IMAGINES ALEATÓRIOS PARTE III

Dean Winchester 37

- o que vamos ver hoje? - Sn perguntou se sentando no sofá ao lado de Dean, entregando pra ele, a cerveja e a tigela de pipoca recém preparada.
- que tal aquele filme que vimos o comercial no hotel? - Dean perguntou passando seu braço ao redor de sua namorada, beijando sua cabeça enquanto ela se aconchegava ali.

Não era incomum os dois fazerem a noite de filmes quando voltavam de uma caçada, era um meio de relaxarem antes de irem para o quarto e tirar o resto da adrenalina de seus corpos.

O filme começou, a bela casa com cerca de madeira branca apareceu na tela, a protagonista sorria enquanto fazia o café junto com suas duas filhas, que sorriam olhando para mãe que colocava as panquecas nos pratos na frente das meninas.

- eu quero isso... - Sn murmurou pegando um punhado de pipoca em sua mão e levando pra sua boca.
- o que? Panquecas? - Dean perguntou levando a cerveja para sua boca e tomando um generoso gole. - eu te faço panquecas amanhã, o que acha? - ele falou abaixando a cerveja e se virando para ver Sn o olhando com um sorriso no rosto.
- não... Eu não quero panquecas... Eu estava falando disso. - ela falou apontando para a televisão. - a casa com cerca branca, um quintal... Quero isso! Uma vida normal, sabe? - ela explicou vendo Dean balançar a cabeça, e por um segundo, ela achou que ele a entenderia.
- sabe que a gente não pode ter isso, baby... - Dean respondeu em tom sério, antes de pegar a cerveja e virar em sua boca num único gole.
- por que não? Por que não podemos simplesmente... Ter uma vida no normal?! - ela perguntou se sentando direito no sofá, colocando a pipoca na mesa de centro, e o olhando esperando a resposta.
- você sabe muito bem o porquê. Somos caçadores, a partir do momento que você decidiu caçar o que matou sua família, não tem mais volta! Não temos a opção de simplesmente desistir e ter uma vida normal, Sn! - Dean respondeu de forma rude, como se implorasse para que ela parasse de tocar naquele assunto.
- eu não acho isso. Acho que posso muito bem ter a vida que eu quiser. E se que quero essa casa com cerca branca, um quintal e... E a porra de uma família, eu tenho direito de ter! - Sn retrucou cruzando seus braços, incrédula com o que ouvia de seu namorado.
- pra que?! Pra um dia você voltar pra casa e encontrar seus filhos mortos?! Vai lá! Sai dessa vida, tem a porra de uma família e quando eles morrerem por sua culpa, eu vou estar bem aqui pra te dizer: eu te avisei. - Dean falou ainda mais grosso, sua voz alta, com seu hálito de cerveja batendo na cara de Sn.
- vai se fuder, Winchester. - ela falou antes de se levantar e sair do cômodo, seus pés batendo forte no chão, enquanto segurava o máximo o choro de seus olhos, não se permitindo deixar que Dean visse o dano de suas palavras.

O homem se ergueu do sofá, a raiva pela discussão fazendo com que ele jogasse a garrafa de cerveja vazia pela sala, ouvindo o vidro escuro se espalhar pelo cômodo. Ele suspirou passando a mão em seu rosto, sentindo seus olhos arderem até que as lágrimas saíssem dali.

Anos caçando ao lado de Sn, anos amando aquela mulher mais do que ele poderia pensar em amar alguém. E nunca, eles haviam brigando daquela forma. Nunca Sn saiu chorando do quarto, Dean nunca a fez chorar, nem quando o mundo estava acabando, nem quando se despediram no meio do apocalipse.

A única coisa que Dean se orgulhava, era nunca ter feito a mulher que ama chorar por sua culpa. Ele se odiava por ter quabrado isso.

- Dean. - a voz de Castiel aparecendo em suas costas fez o homem limpar seu rosto imediatamente, não ousando que alguém o visse rachar.
- agora não, Cas. - ele falou se sentando no sofá, com a cabeça baixa, seus cotovelos apoiados em seus joelhos, suas mãos em seus cabelos enquanto ele tentava tirar a visão de Sn chorando de sua mente.
- há algo que quero que veja. - Castiel falou se movendo até que estivesse na frente de Dean.
- eu não quero ver nada agora, Cas! Não- Dean falou erguendo sua cabeça, somente para o anjo encostar seus dedos em sua testa e tudo ficar escuro.