(primeira parte no Livro I)
- como?! - foi a única coisa que conseguiu falar, abafada pelo os dois, mas sinceramente, não se importava com a resposta, estava nos braços dele... E sonhou anos com isso acontecendo de novo.
Todos da equipe estavam observando a cena em suas frentes, uma mulher com roupas militares, mas não roupas militares atuais, e sim, dos anos quarenta, seus cabelos arrumados ao extremo, com a parte da frente dividia em duas, uma maior e outra menor, entretando, as duas carregavam o mesmo formato, com as mechas enroladas e presas por grampos no topo de sua cabeça, enquanto a parte de trás, com grandes cachos moldados. Junto a ela, estavam Steve e Bucky, ambos com suas roupas casuais.
Os três estavam dividindo um abraço apertando, com Steve abraçando a mulher pela frente, e Bucky abraçando ela e Steve ao mesmo tempo, se colocando na parte de trás do corpo dela.
Eles dividiam mais do que o mesmo abraço, os três carregavam a mesma feição em seus rostos. Um misto de alegria e alívio, com lágrimas escorrendo em suas bochechas, e um sorriso de conforto em seus lábios.
- alguém pode me explicar o que está acontecendo? - Tony perguntou olhando pra cena em sua frente, mas ninguém tinha a resposta. - ninguém? Okay... Vou apelar para os superiores a nós... Bom, a vocês... - ele falou olhando pra equipe, recebendo reviradas de olhos como resposta. - F.R.I.D.A.Y, faça um escâner na desconhecida que invadiu minha casa.
- sim, senhor Stark. - a voz da inteligência artificial soou pelo teto. - pela análise facial, a desconhecida de chama Sn, nasceu e viveu no Brooklin, em 1917. Relatórios do exército constam seu nome como parceira de Peggy Carter, atuando no exército americano, especificamente na área de Reserva Científica Estratégica. Relatórios constam que ela atuou junto com seu pai, senhor Stark.
- então é assim que ela conheceu Howard... - Natasha respondeu.
- o que mais F.R.I.D.A.Y?
- o último relatório que tenho sobre ela, foi de 13 de abril de 1946. Howard Stark discreve que enquanto fazia experimentos com o Tesseract, ouve uma explosão de energia e a agente Sn foi declarada como desaparecida na explosão. Relatórios depois descrevem que Howard acredita que a agente Sn foi sugada para dentro do Tesseract. Agente Sn foi declarada morta em 14 de abril de 1946. - F.R.I.D.A.Y concluiu.- eu não acredito que você está aqui... - Steve falou se afastando do abraço, colocando suas mãos no rosto de Sn, limpando as lágrimas dela enquanto sorria, sentindo ela fazer o mesmo com as suas lágrimas, antes de se virar pra Bucky, e limpar seu rosto igualmente.
- eu não acredito que vocês estão vivos... - Sn respondeu com um sorriso em seus lábios.
- como você está aqui, boneca? - Bucky perguntou mesmo não se importando com a resposta, querendo apenas segurar Sn em seus braços mais um pouco.
- eu... Eu não faço ideia... Eu só vou culpar Stark no meu relatório... - Sn respondeu rindo, fazendo ambos rirem fraco tentando entender o que ela queria dizer. - Bucky... Seu braço... O que houve? - Sn perguntou sentindo o gelado em sua pele, ela pode ver a alegria dele cair um pouco, ante dele negar com a cabeça e puxar ela para mais um abraço.
- não se preocupe com isso, boneca... Só... Só me deixa segurar você mais um pouco. - ele respondeu puxando ela para mais um abraço, aproveitando para deixar beijos no topo de sua cabeça.
- nas cartas você tinha dito que Steve tinha ficado mais alto... Mas não desse jeito... Você esqueceu de mencionar muita coisa... - Sn falou enquanto Bucky a segurava, puxando o loiro para o abraço também.
- longa história... - Steve respondeu beijando o topo da cabeça dela, passando suas mãos ao redor de Bucky e Sn.
- sua irmã vai ficar tão feliz em saber que vocês voltaram... - Sn falou contra o corpo de Bucky, sentindo ele ficar completamente tenso por suas palavras. - sua mãe, ela vai pular de alegria... - ela continuou não vendo o olhar que Bucky e Steve trocavam. - elas vão ao cemitério todos os dias... Ela vai ficar surpresa em saber que vão precisar tirar aquelas lápides de lá... - ela continuou com um riso. - eu sabia que era idiota comprar as lápides, os caixões tudo... Eu sabia que vocês estavam vivos! Eu sabia... Eu sentia isso... - Sn falava num tom alegre e aliviado. - tamos que ir até elas! - ela falou se afastando do abraço, mas nunca soltando eles, e sempre sentindo as mãos deles ao redor delas. - onde estamos afinal? Numa base secreta? - Sn perguntou olhando ao redor de novo, mas não olhando as expressões de Steve e Bucky. - essa tecnologia... Stark vai ficar louco em saber que isso tudo existe! - ela falou.
- estamos em Nova York, princesa... - Steve respondeu a primeira pergunta dela.
- oh! Eu não sabia que existia outra base aqui... - Sn falou olhando para os dois, vendo suas feições confusas e tensas, muito diferente de antes. - o que? O que está acontecendo? O que não estão me contando?
- Boneca... Que ano estamos? - Bucky perguntou vendo Sn sorrir confusa.
- estamos em 1946... Vocês morreram ano passado... Ou não...- ela começou a falar com um tom feliz, mas algo fez aquela felicidade toda sumir, se transformando numa raiva, numa traição clara. - Estavam aqui esse tempo todo!? Por que nunca me mandaram uma carta, ou... Ou foram me visitar?! - Sn falou num tom irritado, dando passos para trás vendo os dois imediatamente seguir ela, não querendo soltar seu corpo.
- princesa... Olha pra mim... - Steve chamou a mulher, colocando uma de suas mãos no rosto dela, apoiando seus dedos no queixo de Sn. A raiva dela era clara em seus olhos, uma expressão de traição que fazia os corações dele e de Bucky se quebrarem por ela pensar que eles teriam abandonado ela. - não estamos em 1946, estamos em 2023...
- o que? Isso é... Isso é ridículo! Impossível! - Sn respondeu rindo em confusão, pensando que eles estavam de alguma forma tentando engana-la.
- querida, por favor me escute... - Steve falou chamando a atenção dela. - eu e Bucky, não morremos em 1945...
- isso é claro, Steve. - Sn respondeu como se ele estivesse tentando caçoar dela.
- boneca, escuta ele, okay? - Bucky falou pegando as mãos de Sn nas dele, movimentando seus dedos contra a pele dela, tentando acalmar a mulher.
- na última missão de Bucky, ele sofreu um acidente... - Steve continuou a contar. - ele... Ele caiu do trem nos alpes que estávamos... - o loiro falava com um no em sua garganta só de lembrar d eBucky despencando.
- o que... - Sn olhou pra Bucky como se tentasse saber que era verdade.
- ele caiu e se feriu gravemente... Ele perdeu o braço esquerdo durante a queda... - Steve continuou. - ele foi encontrado, mas não por nós. Pelo inimigo, pela HYDRA.
- Bucky... - Sn olhou pra ele, sua mão tocando seu braço de vibranium, tentando entender, enquanto sentia Bucky puxar seu corpo e a abraça-la, como se quisesse passar um conforto para as histórias que iria ouvir.
- Bucky foi levado para a base inimiga, e... E eles injetaram o soro de supersoldado nele. O mesmo soro que eu recebi. - Steve falou com dor em sua voz. - Bucky foi... Foi feito de prisioneiro de guerra, princesa. Ele sofreu torturas para extrair as informações que eles precisavam e quando Bucky não tinha nada mais a dizer... Eles... Eles apagaram a memória dele e o transformaram em um... - Steve fechou seus próprios olhos marejados, se recusando a dizer a palavra.
- assassino. Me transformaram num assassino, boneca. - Bucky falou vendo Sn o olhar com seus olhos marejados como os de Steve.
- Bucky ficou mais de setenta anos sob o controle deles... Mas agora ele está livre.
- Steve me libertou. - Bucky acrescentou sentindo a mão de Sn em seu rosto.
- setenta anos...? - ela questionou como se não pudesse acreditar. - Bucky eu... Eu só tô muito... Eu deveria ter... Deveria ter procurado por você... Eu...
- não, boneca... Está tudo bem... - Bucky falou beijando a cabeça de Sn, tentando acalma-la, vendo Steve se enfiar no abraço também, apoiando sua cabeça no ombro dele, ele então, deixou um beijo na cabeça de Steve igual. - mesmo que você me procurasse... Mesmo que vocês me procurassem, não iriam me achar... Eles não iriam deixar isso acontecer... Era impossível qualquer um saber onde estava.
- eu sinto muito, Bucky... - Sn falou chorando contra o corpo dele, mas Bucky apenas sorriu doloroso e beijo o topo da cabeça de novo, dizendo que estava tudo bem. - Steve...? E você? O que houve com você? - ela perguntou levando uma de suas mãos para a bochecha de Steve, limpando as lágrimas dele.
- Steve precisou se congelar para salvar o mundo... - Bucky falou fazendo Sn o olhar como se ele fosse louco. - meio dramático, não é? - ele falou fazendo Steve rir antes de socar seu amado de brincadeira. - eu falei pra ele que era só pular do avião antes dele cair no gelo, mas não, ele tinha que ser imprudente! - ele falou fazendo Sn rir em meio as lágrimas. Deus como ele sentiu falta da risada dela.
- eu não sou imprudente... - Steve falou com um sorriso, vendo Sn rir mais ainda.
- Steve... Você sabe que isso não é verdade! - ela falou acariciando a bochecha dele.
- oh boneca, você não sabe nem a metade! - Bucky falou e Steve sabia o que estava por vir. - a gente deixou ele sozinho um minuto e ele se inscreveu num experimento do exército, ele pulou em cima de uma granada e...
- você fez o que?! - Sn perguntou irritada com as atitudes de seu amado, só causando uma gargalhada de Steve.
- tem mais, boneca...
- tem mais?! - Sn questionou em choque, causando mais gargalhadas de Bucky.
- okay! Sem mais histórias das minha imprudências... Desse jeito, Sn vai deixar de me amar... - Steve falou som um sorriso, sabendo muito bem que isso era impossível.
- você sabe que isso é impossível... - Sn respondeu ficando na ponta de seus pés e colocando seus lábios contra Steve, num beijo leve e respeitoso, calmo e ao mesmo tempo, cheio de carinho. Entretanto, isso não durou muito, já que ela começou a rir em meio ao ato.
- o que? - Steve perguntou confuso com a risada repentina.
- eu estava pensando... Sou eu quem fica na ponta dos pés agora... - ela falou se referindo a quando Steve era menor que ela.
- por que ele ganha um beijo e eu não? Boneca eu perdi um braço, eu mereço muito mais beijos! - Bucky falou como uma criança mimada, fazendo Sn revirar seus olhos antes de juntar seus lábios com os dele, num beijo carinhoso e amoroso, o mesmo beijo que deu ao Steve.
- seu cabelo está comprido agora... - Sn comentou para Bucky, vendo ele sorrir com as bochechas um pouco mais coradas.
- oh... Isso... Eu posso cortar se...
- não! Eu gostei... - Sn respondeu com um sorriso maroto, passando seus dedos nas mechas dos cabelos de Bucky.
- ouviu isso Steve? Nossa garota gostou mais do meu cabelo... - ele falou olhando para o loiro, vendo ele revirar os olhos antes de deixar um beijo nos lábios de Bucky.
- Steve! - Sn falou em choque olhando para todos os lados, vendo um grupo de pessoas desconhecidas por ela bem ali. O loiro desencostou seus lábios dos de Bucky, a olhando um pouco confuso pelo grito em sussurro que ela deu. - tem pessoas bem ali! - Sn falou baixo, como se alertasse os dois. E então, a ficha caiu, os dois sorriram olhando pra ela, sabendo o motivo dela reagir assim.
- oh boneca... Não tem problema... - Bucky falou num tom alegre em pensar que uma época, os dois só poderiam demonstrar carinho dentro de quatro paredes.- alguém tem alguma ideia do que está acontecendo? - Sam perguntou vendo os três começarem a trocar carícias entre si.
- eu... Eu nem sabia que o Steve poderia fazer isso... Quer dizer... Ele não tem... Vocês sabem... - Tony começou a falar, mas sequer tinha alguma coisa a dizer, chocado demais com a cena em sua frente.
- Tony... - Natasha falou em tom de repreensão.
- quer dizer, o Bucky todo mundo sabia né... Ele tem um certo charme com as mulheres, mas Steve? Quem diria... - ele continuou levando uma pequena cotovelada de Natasha para ele parar de falar.
- Sn... Essa é a mulher que Steve pintou os quadros? - Sam questionou se lembrando de alguns quadros com o rosto da mulher ali na frente.
- aposto que Bucky já escreveu sobre ela nos diários que ele tem... - Natasha comentou.
- eles são... Eles eram.... Um casal? - Sam perguntou, mesmo tendo uma resposta clara em sua frente.
- como ela chegou aqui? - Bruce finalmente fez uma pergunta relevante para a situação. - F.R.I.D.A.Y, temos alguma filmagem da chegada de Sn?
- monstrando a filmagem da câmara de segurança da ala laboratorial do complexo. - a inteligência artificial respondeu mostrando um vídeo holograma da chegada da mulher ali. A equipe se reuniu em frente a filmagem, vendo uma grande explosão de energia azul antes de Sn aparecer ali.
- ela veio atrás do tesseract, não? - Sam perguntou se lembrando do que Sn havia dito, e claro, do que estava no relatório que leu ha pouco.
- tesseract é uma jóia do espaço, sim mas... Mas precisaria envolver uma grande energia para conseguir ativa-lo e mandar ela para algum ponto específico do espaço - tempo... Howard não falou nada de uma máquina ou algo que pudesse fazer isso... - Bruce esclareceu sua dúvida. - meu ponto é, como Sn veio para exatamente. - ele perguntou olhando para ela com uma certa suspeita no olhar.
- quer interrogar ela? - Sam perguntou surpreso com o cientista.
- ela pode criar um paradoxo temporal, ou uma ruptura do espaço tempo. É perigo ela estar aqui, é perigoso ela interagir com eles daquela forma e...
- você quer interrogar ela... - Sam confirmou. - boa sorte com isso... Acho que vai precisar o grandão pra separar eles... - ele falou apontando para os três ainda abraçados bem ali, no centro sequele grande laboratório.
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IMAGINES ALEATÓRIOS PARTE III
FanfictionContinuação do primeiro, segundo e terceiro livro! Esse livro se trata de fanfics escritas por mim sobre diversos personagens. Tais histórias podem conter conteúdos adultos. Histórias com gatilhos mais pesados serão advertidas no começo no capítulo...