Bucky Barnes 114

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Este imagine é um pedido, espero que goste!

Bucky sabia que conviver com os Vingadores traria algumas experiências únicas em sua vida, em sua longa vida. Como por exemplo, trombar com Natasha dançando ballet na academia as três da manhã, Clint quebrando e caindo das tubulações de ar pelo complexo, Peter fazendo dever de casa no teto da sala, Bruce guardando amostras de bactérias mortais na geladeira, do lado do iogurte do Tony, Tony chorando por ter comido o iogurte e achando que iria morrer, Steve querendo acordar todo o complexo as quatro da manhã para "aproveitarem o dia", Sam discutindo com Clint sobre quem é o melhor "pássaro vingador", e por assim vai.

Entretanto, para ele, nenhuma dessas "experiências" se comparava com conviver com os trigêmeos Maximoff. Três mutantes, cada um totalmente diferente do outro, a mais velha, Sn, com a habilidade de manipulação de metais, Pietro com sua super velocidade, e Wanda, com sua telecinese. Bucky tinha um relacionamento, e experiências diferentes com cada um deles. Com Pietro, ele treinava o raciocínio lógico, já que, apesar de seu corpo ser muito rápido, ele as vezes, tomava algumas decisões que o levavam a enfermaria, como tentar segurar o Mjolnir em pleno ar; ou correr nu pelo complexo depois que Wanda o desafiou. Já com a telepática, Bucky tinha um treinamento diferente, era na verdade, ela quem fazia a maior parte do trabalho, já que Wanda quem tentava desbloquear as memórias que a HYDRA escondeu em sua própria mente. Com Sn, seu relacionamento era bem diferente, ia além dos treinamentos, ia além das lutas corporais, treinamento tático e estratégico. Os dois passavam noites juntas, assistindo filmes e maratonando séries que Sn havia escolhido justamente para ele ver, já que ela tinha se autodenominado sua mestre da cultura.

Mas sendo sincero, Bucky não se importava nem um pouco sobre os filmes, as séries ou documentários que assistia junto com ela, ele somente gostava do tempo que passavam juntos. Na noite em que Sn acabou dormindo em seu ombro, suas mãos delicadas segurando sua camiseta para que não deixasse ele sair dali, foi a melhor noite que Bucky já teve. A forma que ela murmurava seu nome, perdida demais nos sonhos para perceber a realidade. Bucky acordou no dia seguinte com suas bochechas doloridas de tanto que ele sorriu na noite passada, e claro, com Sn ainda desacordada em seus braços.

Apesar disso, conviver com os trigêmeos trazia o caos para a maioria dos momentos. Afinal, eles eram irmãos, e irmãos brigam o tempo todo. Bucky já perdeu as contas em quantas vezes teve que tirar Sn de cima de Pietro, ameaçando ele de morte enquanto ele zombava e se vangloriava por ter comido o último pedaço de bolo, que Sn guardou para ela. Ou quando ela e Wanda se acusaram de roubo, já que ambas estavam usando as roupas uma da outra. Pior ainda, era quando Wanda e Sn se juntavam para zombar de Pietro, o segurando no ar enquanto ele tentava correr, prendendo seus pés com cabos de ferro, desenhando em seu rosto com caneta permanente...

Todavia, Bucky preferia mil vezes entrar na cozinha com uma briga entre os trigêmeos do que ver o caos que estava aquele dia.

Pietro segurava uma sacola de gelo em seu rosto, tirando somente para Natasha ver seu olho roxo e inchado. Wanda tinha sua cabeça baixa na mesa, com suas mãos tapando seus ouvidos como se todos ali estivessem gritando. Os dois dividiam os mesmos sintomas claros, nariz escorrendo, voz anasalada, garganta arranhando, fraqueza... Uma simples gripe. Só que em mutantes.

- Bem vindo ao caos. Café? - Natasha falou olhando para Bucky, já estendendo a xícara na direção dele.
- Sam... Por favor... Para de cantar! - Wanda implorou com uma voz de quase choro. Bucky olhou para Sam, que estava quieto todo o tempo, apenas balançando sua cabeça como se ouvisse música.
- O que aconteceu com você? - Bucky perguntou para Pietro, que resmungou antes de ser cortado por um espirro. O sargento sentiu o vento frio antes mesmo de seus olhos se focarem onde antes Pietro estava, agora estando apenas uma cadeira vazia.
- Isso. Toda vez que ele espirra, ele sai correndo... E acaba batendo em alguma coisa. - Steve respondeu enquanto comia seu café.
- E ela, não consegue parar de ouvir os pensamentos de todos. Então... Toma cuidado com o pensa. - Sam falou apontando para Wanda, que murmurou algo que ninguém entendeu.
- É o que eu disse, caos. Quando um fica doente, os três ficam doentes. E nunca é algo normal. - Natasha falou suspirando enquanto se apoiava no balcão da cozinha.
- Onde está Tony? Ou Bruce? Eles não tem um remédio tecnológico pra isso não? - Bucky perguntou.
- Toda vez que alguém fica doente, os dois se isolam no laboratório. Tony é germinofobico, e Bruce tem medo do que os três são capazes de fazer quando ficam doentes. - Natasha respondeu.
- E Clint?
- Ele tira férias toda vez que isso acontece. - Sam falou dessa vez.

Antes que Bucky fizesse mais perguntas, eles ouviram o som dos talheres se batendo, os eletrodomésticos tremendo no lugar, os cabos e fios de metal nas paredes querendo sair.

- Oh não. - Steve, Natasha e Sam falaram ao mesmo tempo.
- O que? - Bucky questionou mas logo foi respondido. Sn entrou na cozinha, ela tinha as mesmas características que seus irmãos, olheiras, nariz vermelho e escorrendo, sinais de febre...

- oh boneca...

- Sn? Também está mal? - ele perguntou mesmo que fosse óbvio.
- Sim. - sua voz rouca e anasalada fez o coração dele se partir. Sn se sentou ao seu lado, seu corpo instintivamente se apoiando no dele, buscando conforto, o que Bucky rapidamente deu, passando seu braço ao redor dela, usando sua outra mão para ver se ela tinha febre ou não.

- oh não... Ela está com febre... Qual era aquela receita que minha mãe fazia quando Steve ficava doente?

- Que tal eu fazer alguma coisa pra você comer? O que você acha? - Bucky perguntou enquanto fazia um carinho delicado do rosto de Sn.
- Hum... Não quero comer. - Sn respondeu escondendo seu rosto no peitoral de Bucky, abafando sua tosse.
- Tudo bem, boneca. Quer ir deitar na minha cama um pouco? Você sempre diz que lá é confortável... Posso te levar um chá... - ele sugeriu com uma voz de carinho.

- Diz que sim... Assim eu tenho uma desculpa para ficar o dia todo cuidando da minha boneca.

- Tá bom... - Sn concordou se tirando do abraço de Bucky e começando a andar para fora da cozinha, não antes de soltar um espirro e fazer a geladeira cair.
- Vai ser um longo dia... - Steve murmurou andando até o eletrodoméstico e o erguendo com facilidade.

Já Bucky, olhava Sn sair da cozinha como quisesse ter certeza que ela estaria bem andando sozinha até o quarto dele.

- eu amo ela.

- Bucky pelo amor de deus pensa mais baixo! Tem gente morrendo aqui! - Wanda suspirou se levantando e andando até a pia.
- O que?! - o sargento respondeu com as bochechas rosadas.
- Você fica gritando que ama minha irmã! Todos já sabem! Só fica quieto! - ela falou colocando as mãos no ouvido antes de se retirar igualmente. Bucky sentiu os olhos de todos ali nele, só fazendo com que suas bochechas queimassem mais.
- E-eu não faço ideia
- Corta essa! A gente não é cego. - Sam interrompeu ele.
- É Bucky... Está bem óbvio. - Steve continuou.
- Só conta logo pra ela! Fica enrolando a coitada... - Natasha acrescentou.
- Eu vou... Vou ir na farmácia e comprar alguns remédios pra Sn... Pra eles. - Bucky falou se erguendo e só querendo fugir daquela situação constrangedora. - Se Sn vier... Vocês podem...
- A gente não vai falar nada, só vai logo! - Steve respondeu ao amigo, que agradeceu com um pequeno aceno de cabeça antes de sair dali rapidamente.
- Se encontrar o Pietro manda ele pra casa! - Natasha gritou. - se é que ele não atravessou o continente... Temos que colocar um GPS nesse garoto...

IMAGINES ALEATÓRIOS PARTE IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora