Killian Jones (Capitão Gancho)

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Todos dias. Todas as noites, Killian tinha a mesma sensação, todas as vezes que pisava fora de seu quarto, que tocava seus pés no convés. Ele sentia que haviam olhos sobre si. E não eram os olhos de Smee, ou de qualquer outro no navio. Eram olhos que vinham diretamente do fundo do mar sob seu navio.

- o que procura, Capitão? - Smee perguntou vendo seu comandante observando o mar com uma luneta. - é o...
- não ouse falar o nome dele no meu navio! - Killian respondeu imediatamente, abaixando a luneta, mas continuando com o olhar fixo no mar. Ele via a água se movendo com o vento, via a forma que as ondas se formavam, a espuma branca cobrindo o azul de forma belíssima. - tem alguma coisa no mar, Smee... Eu posso sentir ... - ele falou num tom suspeito.
- eu espero que tenha algo aí! Acabamos de jogar a rede! Se não... Não vamos ter jantar hoje! - Smee falou batendo sua mão no ombro de Killian, fazendo a luneta dele cair do navio e se perder no oceano. - oh... me-me desculpe capitão! Eu vou... Eu vou providenciar outra imediatamente! - Smee falou tirando seu gorro vermelho, apertando ele em mãos vendo o olhar furioso do homem de sobretudo de couro, e gancho na mão. O pobre homem saiu imediatamente dali, deixando Killian sozinho com seus olhos na água.

Sob a fria e salgada água do oceano, observando o navio escondia em plena segurança, havia uma misteriosa criatura, com seu corpo meio mulher, meio peixe.

Ela vai a silhueta do homem no navio, vendo ele parado, como se olhasse fixamente para ela. E então, ele saiu.

Uma expressão descontente brotou em sua face. Suas sombrancelhas se juntando, e sua boca se transformando em um pequeno bico emburrado, seus braços se cruzando na frente de seus seios, enquanto sua calda começava a andar para o outro lado, na esperança de ver a silhueta que tanto adorava.

Sabia que ele era um humano, e pior, um pirata. Haviam história sobre seus atos contra seu povo, histórias que fariam as escamas de qualquer um se arrepiarem em medo.

Mesmo assim, havia algo tão interessante sobre ele, algo que ela não fazia ideia do que poderia ser, mas adorava passar seus dias e noites seguindo o navio pelo mar, olhando aquela silhueta perfeita, completamente hipnotizada sobre ele.

Quando a noite chegou, viu o navio brilhar em laranja. Aproveitando a escuridão do mar, sua cabeça saiu para fora, podendo ouvir o canto desafinado e horrível de homens embreagados que dançavam no navio. Ela nadou ao redor do navio, até achar a silhueta dele, mas nada. Ele não estava no convés com os outros. Restando apenas um lugar onde ele estava, a cabine, onde ela não podia ver o que ele fazia.

No navio, os homens comemoravam sua pescaria, Jolly Rogers eram apenas felicidades, cantoria, danças e bebedeiras, e claro, a comida. Todos dançavam e comemoravam, menos, o capitão, que havia se trancado em sua cabine.

Killian tinha uma única coisa em sua mente, achar o motivo daquela sensação de ser observado, e porque ele sentia algo tão estranho em seu peito.

Ele se levantou de sua grande mesa de madeira, onde tinha o mapa da terra do nunca, com a marcação exata de onde seu navio estava. Killian já não usava o casado de couro, agora, usando apenas a camisa branca leve o suficiente para não incomodar seu corpo no calor, sua calça de couro escuro já não tinha o mesmo efeito, muito menos sua bota. Ele andou apressadamente para a janela de sua cabine, abrindo seus vidros e sentindo o vendo do mar.

A misteriosa criatura ouviu a janela se abrir, subindo para superfície vendo o belo homem ali. Ele tinha cabelos escuros, sua barba moldando seu corpo, aquela camisa branca tremendo com o vendo, seus maravilhosos olhos azuis brilhavam na luz da grande lua. Ela ficou ainda mais surpresa ao ver um detalhe específico, em sua mão esquerda, ele tinha algo metálico e curvado, como se seuqer tivesse uma mão ali. A criatura cometeu o erro de tentar ver melhor, fazendo um mistério barulho na água, chamando a atenção do pirata imediatamente.

IMAGINES ALEATÓRIOS PARTE IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora