Colocar as duas crianças no carro foi mais complicado do que Sn pensou. Aquelas cadeirinhas pareciam precisar de diplomas de engenharia para serem instaladas da forma certa, e Sn obviamente não tinha isso. Por sorte, Bucky parecia entender perfeitamente como aquilo funcionava, colocando as duas crianças nos respectivos assentos, e garantindo que elas estariam seguras.
Sn se sentou no banco do passageiro, olhando para a janela do veículo, ouvindo as duas meninas cantando a música do rádio, enquanto ela, se recusava a falar ou sequer olhar em direção ao homem atrás do volante.
Seu orgulho era forte demais pra sequer permitir que ela agradecesse pelo café, ou por "ajuda-la" com seu pânico.
Ela podia ver pelo canto de seus olhos, Bucky a olhando de tempos em tempos, com um pequeno sorriso em sua boca, por ouvir suas filhas cantando tão alegre no banco de trás.
Graças ao endereço salvo no GPS, Bucky pôde chegar à casa de Steve, que não ficava longe da sua.
Bucky ainda pensava ser estranho olhar para aquela casa e falar que ela era sua, como toda a situação era bizarra no mínimo. Ainda mais, como aquela casa era a exata cópia de sua casa dos sonhos. A cerca de madeira branca, com um pequeno jardim na entrada, flores coloridas que atraiam lindas borboletas. Grandes janelas de vidro que permitem a luz do sol entrar, a grande porta de madeira na entrada, com uma pequena decoração de vidro que permitam ver quem estava ali. A casa era térrea, mas espaçosa e confortável, cheia de amor e carinho em cada pedaço.
Ele se lembra de, quando estava ajudando suas filhas a se arrumar, ele ficando encarregado de arrumar os cabelos delas, enquanto Sn se divertia vendo as roupas das meninas, de olhar para o batente da porta do quarto da mais velha, vendo as marcações de sua altura. Bucky reparou a mesma coisa no quarto da pequena. Logo ao lado, havia um quarto de bebê parcialmente decorado, ainda havendo alguns móveis que ele só podia supor que ali era um escritório, não por muito tempo.
Isso só levantava mais e mais perguntas sobre o que estava acontecendo. Como alguém poderia ter recriando um sonho tão grande como aquele? Por que alguém faria isso? E mais ainda, por que alguém colocaria Sn ali?!
Assim que chegaram à casa de Steve, Bucky teve ainda mais certeza que tinha algo bizarro acontecendo. A casa de Steve, era a exata forma que o loiro sempre dizia que sonhava.
Uma casa de dois andares, grande e espaçosa, com janelas grandes que deixavam a luz entrar, um largo quintal para futuros filhos brincarem...
- devemos falar com Steve. - Sn falou pela primeira vez em algum tempo. Mesmo assim, ela se recusava a olhar pra Bucky.
- sobre? - Bucky perguntou tirando a pequena do cadeirinha dela, enquanto Sn lutava contra a cadeirinha da maior. Ele tentou suprimir o riso com a irritação de Sn com o objeto. - aqui... É só... - ele falou apertando o botão laranja do cinto, e a menina estava solta.
- obrigada. - Sn respondeu não olhando para ele, ajudando Stevie a sair do carro, tendo certeza que ela não iria correr na rua, apesar daquela região ser bastante calma. Sn andou de mãos dadas com a menina até a entrada da casa de Steve, parando em frente a porta, vendo Bucky carregando a outra menina em seu colo, brincando com a criança, fingindo comer seus dedos e morder seu rosto. A menina gargalhava alto, causando uma sensação quente no coração de Sn, mesmo que ela estivesse lutando para esconder.
- sobre o que quer falar com Steve? - Bucky perguntou parando em frente a porta, e apertando a campainha. Como resposta, Sn apenas o olhou, apitando sutilmente para as duas crianças em sua frente.
- tio Bucky!!!! - uma criança de cabelos escuros e enrolados, com sua pele negra com pequenos pontos mais escurecidos, pequenas e adoráveis sardas em suas bochechas. O garoto tinha um sorriso brilhante, com seus dentes brancos como pérolas, e uma alegria contagiante. Ele se jogou no colo de Bucky, abraçando o homem com força. - tia Sn!!! - ele falou na mesma empolgação, se jogando na mulher que rapidamente passou seus braços ao redor dele. - vocês finalmente chegaram! Demoraram tanto!!! - ele falou em tom dramático enquanto Sn colocava ele no chão de novo. O garoto deu um abraço em cada uma das meninas ali, pegando suas mãos e puxando elas pra dentro da casa.
- Anthony! O que já conversamos? - Natasha aparaceu no corredor da casa, seu cabelo estava vermelho como sempre, com lindas ondas que terminavam na altura de seu ombro. Ela usava um macacão confortável, com uma camiseta clara por baixo dele. O garoto parou seus passos dentro da casa, olhando pra Natasha sem tirar suas mãos das mãos de Stevie e Samantha.
- ah... Não... Não pode abrir a porta sem a mamãe ou o papai vierem ver quem é? - ele falou quase como uma pergunta. Nem Sn e nem Bucky conseguiam ver o rosto dele, mas pelo seu tom, poderiam dizer que ele estava tentando não levar uma bronca.
- exatamente. - Natasha respondeu se abaixando no mesmo nível do garoto, colocando suas mãos do rosto dele fazendo um pequeno carinho. - da próxima vez, chame um de nós... Okay? - ela falou e o menina balançou a cabeça concordando. - e vocês meninas? Estão bem? - ela perguntou olhando para as duas, que balançaram a cabeça igualmente. - podem ir brincar lá fora, mas cuidado okay? - Natasha falou finalmente ficando em pé, sorrindo ao ver os três correrem até o jardim. - vocês vão ficar parados aí na porta? - ela falou olhando pra Sn e Bucky, que ainda tentavam entender o que acontecia.
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IMAGINES ALEATÓRIOS PARTE III
FanfictionContinuação do primeiro, segundo e terceiro livro! Esse livro se trata de fanfics escritas por mim sobre diversos personagens. Tais histórias podem conter conteúdos adultos. Histórias com gatilhos mais pesados serão advertidas no começo no capítulo...