Bucky Barnes 89.2

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Bucky fez a exata mesma rotina de todos os dias, apesar de ter desovado o corpo de Alan tarde da noite, ele ainda acordou cedo, dirigiu até a rua do apartamento de Sn, observou ela acordar, se trocar, tomar seu café e sair de casa, indo para seu trabalho onde ela continuava na mesma perfeita rotina de sempre. E as sete horas, Bucky já sentia o cheiro das guloseimas que ela fazia inundando toda a rua.

Ele entrou no café sendo recebido pelo mais lindo sorriso. Bucky não sabia explicar como Sn sempre o fazia se sentir tão acolhido, tão amado com um simples sorriso.

O maior medo dela era que depois que Sn descobrisse o que ele realmente fazia na noite, nunca mais receberia aquele sorriso de novo.

- Bucky! Quer o seu especial de sempre? - perguntou a mulher, já colocando a xícara de café dele sobre o balcão na frente de si, como se deitasse exatamente onde ele deveria sentar.
- Bom dia, boneca. Claro! - respondeu não ousando sentar em outro lugar que não fosse em frente a ela. O cafe de Sn sempre tinha o gosto perfeito, assim como as guloseimas que ela servia.
- Aqui está! - falou colocando a guloseima com nome dele na frente do homem, dando uma pequena piscada na direção dele.
- Está como sempre, divino. - Bucky elogiou não deixando de notar como a cor vermelha coloriu as bochechas de Sn. Os olhos dela desviando dos seus como se estivesse tentando se manter firme. Ele ousou buscar a mão dela, acariciando sua pele com carinho, vendo ela cada vez mais se inclinar para sua direção. Somente para se afastar bruscamente com o som de sua porta abrindo com certas brutalidade.
- Alan está aqui?! - um senhor que Bucky imediatamente reconheceu, o pai de Alan e dono do prédio onde a cafeteira de Sn estava. Ele parecia estar irritado e preocupado. As veias em seu pescoço pulsavam, suas mãos tremiam e seus olhos pareciam presos numa memória recente, como por exemplo o apartamento de seu filho em chamas.
- Não. Ele ainda não chegou... Aconteceu alguma coisa? - ela perguntou soltando sua mão da de Bucky, não percebendo o olhar do homem se irritando por ela ter se afastado dele. Sn pegou uma xícara de café recém feito para o pai de Alan, oferecendo como uma cortesia. Ela podia ver a preocupação nos olhos do senhor, o que a fazia perceber que talvez Alan não estava somente atrasado.
- Alan me roubou ontem a noite... Meu banco me alertou sobre a transação feita da minha conta para a dele, e quando fui perguntar o que ele havia feito... O apartamento dele estava em chamas. Por sorte não havia ninguém... Mas não consigo achar Alan. A polícia está dizendo que ele colocou fogo no próprio apartamento para tentar forjar a própria morte...
- Aí meu deus! Eu sinto muito! E eu aqui achando que ele somente estava atrasado! - Bucky observava como Sn tomou a dor daquele senhor, ela não parecia estar sendo falsa. Como ela conseguia fazer isso? Alan era um péssimo funcionário, e uma pessoa horrível! Como ela conseguia sentir por ele? - A polícia acha que ele faria isso?
- Eles falam que toda a situação é suspeita... O dinheiro sumir numa conta fantasma, o fogo no apartamento dele foi causado por dispositivos... Eles falam que agora Alan já deveria estar longe o bastante para que eles não consigam pegar ele. Eu só... Eu só quero meu garoto de volta... Ele é meu filho! Ele não faria uma coisa dessas! - aquele senhor falou de cabeça baixa, não querendo que suas lágrimas fossem vistas.
- Eu sinto muito... Eu posso fazer alguma coisa pra te ajudar? Posso fechar o café por hoje e ir procurar ele com o senhor. - Sn comentou pegando nas mãos daquele homem, mesmo que ela tinha raiva por todo o histórico que ambos dividiam, os aumentos injustos do aluguel, ser forçada a contratar Alan para que continue ali, apesar de tudo isso, ela ainda tinha empatia com ele.
- Não... Não será necessário. Eu já contratei alguns dos melhores investigadores, eles vão achar meu Alan.

Aposto que não vão.

- Eu tenho certeza que vão achar ele. - Sn disse tentando dar o mínimo de conforto para ele.
- Eu também tenho. - o pai de Alan respondeu a ela, antes de suspirar fundo se levantar e sair do café.
- Eu duvido que vão achar esse garoto. - Sn comentou baixo se virando para Bucky, que a olhou surpreso pela sua mudança de tom, primeiro empático e agora, mórbido. Era como se ela soubesse que Alan já estava morto numa vala qualquer.
- Por que? Parecia tão confiante com ele... - Bucky perguntou se fazendo de desentendido.
- Você é conhecia Alan... Com certeza ele fez alguma coisa para a pessoa errada e agora, deve estar fugindo com o rabinho entre as pernas... Se não, ele já deve estar sendo comido por vermes numa vala sem nome. - respondeu ao homem que somente pensou em como ela estava totalmente certa.
- Eu queria poder ficar mais um pouco, mas tenho que ir... Até amanhã, boneca. - falou com receio de ficar mais tempo ali e ela descobrir que ele foi a pessoa na qual Alan não deveria ter se metido.
- Oh... Tudo bem, até amanhã Bucky! - respondeu com um sorriso belo, como se não tivesse falado tudo aquilo há pouco.

IMAGINES ALEATÓRIOS PARTE IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora