Sn tinha certeza que estava vivendo uma maré de má sorte. Faziam dias que parecia que tudo estava dando errado. Tudo começou na segunda feira quando seu celular não carregou, fazendo com que ele desligasse durante a noite e seu alarme não tocasse, forçando que chegasse atrasada em seu trabalho.
Ela corria pelas ruas, causando com que quase fosse atropelada algumas vezes. E quando finalmente chegou em seu trabalho, quase três horas atrasada, apertou o botão do elevador de novo e de novo e de novo, como se aquilo fosse ajudar ele a chegar mais rápido. Por fim dentro do elevador, ela já poderia sentir seu corpo relaxando, ela havia chegado, atrasada mas conseguiu.
Assim que as portas do elevador se fecharam, ela ouviu um alto barulho, como se fosse um estouro de alguma coisa, e então, o elevador se moveu, não para cima e sim caindo um pouco para baixo, antes dos freios serem ativados. Ela apertou o botão de emergência diversas vezes, aquele caixão de metal, elevador, estava estalando como se os freios estivessem escorregando caindo pouco a pouco antes de finalmente despencar.
Seu corpo caiu conta o chão do elevador, por sorte, seu reflexo foi rápido e ela apoiou a mão no chão antes, causando com que ela não batesse a cabeça. Mas machucando seu punho.
Seu celular não pegava sinal algum, e as portas do elevador davam somente para uma parede de tijolos, impossível de atravessar.
Por sorte, se é que possa dizer isso, alguém ouviu o elevador despencar e chamou os bombeiros. Sn ouviu o chamado deles, o prédio onde trabalhava não tinha muitos andares para baixo, ela deveria estar cerca de dois metros abaixo do térreo não era muito para que ela não ouvisse eles. Ela gritou de volta, antes de ouvir o barulho de um deles andando no teto. Ele rapidamente disse para que se envolvesse no canto, abaixando o rosto e protegendo seus olhos, ela fez, ouvindo o som de uma serra cortando o teto do elevador.
- Pode abrir os olhos agora. - ele disse. - Como você está? - perguntou. Sn se levantou para ver o homem vestido com roupas de resgate. Ele usava o capacete com o número 118, um casaco pesado escuro com listras amarelas refletivas, com seu nome atrás: Buckley. Ele era bonito, tinha olhos azuis belíssimos, que contrastavam com uma adorável mancha de nascença em sua sombrancelha esquerda. Apesar da situação, ele tinha um sorriso no rosto, e estava calmo, e algo naquele posicionamento dele, fez o coração dela se acalmar também.
- E-eu estou bem... Pra quem despencou do elevador. Vivendo meu maior pânico... Tranquilo. Tranquilo. Super tranquilo! - seu tom tremia num óbvio pânico. - D-desculpa eu estou nervosa... É minha primeira vez nessa situação... Você já deve ter feito isso dezenas de vezes, certo? Já fez isso antes não é?
- Resgates de elevadores caídos? Sempre. Coisa do dia a dia. - ele brincou tentando acalmar a mulher. - Se lembra de bater a cabeça quando caiu? - ele perguntou passando pelo buraco no teto tendo uma melhor visão dela. Evan podia ver o quão nervosa ela estava, seu corpo inteiro tremia em pânico, via como ela segurava seu punho como se fosse cair. Ele chegou ainda mais perto, colocando as mãos em seu rosto para olhar melhor em seus olhos.
- Cabeça? Não... Meu punho, eu me apoiei no chão e acho que quebrei alguma coisa... - ela respondeu estendendo seu braço na direção dele.
- Certo... Chimmey? Vai precisar de uma tala de punho de prontidão. Ela não bateu a cabeça, mas está em choque. - falou apertando um botão no rádio em seu ombro.
- Chimmey? Que nome engraçado... Q-qual seu nome? - perguntou ainda tremendo.
- Evan, mas todos me chamam de Buck. Eu vou passar essa corda ao seu redor e a gente vai subir juntos, ok? Fica bem próxima a mim. - ele falou passando uma corda ao redor do corpo de Sn, que imediatamente abraçou ele com toda a força que podia.
- Meu nome é Sn... Muito prazer em te conhecer, Evan. - falou com um pouco mais de calma. Ela sentiu seus corpos começarem a subir, fazendo com que ela se apegasse ainda mais nele, fechando seus olhos e rezando para que saísse dali bem.
- Buck, me dá ela... Aqui... Eu te ajudo. - uma voz feminina e doce fez ela abrir seus olhos de novo, uma bombeira de óculos e um sorriso empático lhe chamou a atenção, a ajudando a sair do fosso do elevador e te colocar na maca, onde o suposto Chimmey começou a lhe analizar.
- Buck? - chamou antes de ser posta na ambulância, o bombeiro que estava logo em frente, se virou em sua direção. - Obrigada. - e com um pequeno sorriso em resposta, Sn jurou que jamais iria vê-lo novamente.
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IMAGINES ALEATÓRIOS PARTE III
FanfictionContinuação do primeiro, segundo e terceiro livro! Esse livro se trata de fanfics escritas por mim sobre diversos personagens. Tais histórias podem conter conteúdos adultos. Histórias com gatilhos mais pesados serão advertidas no começo no capítulo...