Dean Winchester 38

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- Podemos ficar com ele depois que resolvemos o caso? - Sn questionou enquanto suas mãos escovavam os pelos marrons e pretos do pastor alemão deitado no chão do hotel. Dean e Sam discutiam sobre o possível feitiço que faria com que aquele cachorro pudesse se comunicar com eles, e assim, talvez conseguir pegar o que quer que fosse que estivesse matando as pessoas ali.
- Não. - Dean respondeu sem hesitar, causando uma feição tristonha no rosto da mulher, que continuou a acariciar o cachorro.
- Por que não? Ele é a coisa mais fofa! Não é grandão? É sim! Fofo! Olha essa carinha! - ela falou com uma voz mais fina que o normal, recebendo em troca, lambeijos do cachorro que parecia bem alegre com os carinhos que ela dava.
- Espero que você saiba que não vai entrar na baby até tomar banho. Não quero ninguém cheirando bafo de cachorro no meu carro! - Dean falou com a voz de nojo, só fazendo Sn revirar os olhos.
- Como que isso vai ajudar a gente se comunicar com ele de novo? - ela perguntou olhando para o Winchester mais novo, que misturava os ingredientes para o feitiço.
- Kevin disse que é como uma espécie de fusão com a mente humana e a mente animal. - Sam falou. - Sn, consegue me dar um pelo dele? Obrigada... Se funcionar, nós iremos conseguir ler a mente do Coronel. - Sam falou colocando o feitiço no copo, que Dean imediatamente pegou.
- Por que você vai tomar? Sequer gosta deles! - Sn reclamou se levantando no chão e se sentando ao lado deles na mesa do hotel.
- Justamente. Eu vou ser objetivo. Você vai ficar de gracinha. - Dean respondeu cheirando o feitiço dentro do copo, fazendo a clara expressão de nojo. - E Sam tem o estômago sensível... Não queremos um feitiço espalhado no chão, não é? - ele acrescentou sentindo o olhar de Sn sobre ele, ela sabia claramente que ele mentia, afinal, tinha outro motivo para que Sam não pudesse tomar o feitiço. - Além do mais... Nem parece ser tão ruim. - ele falou antes de virar o copo em sua boca, sentindo o líquido ser rejeitado pelo seu corpo imediatamente. - eu estava errado. É ruim. Muito ruim. - Sn riu fraco escondendo sua risada com sua mão. Dean leu o feitiço e todos esperavam que algo iria acontecer, alguma luz forte, ou quem sabe, o hotel tremer. Nada. Tudo estava absolutamente normal.
- Funcionou? - Sn perguntou olhando pro cachorro e para Dean.
- Só tem um jeito de saber... Hey, me fala tudo o que você sabe. - Dean falou olhando para o Coronel, que apenas bocejou ignorando ele totalmente. - qual o problema? O gato comeu sua língua? - o loiro brincou mas somente ele riu.
- Talvez precise de um tempo para fazer efeito... - Sn comentou ignorando a piada de Dean.
- Talvez... - Sam retrucou se sentando mais confortável na cadeira. - eu vou pegar algumas coisas para comer enquanto a gente espera... Sn é melhor você ficar aqui com Dean e o Coronel, caso aconteça alguma coisa. - ele sugeriu e a mulher concordou.

Assim que Sam saiu, o Coronel se ergueu do chão, caminhando até onde Sn estava, e cutucando ela com seu focinho molhado, implorando por carinho, o que ela imediatamente fez. Dean observou os dois um tempo, antes de sua mente começar a se perguntar qual era a sensação do carinho de Sn. Logo aquilo era tudo o que Dean pensava, sua perna tremia embaixo da mesa, suas mãos se seguravam para não pegar a mão de Sn e colocar em sua própria cabeça.

- Dean? Você está bem? - ela perguntou erguendo sua sobrancelha.
- Sim. Totalmente bem. - Dean respondeu agradecendo por Sam ter chegado com os hambúrgueres e a cerveja, pelos menos isso tirou a mente dele das mãos da mulher.

Os três atacaram suas refeições, Sn e Sam se olhando enquanto Dean comia como se estivesse faminto, mais do que o normal. Uma música tocava de fundo enquanto eles terminavam seus hambúrgueres, algo que ninguém realmente prestava atenção, estava ali somente para preencher o vazio do quarto.

- Ainda nada? - Sn perguntou se referindo ao feitiço.
- Não. - Dean respondeu suspirando desapontado. - Liga pro Kevin e diz que o feitiço tinha gosto de bunda, e não funcionou. - ele falou olhando para Sam, que riu fraco da fala do irmão.
- Pelo menos não afetou seu apetite... - ele comentou provocando Dean.
- Muda a estação. - uma voz bem diferente de todos ali chamou a atenção de Dean. Seu tom era em comando, repetindo mais uma vez, como se estivesse perdendo a paciência.
- Dean? - Sn notou a forma que o loiro estava olhando para o cachorro ao seu lado. Aqueles olhos verdes arregalados e incrédulos enquanto ouvia perfeitamente o cachorro falar.
- Está funcionando! - Dean respondeu apontando para o cachorro.
- Fala com ele! - Sam mandou como se fosse óbvio.
- Fala de novo. - Dean pediu e o cachorro fez.
- Você chama isso de rock clássico? Antes que você perceba, eles estão tocando Styx. E Dennis DeYoung? Um punk!
- Dennis DeYoung não é um punk! - Dean respondeu ao cachorro, seu tom era quase como se estivesse ofendido. Sn e Sam se entre olharam não entendendo nada o que acontecia. - ele é o Sr. Roboto, vadia! - Dean continuou.
- Você está discutindo com o Coronel sobre os... Styx? - Sn perguntou confusa, assim como Sam.
- É isso aí mocinha, e ele está perdendo!
- Cala a boca! - Dean falou claramente ofendido.
- DEAN! - Sn e Sam chamaram a atenção do loiro, que pareceu voltar a lembrar do principal motivo de estarem ali.
- Ah é! Coronel, o que você estava querendo dizer sobre o chapéu de cowboy? - Dean perguntou se referindo a mais cedo no abrigo, quando Coronel parecia bem agitado toda vez que via um chapéu daqueles.
- O idiota que matou meu melhor amigo, usava um chapéu de cowboy.
- E o garoto no abrigo também?
- Sim.
- Pergunta sobre os gatos desaparecidos. - Sam falou olhando para Dean, enquanto embrulhava o papel de seu lixo, e o jogava na lixeira do quarto.
- E quanto aos gatos? - Dean perguntou olhando pro cachorro, estendendo sua mão para pegar a bolinha de papel amassado do lixo e entrar na mão de Sam. Sn olhou para o Winchester sem entender sua ação, assim como o irmão dele o olhava.
- Eu não sei, não consegui ver muito... Minha visão não é tão boa... Mas consegui farejar ele! Ele tem cheiro de carne vermelha e detergente.
- O que ele disse? - Sam perguntou, amassando a bolinha e jogando no lixo de novo.
- Uh, que o cara cheirava carne e... - Dean de novo pegou a bolinha de papel e colocou na mão de seu irmão, antes de começar a coçar atrás de sua própria orelha.
- Dean... Você está bem? - Sn perguntou preocupada se por acaso, Dean estava tendo um ataque de loucura.
- Eu não sei! - Dean respondeu ouvindo o cachorro rir. - Do que você está rindo? - ele perguntou pro cachorro, mas antes que o animal respondesse, um caminhão dos correios passou pelo lado de fora, chamando a atenção do Coronel, que começou a latir freneticamente.

IMAGINES ALEATÓRIOS PARTE IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora