Steve Rogers 8.3

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Com o celular de Sn quebrado, impossibilitando das ligações de Steve continuarem de novo e de novo, entretanto, isso não impedia o loiro de ligar de novo e de novo, mesmo que somente ouvisse a voz eletrônica da caixa postal alertando que o número de Sn não estava mais disponível.

Não era para ela descobrir daquela forma. Não era para Sn ir para casa e ver como tudo mudou.

Steve sentia a culpa, mas ele deveria sentir? Quer dizer, ele seguiu em frente. Era o que todos faziam. Ele não deveria ter parado sua vida por causa do que aconteceu. Ele tinha que seguir em frente. Era o que Natasha dizia. Era o que ele fez.

Ele fez o certo.

Certo?

Enquanto Steve tentava ligar para Sn de novo e de novo, o celular de Bucky começou a tocar, o nome da tela era de Sam e não Steve. Bucky já estava acordado há um tempo, ele não sabe sequer se chegou a pegar no sono, a situação era tensa demais para que ele conseguisse fechar seus olhos por muito tempo. Voltar dos mortos, não só uma, mas duas vezes em sua vida era algo que tirava o sono de qualquer um.

Ele tentou ignorar o quanto fosse possível o som irritante de seu celular, mas por medo de Sn acordar, decidiu atender. Ele sutilmente saiu da cama colocando o travesseiro em seu lugar, para Sn continuar abraçada com algo enquanto ele ouvia o que Sam iria dizer.

- Bucky? Achou ela?! - a voz de Sam era preocupada, Bucky não sabia se Steve ouvia a ligação ou não, e também não sabia se Sn iria querer que Steve soubesse onde ela estava.
- Está sozinho? - Bucky perguntou então.
- Que pergunta é essa?! Sim, estou sozinho. Acabei de chegar em casa e... E tô limpando a geladeira. Sabe se iorgure vencido há cinco anos conta como risco radioativo?! - Sam respondeu deixando que Bucky ouvisse o som de sua ânsia antes do barulho da sacola plástica sendo esmagada por algo viscoso o suficiente que até mesmo Bucky teve nojo.
- Eu encontrei ela. Ela andou para fora da cidade e estamos num hotel de beira de estrada... - explicou.
- E como ela está?
- Como todos nós. Só que pior. Ela virou pó e voltou cinco anos depois, somente para descobrir que tudo o que tinha não existe mais. - Bucky explicou falando o mais baixo possível, andando até a janela do pequeno quarto de hotel e checando se não haviam ninguém do lado de fora.
- Ao menos eu ainda tenho uma casa... Vocês estão num hotel? Não querem vir para cá? Olha, minha casa por estar fedendo a iorgure vencido, mas tenho quase certeza que ainda é melhor do que um quarto de hotel barato. - ele sugeriu e Bucky realmente achou que seria uma boa ideia. Mas e Steve?
- Eu não sei se Sn vai querer. Ela não quer falar com Steve
- Eu também não iria querer falar com ele se fosse Sn... Se decidirem vir para cá, eu não vou dizer a ninguém que estão aqui. Steve só visitou minha casa uma úncia vez, duvido que ele sequer lembre onde eu moro. - Sam respondeu parecendo fazer um esforço antes de suspirar e relaxar. - Se vierem para cá, eu posso fazer o ensopadão da minha mãe, garanto que não há dor que resista ao ensopadão. Nem mesmo a dor do coração partido.
- Eu vou ver o que ela acha disso.... Obrigado, Sam. - Bucky falou prestes a desligar o celular quando Sam perguntou:
- E como você está? Com toda essa situação? - sua voz era pretenciosa, como se ele estivesse tentando tirar os segredos de Bucky.
- Eu estou da mesma forma que qualquer um agora. Desapareci e voltei a vida, acho que ainda estou atordoado
Não é sobre isso que estou falando, Bucky.
- Sam...
- Qual é... Até mesmo quando eles estavam juntos você olhava para Sn como se ela fosse a única no mundo, uma jóia rara que você tinha o dever de proteger. Eu só quero saber como você está... Com Steve seguindo em frente e ter a chance de ter Sn pra si. - Bucky odiava como Sam estava completamente certo. Mas não importava o que ele sentia agora, não importava que seu subconsciente gritava em uma felicidade culposa por ter uma mísera chance de ter Sn somente para ele.
- Não importa como eu estou. Ela definitivamente não está bem o suficiente para sequer pensar nisso agora, e eu que não vou forçar nada. Eu esperei dois... Sete anos, posso esperar uma década se for o que preciso, ou até mais. Eu só quero que ela fique bem... E nem ouse a comentar mais sobre isso. Esse assunto morre entre nós. - Bucky falou quase num tom de ameaça, ouvindo a confirmação de Sam, seguido de sua despedida.

IMAGINES ALEATÓRIOS PARTE IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora