Bucky Barnes 113

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Sn sabia que tinha algo diferente naquele dia, ela não conseguia dizer exatamente o que era, mas tinha certeza que alguma coisa iria acontecer. Durante seu trabalho, ela sentia que algo estava por vir, ao andar para casa, tinha o sentimento que olhos te seguiam, pensava que quando chegasse em seu apartamento e trancasse a porta esse sentimento acabaria. Mas claro, que isso não aconteceu. Assim que chegou em seu apartamento, Sn trancou sua porta com rapidez, parando até mesmo o trinco que raramente usava, antes de deixar sua bolsa e chaves caírem na pequena mesa ao lado. Seus olhos se fecharam num suspiro, enquanto sua mão tateava a parede em busca do interruptor, mas antes que achasse, a luz do abajur na sala se ascendeu. Sn se virou pronta para gritar, o pânico de pensar que havia se prendido ali com algum desconhecido tomou sua mente, seus olhos se abriram imediatamente, e seu corpo se virou na direção da luz que se ascendeu.

- NATASHA! - ela gritou aliava ao ver os cabelos vermelhos curtos e ondulados da mulher. Ela carregava um sorriso de canto, provavelmente por saber o quanto sua presença ali assustou a amiga de velha data. Natasha estava sentada no sofá, uma de suas mãos segurava uma taça de vinho, suas pernas estavam cruzadas, e ela não usava seu traje típico, e sim, uma calça jeans escura, com uma bota de couro cobrindo seus pés, e uma camiseta básica. - Quando eu disse que podia passar aqui sempre que precisasse, eu não achei que iria aparecer sem ao menos avisar! - ela falou segurando um riso, afinal, apesar do susto, era sempre bom ver Natasha. - Há quanto tempo está aqui? - perguntou vendo uma caixa de pizza sobre a mesa de centro, o vinho aberto e uma taça vazia ao seu lado, como se a ruiva só estivesse te esperando. Entretanto, não foi isso que lhe chamou a atenção, e sim, um envelope de papel grande e marrom, esperando para ser aberto.
- Eu cheguei há uns quarenta minutos atrás... A pizza chegou dez minutos atrás. Você se atrasou, passou em algum lugar? - ela perguntou colocando sua taça na mesa, antes de pegar a garrafa e servir vinho na taça vazia, pegando-a e estendendo em sua direção, lhe chamando para sentar ao seu lado, o que fez.
- Na verdade, eu acabei me enrolando na saída da clínica... É estranho você saber quanto tempo eu demoro para chegar em casa. - falou se aconchegando no sofá, levando a taça de vinho para seus lábios.
- Eu sou boa no meu trabalho, Sn. - Natasha respondeu simples.
- É por isso que está aqui? Está sentindo as dores de novo? - perguntou curiosa. Seu relacionamento com a ruiva começou através de seu trabalho. Maria Hill tinha indicando seu nome, e como Natasha estava se recuperando de uma lesão em seu ombro, uma lesão balística, que acabou lhe dando dores crônicas por causa de capsulites, lesões tendineas e ligamentares, e óbvio, lesões musculares que levaram a atrofias. Graças a longas sessões de fisioterapia, claro, feitas em sua própria residência, e sem poder ter documentação alguma sobre o fato de ter atendido uma Vingadora, a lesão de Natasha se curou por completo, deixando apenas uma cicatriz, e total funcionalidade do ombro.
- Não, sem dores alguma. Ainda faço seus exercícios... - Natasha respondeu com um tom agradecido.
- Oh? Então, por que sua visita? Quer dizer, não que eu não goste de te ter aqui, é óbvio que eu te adoro e... Tem alguma coisa haver com o envelope não é? - perguntou apontando discretamente para papel dobrado na mesa, vendo Natasha sorrir por trás de sua taça de vinho.
- Preciso de sua ajuda. Bom, na verdade alguém precisa de sua ajuda. - ela respondeu pegando a taça de sua mão e lhe dando permissão para pegar o envelope. - Antes que abra, eu quero que entenda que caso não aceite esse caso, preciso que nunca comente isso com ninguém. Será como se eu nunca estivesse aqui. E caso você aceite, será bem diferente de quando você me ajudou. - Natasha explicou num tom sério.
- Diferente como?
- Você não irá atender aqui, e nem na clínica. Será levada ao complexo para realizar o atendimento, nenhum de seus equipamentos poderiam ir com você, nos iremos fornecer tudo o que precisar. - Natasha começou a explicar, e Sn só pensava que ela iria atender alguém importante. Muito importante. - E claro, terá que assinar termos de silêncio, nunca poderá comentar sobre absolutamente nada.
- Você está me assustando... Quem eu vou atender, Nat? - perguntou abaixando o envelope e olhando fixamente para a amiga.
- O Soldado Invernal.
- Oh... Você quer que... Oh. - Sn comentou sentindo seu coração disparar. Ela sabia quem o Soldado era, afinal, ele foi o responsável pela lesão no ombro de Natasha. Sabia quem ele já foi, e quem ele era agora. Sargento Bucky Barnes, já foi manipulado para se tornar o perfeito assassino, e agora, estava dentro do complexo dos Vingadores, tendo sua liberdade de volta em sua vida, ajudando a salvar as pessoas.

IMAGINES ALEATÓRIOS PARTE IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora