Bucky Barnes 112

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Bucky odiava a sensação de estar sozinho. E ultimamente, era o que ele mais sentia. Desde que recuperou sua própria mente, viveu sozinho. Vivia sozinho na Romênia, viveu sozinho em Wakada, e agora, vivia sozinho no Brooklin.

Bucky odiava estar sozinho. E odiava o fato de não não ter ninguém sequer para estar ao seu lado. Quando Steve o achou, o salvou, prometendo ficar com ele até o final, ele foi estúpido o suficiente para acreditar nele. Somente para ser deixado sozinho.

Ao menos, Sam ainda o ligava e checava a cada dia somente para ver como as coisas estavam, mas ele não estava ali. Estava com sua família, e Bucky estava sozinho.

Talvez fosse por estar perto de seu aniversário, mas aquela sensação de solidão corroía ele por dentro de tão forma, que sequer conseguia fechar seus olhos.

Em uma madrugada, quando Bucky se revirava nas cobertas do chão da sala, sua mente presa em um único sentimento de solidão, lágrimas caindo de seus olhos enquanto ele pensava e implorava por ter alguém ali, para ser acalmado.

Talvez o universo teve pena dele, e finalmente o deixou dormir, e em seus sonhos, teve o mais maravilhoso encontro.

Bucky se viu em meio a um festival, tudo era estranho, e ao mesmo tempo, acolhedor. Ainda era Brooklin, mas não era os dias de hoje, e sim, 1942. Ele se lembra daquele dia, foi sua última noite antes de embarcar em seu vôo somente de ida para o exército.

Ele usava seus trajes de Sargento, uma camisa verde escura, com uma gravata verde claro e por cima, um casaco grosso de verde musgo, da mesma cor de suas calças, que e seu chapéu. Bucky olhou para suas próprias mãos, sorrindo ao ver sua mão esquerda ainda ali, e não uma prótese de metal. Ele podia sentir o frio da noite em sua pele, e aquilo não podia o deixar mais feliz, sentir o tecido de suas roupas, o calor de sua mão contra sua própria pele, sentir seus dedos estalarem dando aquele alívio que há anos não sentia. Há anos ele não sentia nada.

Bucky não sentia somente isso, ele sentia o cheiro de pipocas amanteigadas no ar, o cheiro doce de maças do amor, cachorros quentes acabados de serem feitos, ouvia as pessoas ao seu redor rindo enquanto brincavam em barracas no grande festival, ouvia os brinquedos fazerem barulho, os fogos de artifício estourando no céu escuro, iluminando o lugar com as mais belas cores. Ele podia sentir até mesmo suas lágrimas caindo em seu rosto enquanto apreciava tudo, ele estava de volta em sua casa, em seu tempo.

- Bucky! O que está esperando, bobo?! Vamos! Temos que ir na roda gigante! Oh! Eu quero comprar uma maçã do amor e... Bucky, o que houve meu amor? - uma voz feminina falou chamando a atenção dele, suas mãos delicadas e macias tocando o rosto dele, enxugando suas lágrimas enquanto tentava entender seus motivos.

Bucky tinha certeza que em todas suas memórias, aquela mulher nunca jamais esteve ali. E com certeza ele lembraria de alguém lhe chamando de amor, lhe dando um carinho e se preocuoando com ele daquela forma.

E com toda a certeza ele se lembraria dela. Com seu belo vestido azul claro, com rindo até seus joelhos, seus sapatos de salto escuros como a noite, seus lábios vermelhos e seu cabelo no mais lindo penteado. Seus olhos tão lindos o olhando cheios de amor, seu sorriso que parecia alegrar todos ao seu redor, sua voz tão delicada e amorosa, fazia o coração dele se derreter ali mesmo.

- Bucky? Hey... O que aconteceu? Está me olhando estranho... - ela falou descendo suas mãos do rosto dele, até seus braços e por fim, suas mãos. Bucky sentiu o arrepio quando ela juntou sua mão na dele, fazendo seus olhos saírem dos dela e se focarem em suas mãos juntas.
- Isso... Eu estou sonhando? - ele perguntou mesmo com medo que assim que ouvisse a resposta, acordaria.
- Essa é sua nova cantada? - ela brincou dando um pequeno passo a frente, e deixando um beijo nos lábios dele.

IMAGINES ALEATÓRIOS PARTE IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora