IMAGINES ALEATÓRIOS PARTE III

Wanda Maximoff 4

(essa fic se passa num mundo onde Wanda e Pietro vivem com os X-Men, e não com os vingadores)

Ser nova na mansão era difícil, não por causa dos residentes, longe disso, todos eram calorosos com sua chegada, as  crianças pediam para brincar com elas, os adultos faziam questão de te envolver em reuniões, apesar de ainda não ser "formada".

A parte difícil, era ter que aprender a lidar com seus próprios poderes.

Seus poderes não apareceram como todos os outros, não nasceu com eles, eles não apareceram em sua puberdade.  Seus poderes sempre estiveram adormecidos dentro de seu código genético, precisando apenas de um "empurrãozinho" para serem ativados e toda sua vida mudar.

Eles "acordaram" no mesmo dia em que sofreu um acidente de carro. Se lembra muito bem daquele dia.

Não estava chovendo, o céu não estava escuro, não havia nada na estrada, apenas carros. Estava dirigindo pela longa estrada por algumas horas, não estava cansada ou com sono, contava e tinha pequenas danças com suas músicas favoritas tocando nos auto falantes do veículo, apesar disso, seus olhos nunca tiraram a atenção da estrada em sua frente. Parecia ser uma viagem tranquila e calma, tudo ia bem... Até um motorista de caminhão que dirigia à dias sem parar, tentando cumprir o prazo ridículo de entrega de sua carga. Sn viu aquele grande caminhão vermelho, cheio de produtos inflamáveis vindo na pista contrária à sua, ela não deu tanta atenção, afinal, ele estava em sua própria pista. Até não estar mais.

Foi tudo muito rápido, mas ela se lembrava perfeitamente. Se lembrava de pisar no freio com todas as forças, enquanto girava o volante tentando fugir do grande caminhão vermelho. Ela lembra de ver o motorista desmaiado de exaustão na cabine do caminhão, bem antes dele atingir seu carro, e mais outros cinco atrás de si, forçando seu veículo à ficar completamente destruído, amassado e preso entre o caminhão e os outros veículos atrás de si. Ela sabe que acabou perdendo a consciência por algum tempo, e quando acordou, rezava para que sua morte chegasse logo.

Sn estava completamente presa, ela ouvia os paramédicos e bombeiros discutindo a melhor forma de tirar ela de dentro do carro, ela sentia uma dor enorme em seu peito, sentia o gosto de sangue, ela sentiu algo espetando seu pescoço, e quando foi tentar ver o que era, os paramédicos imediatamente gritaram para ela não se mover. Ela lembra deles oferecerem ligar para sua família, dizer um último adeus, já que as probabilidades dela sair dali com vida, eram bem baixas.

Quando ela pensou que o pior já tinha acabado, que não tinha como piorar tudo, Sn ouviu as pessoas começarem a gritar desesperadas, correndo para todos os lados. Ela tentou virar seu rosto para o paramédicos que tentava parar o sangramento de seu pescoço, mas ele foi retirado dali.

- CORRAM! CORRAM!!! FOGO!! FOGO! - alguém gritou, mas antes que ela reagisse, uma nuvem quente e laranja envolveu seu corpo.

Ela achou que ia morrer. Achou que ali ia ser o momento de sua morte.

Mas, a vida tinha planos para ela.

Quando abriu seus olhos de novo, estava no hospital, sentia a agulha em seu braço, sentia o cobertor quente sobre sua pele, ouvia seus batimentos na máquina ao seu lado. Ela abriu seus olhos por fim, tentando se acostumar com a luz forte do hospital, ela olhou para o lado, esperando ver sua família ali, mas não havia ninguém. Sn tentou se sentar, mas sentiu algo pesado em seu peito, tentando restringir seus movimentos, ela olhou para baixo, vendo suas duas mãos amarradas na grade da cama. Ela ouviu seu coração começar a bater mais forte, mais rápido, enquanto ela tentava se mover. As restrições pareciam apertar mais e mais ela, deixando difícil para que ela respirasse.

- oh você está acordada... - uma voz chamou sua atenção, seu rosto se virou para ver uma cabeça na parede, somente a cabeça. - não se preocupe, o professor vai falar com você... - ela falou antes de desaparecer, como se tivesse entrado na parede.