Aaron Hotchner 5

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De todas as ligações que Aaron poderia receber naquele dia, aquela com certeza não era uma da qual ele poderia estar preparado. Afinal, quem estaria?

Tudo começou como o custome. Ele acordou ao lado de sua amada esposa, Haley. Ela dormia pacificamente, já tendo se acostumado com o alarme de seu marido tocando cedo pelas manhãs, o que ela nunca soube, era que Aaron colocava seu alarme sempre meia hora antes para que ele pudesse passar aqueles trinta minutos abraçado com sua esposa, fazendo carinhos e apreciando aquela sensação preguiçosa ao lado de quem ele amava.

Passados aquela meia hora de aconchego com Haley, Aaron se levantou da cama, tomando seu banho e fazendo todas suas higienes, antes de ir até o quarto de Jack, fazendo carinhos nos cabelos loiros dele. Toda manhã, Aaron se perguntava se Jack estava maior, ele tinha apenas cinco anos, e Aaron já sofria com o fato dele estar crescendo tão rápido. Diversas vezes, ele e Haley passaram horas conversando sobre ter mais um, deixar com que Jack crescesse junto com um irmão ou irmã, esse era o sonho.

Depois desse despedir de Jack, Aaron pegou suas coisas de seu escritório e partiu ao trabalho.

Meio dia se passou, e nada de diferente havia ocorrido. Hotch estava até mesmo aproveitando o dia calmo no BAU para colocar toda sua papelada em dia, algo tedioso, porém necessário a se fazer.

Mas então, seu telefone tocou e todo seu dia mudou drasticamente.

- Hotchner. - atendeu como sempre, esperando que talvez fosse alguém querendo uma consulta, ou até mesmo um novo caso.
- Senhor Aaron Hotchner, aqui quem fala é Alex, sou uma agente da proteção de criança. - para dizer que a alma de Aaron saiu de seu corpo e voltou era pouco. Sua mente já se passava milhares de cenários sobre Jack. Haley havia mandado a mensagem que ele já estava na creche e estava tudo bem. O que havia acontecido?! - Estamos entrando em contato por conta de um acidente na qual envolveu a senhora Laurien, na qual, infelizmente veio a óbito. - Laurien há quantos anos Hotch não ouvia aquele nome? Quase quinze... Laurien foi um pequeno e curto caso que Hotch se envolveu quando Haley e ele terminaram quando ele estava no começo de sua carreira. Laurien era uma colega de trabalho e as coisas simplesmente aconteceram, foi curto demais para se tornar um relacionamento sério, e acabou com a mulher dizendo que se mudaria de cidade e não queria laços com ninguém. Hotch compreendeu, e depois daquele termino, ele e Haley reataram, se casaram e anos depois tiveram Jack.
- Oh... - foi a única coisa que Hotch conseguiu responder. Ele tentava pensar o que Laurien tinha haver com a proteção da criança.
- Devido ao incidente, a filha de Laurien foi levada por nós em nossa giarda até acharmos um parente próximo. Por tal, estou entrando em contato com o senhor, pai de Sn
- Espera, o que?! - pai?! Aaron tinha certeza que não poderia ser o pai de Sn. Claro, ele e Laurien tiveram relações no período que estavam juntos, e ele pode ter sido relaxado em seu passado, pecando em utilizar proteção. Mas se Laurien tivesse engravidado ela falaria algo. Ela não podia ter escondido a gravidez e uma filha por quase quinze anos!
- Como acredito que o senhor sabe, caso não queira a guarda de Sn, ela ficará sobre a guarda do governo e será encaminhada para o orfanato Nossa Senhora Aparecida. - a mulher do outro lado da ligação pareceu não se importar nem um pouco com a fala surpresa de Hotch, de fato, ela ignorou como se estivesse cansada demais com seu próprio trabalho para fazê-lo bem feito.
- Desculpa, mas você tem certeza que ligou para o número certo? Eu não tenho uma filha com Laurien! - Hotch falou tentando pensar em como aquilo poderia ser um grande engano.
- Senhor Aaron Hotchner, correto? - ela perguntou num bufar cansado.
- Sim, mas
- Senhor Hotchner, talvez não tenha ficado claro. Mas se o senhor não tomar a guarda de sua filha, ela irá para o orfanato. O senhor deseja ou não a guarda de Sn?! - Aaron com certeza iria fazer algumas ligações para os superiores da agente Alex, talvez assim ela poderia ter um pouco mais de empatia.

IMAGINES ALEATÓRIOS PARTE IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora