Eddie Munson 29

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Não era a primeira vez e definitivamente não seria a última que Sn e Eddie fugiam da escola logo após o almoço para ir para a grande pedra de caveira que se escondia em Hawkins. Diferente do que normalmente as pessoas faziam sob a pedra, os dois apenas se divertiam.

De todas as vezes que fizeram aquele caminho pela floresta, jamais encontraram aquilo.

- Hey, Edds? O que é isso? - ela falou pulando o amigo de longa data pela naquela, forçando que ele se virasse e visse a mesma bizarrice que ela via.
- Eu não faço ideia... - respondeu dando um passo em direção a árvore bizarra.
- Não chega perto! Vai que está contaminada! Lembra quando descobriram um vazamento de químicos há algum tempo? Todas as abóboras ficaram podres! - falou tentando impedir que seu amigo tocasse no tronco da árvore. Era como se ela estivesse oca, apodrecendo de dentro para fora. Havia o que parecia ser raízes pretas tentando sair de dentro da árvore, junto com uma luz vermelha pulsante.
- Tem razão... Mas se estiver contaminada, isso não significava que tudo ao redor deveria estar também? - Eddie respondeu olhando as árvores ao redor, nenhuma tinha a mesma aparecia que aquela. Ele deu uma volta na flora bizarra, encontrando algo ainda mais estranho. - Hey... Tem uma flor aqui.
- Jura? Árvores podres podem dar flor? - perguntou dando a volta e encontrando a grande e estranha flor que Eddie olhava.
- Ela é estranha... Já viu alguma assim? - ele respondeu depois de balançar com os ombros.
- Não... - a flor era realmente estranha. Tinha apenas quatro longas pétalas tão vermelhas que pareciam ser brilhantes. Seu cabo era cheio de espinhos pretos, e ela não tinha um cheiro muito agradável. Havia longos apêndices que saiam de seu centro, na qual, tinham sua ponta coberta por algo em formato de gota invertida. Como se a curiosidade tomasse seu corpo, estendeu a ponta de seu dedo para tocar em uma das pétalas, mas Eddie impediu.
- Você vai tocar nisso?! Acabou de falar que está contaminada! - os dois tentaram ignorar o fato da mão dele sobre a sua parecer acender seus corpos como fogo, uma eletricidade correndo pelas suas veias toda vez que compartilhavam um toque simples. Antes que pudesse responder a fala dele, aquela flor pareceu reagir a presença deles, abrindo aquela pequena parte que parecia uma gota e cuspindo no ar um pólen vermelho e com cheiro extremamente doce. - Que porra?! - Eddie falou tossindo e passando seus braços ao redor da amiga, puxando ela para longe e tentando não fazer com que ela respirasse aquela coisa.
- Que merda é essa?! - ela perguntou tossindo apesar dos esforços de Eddie.
- Que tipo de flor faz isso?! - ele perguntou balançando as mãos no ar, tentando dissipar as partículas de pólen do ar.
- Eu não sei! Oh! Talvez seja igual aqueles cogumelos que jogam esporos no ar. - Sn comentou balançando as mãos no ar igual Eddie.
- Puff! Nerd. - provocou ganhando um pequeno tapa em seu ombro.
- Vamos embora antes que a gente pegue uma pneumonia fúngica. - falou dando meia volta e voltando para a trilha da pedra da caveira.
- E depois ainda fala que não é uma Nerd!!! - Eddie gritou correndo atrás da amiga.

Eles chegaram a pedra da caveira pouco tempo depois. Ambos com uma camada de suor em suas peles. Nenhum deles notou o quão quente o clima estava antes de saírem, mas agora parecia que a temperatura estava subindo mais e mais. Eddie havia tirado sua jaqueta te couro há tempos, enrolando as mangas de sua camisa, expondo seus braços, ato que trouxe a atenção dela mais do que gostaria de admitir.

Sn nunca negou que Eddie era atraente, afinal, como poderia? Com aqueles olhos tão perfeitos a olhando como se ela fosse o ser mais precioso do universo; Aqueles lábios rosados que carregavam o mais lindo sorriso; Seus cabelos, que apesar de bagunçados, sempre pareciam estar perfeitos; Suas belas mãos, que apesar de sempre pensar que seriam calosas por conta da guitarra, eram macias e quentes, perfeitas para darem carinhos quando ele pensava que ela estava dormindo em seu colo nas noites de filmes.

Já Eddie não poderia pensar diferente da amiga. Ele sempre achou que ela era perfeita. Sua voz fazia o coração dele bater forte; Sua risada era o motivo dele fazer tantas piadas; Seus olhos eram o motivo de Garret reclamar que as músicas estavam melosas demais; E óbvio, ele não iria negar que Sn era perfeita. Cada curva, cada pedaço de pele macia fazia Eddie perder a cabeça. Quando ela usava regatas, Eddie tinha certeza que perdia o controle de seu corpo, parecendo um adolescente sem juízo de novo. Tal qual agora, que Sn tinha retirado seu casaco, reclamado do calor que estava sentindo. Eddie queria dizer que não olhava para era, mas ela usava uma camiseta fina, tão fina que ele podia ver seus mamilos excitados pelo tecido, o que era estranho, já que ele sempre achou que isso somente acontecia quando ela sentia frio.

IMAGINES ALEATÓRIOS PARTE IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora