Bucky Barnes e Natasha Romanoff 4.2

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O coração dela nunca bateu tão rápido quando batia naquele momento. Seu cérebro ainda parecia estar em pane, seu corpo se movendo no modo automático, pegando os arquivos de seu quarto e levando até o quarto de Steve.

- Obrigado... Você está bem? Parece que viu um fantasma. - Steve falou num tom preocupado, pegando os arquivos das mãos trêmulas dela e os jogando em sua mesa, antes de se levantar para tentar entender o que estava acontecendo com a amiga.
- Tá mais pra dois. - ela respondeu ainda sem acreditar no que tinha ocorrido.
- O que aconteceu, Sn? - perguntou ainda mais preocupado. Steve conhecia bem Sn, e para ela estar daquele estado, sabia que algo sério tinha ocorrido.
- E-eu não consigo falar agora... Eu preciso pensar... - respondeu ainda em choque. Sn se virou para sair do quarto, precisando estar sozinha um pouco, mas assim que abriu a porta do quarto, deu de cara com Bucky. Num pânico, ela bateu a porta e a trancando, antes que ele pudesse ter a chance de dizer algo.
- Sn?! - Steve a chamou ainda mais preocupado.
- E-eu preciso sair. Você tem outra saída aqui?! - falou trancando a porta do quarto do loiro, ignorando o olhar confuso e ainda mais preocupado.
- O que?! Não, por que?!
- Porque... Porque não importa! Janela! Eu vou suar sua janela, ok? Tchau Steve! - falou e antes que Steve impedisse, abriu a janela e saiu o mais rápido possível.
- O que?! - Steve gritou consigo mesmo tentando entender o que estava acontecendo naquele momento.
- Sn?! Steve!? - Bucky gritou forçando a maçaneta para que a porta se abrisse por fim. Ele entrou no quarto do amigo, imediatamente procurando a mulher. Era verdade que ele e Natasha combinaram de esperar que ela fosse até eles, ele não espera a encontrar no quarto de Steve, onde ele foi somente para pedir algum conselho ou conversar com o velho amigo. - Onde ela está?! - perguntou em tom nervoso, ele olhava para Steve enquanto vasculhava pelo quarto, abrindo os armário, vendo embaixo da cama, procurando no banheiro, em todos os esconderijos possíveis.
- Ela... Acabou de sair. - Steve respondeu confuso demais para tentar pensar numa resposta melhor.
- Por onde?! Eu estava na porta!- Bucky retrucou para o amigo.
- Pela janela. - Steve respondeu olhando para a janela de seu quarto,
- PELA JANELA?! - Bucky gritou num tom extremamente fino e ainda mais nervoso, correndo para a janela bem a tempo de ver Sn correr para fora do complexo. - Steve, o que ela te disse?! - ele perguntou olhando para o amigo, tentando não entrar em pânico com a possibilidade de Sn não voltar mais para o complexo e a Natasha estar errada pela primeira vez.
- Nada! Ela não disse nada... Estava confusa e parecia em pânico. Disse que precisava pensar antes de pular pela janela. - Steve falou num suspiro olhando para o amigo que parecia ter olhos culpados e uma aura nervosa. - O que aconteceu, Bucky?
- Sn... Meio que viu eu e Natasha... Em um momento... Íntimo. - Bucky falou se sentando na cama do amigo, vendo somente confusão nos olhos de Steve. - Sn viu eu e a Natasha transando, Steve. - explicou de forma mais direta, o que fez seu amigo ficar vermelho como um tomate.
- C-como?!
- A gente estava na academia e
- NA ACADEMIA?! VOCÊS NÃO TEM QUARTO?! EU TREINO LA! - Steve gritou enojado e nervoso.
- Supera, Steve! - retrucou. - O ponto é... Sn viu eu e Natasha transando... E lembra quando eu te falar sobre nossos sentimentos compartilhados por ela? Quando eu te expliquei sobre o que eram trisais e você me deu uma palestra de como sentia falta de quando tudo era mais simples? - Bucky falou baixo, pegando o travesseiro do amigo e brincando com sua ponta, se recusando a olhar para o amigo.
- Você está dizendo que vocês... Ela está fugindo por que vocês pediram para ela...? - Steve questionou ao amigo.
- Não. Ela está fugindo porque eu e Natasha estávamos gemendo o nome dela. - explicou colocando o travesseiro em seu rosto escondendo suas bochechas levemente rosadas, mas nada em comparação a Steve.
- Bucky! - Steve soou enojado.
- Eu sei! Eu sei! Mas... Olha, eu sei que você não vai concordar mas... Eu e Natasha nos amamos, não há dúvidas nisso. Mas... Mas eu e ela dividimos um amor e desejo por um outro alguém. E não é como se fosse somente pelo sexo, pela fantasia de um terceiro... É como se nosso amor fosse tão grande que precisamos dividir, precisamos de Sn. - falou na esperança que seu amigo compreendesse, e por sorte, Steve entendeu. - E agora... Eu tenho medo dela nunca mais sequer olhar em nossa cara. E se ela estiver enojada? E se ela não sentir o mesmo? E se ela pedir para sair daqui?! Steve, eu não sei o vai acontecer comigo e Natasha de Sn não estiver com a gente. - falou erguendo seu rosto para ver Steve se sentando ao seu lado na cama.
- Hey... Eu entendo. - o loiro falou para a surpresa de Bucky. - Eu sei como é amar um alguém de forma tão grande que parece que não cabe somente para si. Você e Natasha se amam, eu tenho certeza disso. E também tenho certeza que amam Sn... Está óbvio. Vocês são quase cães de guarda perto dela, na última festa, eu tentei chamar ela para dançar e Natasha rosnou pra mim. Ela rosnou, Bucky. - riu ouvindo a risada de Bucky. O Sargento se lembra daquela noite, ele e Natasha se revezavam na pista de dança a noite toda, dançando com Sn sem parar, sorrindo e flertando com ela. Ele somente queria ter a chance de fazer tudo de novo.
-  Você acha que ela vai voltar? - Bucky questionou realmente precisando ouvir que sim. Que eles não tinham perdido a chance com a mulher.
- Quer a resposta sincera? - Steve perguntou olhando para o amigo, que apensar implorou que sim. - É claro. Bucky, Sn ama vocês tanto quanto vocês amam ela. Ela só... Só está confuso agora. Pensa que ela passou cada segundo se sentindo culpada por amar vocês dois, e agora, ela descobre que não somente vocês correspondem, mas fantasiam juntos sobre ela... Você não ficaria um pouco assustado? É como se alguém pegasse e lesse seu diário. É um sonho, porém, é assustador. - as palavras de Steve eram confortantes. Bucky sabia o que ele queria dizer, afinal, ele também tinha medo.

IMAGINES ALEATÓRIOS PARTE IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora