Sn sabia que tinha algo diferente naquele dia, ela não conseguia dizer exatamente o que era, mas tinha certeza que alguma coisa iria acontecer. Durante seu trabalho, ela sentia que algo estava por vir, ao andar para casa, tinha o sentimento que olhos te seguiam, pensava que quando chegasse em seu apartamento e trancasse a porta esse sentimento acabaria. Mas claro, que isso não aconteceu. Assim que chegou em seu apartamento, Sn trancou sua porta com rapidez, parando até mesmo o trinco que raramente usava, antes de deixar sua bolsa e chaves caírem na pequena mesa ao lado. Seus olhos se fecharam num suspiro, enquanto sua mão tateava a parede em busca do interruptor, mas antes que achasse, a luz do abajur na sala se ascendeu. Sn se virou pronta para gritar, o pânico de pensar que havia se prendido ali com algum desconhecido tomou sua mente, seus olhos se abriram imediatamente, e seu corpo se virou na direção da luz que se ascendeu.
- NATASHA! - ela gritou aliava ao ver os cabelos vermelhos curtos e ondulados da mulher. Ela carregava um sorriso de canto, provavelmente por saber o quanto sua presença ali assustou a amiga de velha data. Natasha estava sentada no sofá, uma de suas mãos segurava uma taça de vinho, suas pernas estavam cruzadas, e ela não usava seu traje típico, e sim, uma calça jeans escura, com uma bota de couro cobrindo seus pés, e uma camiseta básica. - Quando eu disse que podia passar aqui sempre que precisasse, eu não achei que iria aparecer sem ao menos avisar! - ela falou segurando um riso, afinal, apesar do susto, era sempre bom ver Natasha. - Há quanto tempo está aqui? - perguntou vendo uma caixa de pizza sobre a mesa de centro, o vinho aberto e uma taça vazia ao seu lado, como se a ruiva só estivesse te esperando. Entretanto, não foi isso que lhe chamou a atenção, e sim, um envelope de papel grande e marrom, esperando para ser aberto.
- Eu cheguei há uns quarenta minutos atrás... A pizza chegou dez minutos atrás. Você se atrasou, passou em algum lugar? - ela perguntou colocando sua taça na mesa, antes de pegar a garrafa e servir vinho na taça vazia, pegando-a e estendendo em sua direção, lhe chamando para sentar ao seu lado, o que fez.
- Na verdade, eu acabei me enrolando na saída da clínica... É estranho você saber quanto tempo eu demoro para chegar em casa. - falou se aconchegando no sofá, levando a taça de vinho para seus lábios.
- Eu sou boa no meu trabalho, Sn. - Natasha respondeu simples.
- É por isso que está aqui? Está sentindo as dores de novo? - perguntou curiosa. Seu relacionamento com a ruiva começou através de seu trabalho. Maria Hill tinha indicando seu nome, e como Natasha estava se recuperando de uma lesão em seu ombro, uma lesão balística, que acabou lhe dando dores crônicas por causa de capsulites, lesões tendineas e ligamentares, e óbvio, lesões musculares que levaram a atrofias. Graças a longas sessões de fisioterapia, claro, feitas em sua própria residência, e sem poder ter documentação alguma sobre o fato de ter atendido uma Vingadora, a lesão de Natasha se curou por completo, deixando apenas uma cicatriz, e total funcionalidade do ombro.
- Não, sem dores alguma. Ainda faço seus exercícios... - Natasha respondeu com um tom agradecido.
- Oh? Então, por que sua visita? Quer dizer, não que eu não goste de te ter aqui, é óbvio que eu te adoro e... Tem alguma coisa haver com o envelope não é? - perguntou apontando discretamente para papel dobrado na mesa, vendo Natasha sorrir por trás de sua taça de vinho.
- Preciso de sua ajuda. Bom, na verdade alguém precisa de sua ajuda. - ela respondeu pegando a taça de sua mão e lhe dando permissão para pegar o envelope. - Antes que abra, eu quero que entenda que caso não aceite esse caso, preciso que nunca comente isso com ninguém. Será como se eu nunca estivesse aqui. E caso você aceite, será bem diferente de quando você me ajudou. - Natasha explicou num tom sério.
- Diferente como?
- Você não irá atender aqui, e nem na clínica. Será levada ao complexo para realizar o atendimento, nenhum de seus equipamentos poderiam ir com você, nos iremos fornecer tudo o que precisar. - Natasha começou a explicar, e Sn só pensava que ela iria atender alguém importante. Muito importante. - E claro, terá que assinar termos de silêncio, nunca poderá comentar sobre absolutamente nada.
- Você está me assustando... Quem eu vou atender, Nat? - perguntou abaixando o envelope e olhando fixamente para a amiga.
- O Soldado Invernal.
- Oh... Você quer que... Oh. - Sn comentou sentindo seu coração disparar. Ela sabia quem o Soldado era, afinal, ele foi o responsável pela lesão no ombro de Natasha. Sabia quem ele já foi, e quem ele era agora. Sargento Bucky Barnes, já foi manipulado para se tornar o perfeito assassino, e agora, estava dentro do complexo dos Vingadores, tendo sua liberdade de volta em sua vida, ajudando a salvar as pessoas.
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IMAGINES ALEATÓRIOS PARTE III
FanfictionContinuação do primeiro, segundo e terceiro livro! Esse livro se trata de fanfics escritas por mim sobre diversos personagens. Tais histórias podem conter conteúdos adultos. Histórias com gatilhos mais pesados serão advertidas no começo no capítulo...