IMAGINES ALEATÓRIOS PARTE III

Aaron Hotcher

Eu ainda não sei se voltarei a postar frequentemente, ainda estou meio estranha com o falecimento do meu tio, mas além disso, eu também estou à procura de um emprego (finalmente me formei!) e ando bem ansiosa por causa disso.
Demorei muito tempo para conseguir concluir esse capítulo, ele estava nos meus rascunhos desde janeiro, mas finalmente consegui! Então, espero que gostem!❤️

Era um clichê. Sn sabia que era um clichê enorme. E mesmo assim, não conseguiu evitar. Seu coração tolo se apaixonou perdidamente pelo seu chefe, Aaron.

Talvez fosse culpa de sua mesa ficar no escrito dele, ou pelos dias e noites trabalhando juntos, pelo seu heroísmo, inteligência, seu carisma ou seus flertes discretos perdidos em meio de pequenos atos que ele sabia que fazia seu coração pular.

Ou quem sabe, seja pelos lábios cuidados dele sobre os seus, seu toque firme em seu corpo, enquanto ele te deitava na mesma mesa em que na manhã seguinte, escrevia relatórios como se nada tivesse acontecido. Quem sabe fosse pela boca dele lhe devorando como um animal faminto, sua língua se deliciando em seu sexo, seus dedos estimulando os exatos pontos que ele sabia que fazia seus olhos revirarem. Talvez fosse pela forma que Aaron fodia seu corpo como um maníaco, e ainda sim, conseguia dar um toque de carinho que fazia seu cérebro entrar numa overdose de dopamina. Convenhamos que se relacionar com alguém que entende perfeitamente a linguagem corporal, pode descobrir coisas sobre você que sequer jamais pensou, com apenas um olhar mais preciso, isso tinha seus pontos positivos.

Seja o que fosse, a realidade era que Sn e Aaron estavam apaixonados um pelo outro, o chefe e a secretária. Um clichê como disse.

Mas nenhum dos dois realmente se importava com isso. Seu relacionamento funcionava e era bom. Aaron e Sn passavam dias juntos, sem levantar suspeitas. Sn frequentava a casa de Aaron sem receber perguntas sobre o motivo dela ter ido ali, afinal, todos pensavam que Aaron apenas abusava demais da jovem secretaria (de certo modo, estavam certos, se é que me entendem).

Entretanto, claro, seu relacionamento tinha que permanecer em segredo. Sn pensava que era pelo simples motivo de que, se os superiores de Aaron desconfiasse de algo assim, ela seria demitida, mas havia algo mais profundo que isso. Aaron já havia perdido um amor por culpa de seu trabalho, ele não arriscaria perder outro. Ainda mais quando Sn e Jack tinham um relacionamento tão lindo juntos, Jack até mesmo sussurrando um pequeno "boa noite, mamãe" quando Sn colocou ele para dormir; quando ele sentia um amor tão intenso, algo que pensou não ser possível depois do que aconteceu com sua falecida esposa. Ele não iria sequer pensar em arriscar uma coisa dessas.

O relacionamento ia bem, muito bem por assim dizer, até que um dia, Sn acordou com uma rosa em sua porta. Ela achou estranho, óbvio. Afinal, Aaron não lhe enviaria uma rosa, não quando ele sabia que não era sua flor favorita. Entretanto, seu questionamento se calou quando percebeu que a senhora dona da casa ao lado, tinha uma roseira grande e bela em seu quintal, Sn assumiu ser apenas coincidência, talvez o vento da noite tivesse movido a flor até sua porta. Ela pegou a planta e jogou no lixo a frente, antes de entrar em seu carro e ir para o trabalho.

O que Sn não notou, pelo menos não até chegar no estacionamento do trabalho, era a rosa colocada sobre o banco do passageiro. Aquilo definitivamente não foi o vento. Ela pegou sua bolsa e correu para dentro do FBI, ao menos, ela tentou. Antes mesmo que saísse do carro, uma agulha perfurou sua pele, o líquido entrou em seu corpo e seus olhos pesaram, a última coisa que se lembra, foi ver a faixada do prédio se escurecer, seus lábios murmurarem o nome de Aaron, como um último pedido de ajuda.

Aaron olhava atentamente para a mesa de Sn, suas mãos seguravam o aparelho de celular forte, esperando qualquer sinal de sua amada. Sn estava atrasada, não muito, apenas alguns minutos, mas já era o suficiente para a mente dele supor algo. Sua intuição gritava que algo estava errado, que o atraso de Sn, a falta de resposta em suas mensagens ou ligações... Aquilo era algo.