não... - ela falou rindo enquanto via seu namorado sorrir totalmente culpado.

IMAGINES ALEATÓRIOS PARTE IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora