- Bom dia! - falou num tom alegre entrando no grande escritório. Suas mãos segurando dois potes de marmita, e mais uma vasilha que logo chamou a atenção de Spencer, eram biscoitos.
- Bom dia... O que é tudo isso? - Derek perguntou curioso e já se levantando de sua mesa para tentar roubar alguns biscoitos antes que Spencer fizesse o mesmo.
- Oh... Você sabe... Eu gosto de cozinhar. E ontem eu fiquei até às onze fazendo alguns pratos novos e trouxesse um para SPENCER NAO OUSE ROUBAR OS BISCOITOS! - gritou batendo contra a mão do amigo, que a olhou extremamente ofendido com sua atitude, que gerou certo entretenimento em Derek, Emilly e Pen. - Eles são para o Jack! - explicou pegando o recipiente e colocando do outro lado da mesa, e com isso, ela não viu os olhares trocados entre seus amigos.
- E deixa eu adivinhar, essa outra aqui é para o Hotch? - Emilly perguntou segurando a vasilha em suas mãos, antes de Sn pegar a comida e revirar os olhos.
- Por acaso, sim. - respondeu tentando fingir que não era óbvio que ela estava totalmente apaixonada pelo seu chefe.
- Cozinhou para o Hotch e para o Jack? Você vai pedir um aumento? Ou adiantamento das férias e quer ele de bom humor, não é? - Derek perguntou cada vez mais curioso.
- O que? Não! Não tenho segundos interesses aqui!
- Então por que? - Penélope questionou agora, tentando conter seu olhar de quem já sabia exatamente o que estava acontecendo ali.
- Por nada! Eu só... Eu cozinho quando estou estressada e por acaso eu trouxe uma marmita feita em casa para ele! Sabem o que ele comeu todos os dias?! Ele merece uma refeição caseira de vez em quando! - respondeu além do que deveria, sentindo ainda mais os olhares analisadores dos quatro agentes em sua frente.
- Na verdade, diversos artigos de psicologia dizem que o ato de cozinhar ajuda a aliviar o estresse e ansiedade, pois o ato de cozinhar ativa nosso sistema parassimpático, o que causa uma regulação no batimento cardiaco e ritmo respiratório. Além de ser uma boa forma de estimular a criatividade e novas habilidades. Sem considerar que cozinhar nosso próprio alimento ajuda a nos afastar dos ultraprocessados e
- Spencer, já estendemos, querido. - falou colocando uma mão na bochecha do amigo, acalmando a fala dele para que não listasse absolutamente tudo que já leu sobre cozinha.
- Posso comer um biscoito agora? - perguntou quase como um cachorro implorando por petisco.
- Não. - respondeu antes de pegar os biscoitos e a marmita do Hotch indo entregar a ele pessoalmente.Conforme ela subia a pequena escada para o mezanino onde a sala de Hotch ficava, seu coração acelerava. Não pelo micro exercício, mas sim, em como ele poderia reagir. Ninguém fica bravo em receber comida de graça. Não era como se ela esperasse que ele se ajoelhasse e a pedisse em casamento somente por uma comida caseira, mas ela não negaria caso isso acontecesse.
- Hotch? Tem um minuto? - perguntou batendo na porta e abrindo somente para ele ouvir sua voz.
- Sn, sim, pode entrar. - falou com um tom monótono como sempre, e mesmo assim, arrepios correram pelo corpo dela. Ele estava sentado em sua mesa como o comum. Seu terno escuro estava perfeitamente passado, e sua gravata sempre com um no perfeito. Aqueles cabelos tão escuros como a noite arrumados em seu penteado comum, a postura dele era seria, mas ainda sim, receptiva. Hotch olhou para Sn e ela sentiu todo seu corpo vibrar. Como olhos tão escuros como os dele poderiam ter tanta luz?
- Eu só... Sabia que cozinhar alivia o estresse? Aparentemente o ato regula seu batimento cardíaco e
- Está passando muito tempo com Reid, Sn... - ele comentou num tom humorado, deixando seus relatórios de lado e prestando atenção em Sn. Ele queria poder dizer que era totalmente ético em seu trabalho, e com certeza não pensava em seus subordinados de forma não ética, mas Sn fazia qualquer moral de Aaron voar pela janela. A forma elegante que ela sempre se portava, suas roupas valorizando perfeitamente seu corpo, enaltecendo suas curvas tão majestosamente que ele não podia não reparar. Seus cabelos eram sempre tão arrumados, e ele queria poder dizer que não fazia ideia qual shampoo e condicionador ela usava, mas aquele delicioso cheiro o fazia transcender. Ela sempre o tratava de forma tão gentil e meiga, sempre deixando pequenos e preciosos recados nos post-its que enviava junto aos seus relatórios, alguns até vinham com piadas que o fazia rir no escritório vazio. Trabalhar com alguém como ela era uma tortura e uma benção. Ele podia vê-la todos os dias, as vezes, vinte e quatro horas, mas nunca poderia toca-la e beija-la como queria. Uma tortura e uma benção.
- Certo... - Sn abaixou a cabeça tentando esconder seu rubor por ver o sorriso de Aaron em sua direção. - Eu só queria falar que ontem eu acabei cozinhando um pouco e... Eu te fiz uma marmita. Eu sei que você come aquelas comidas prontas todos os dias e... Eu só queria que você comesse algo caseiro para variar um pouco. Mas sem pressão! Se não quiser comer está tudo certo! E eu não quero que pense que eu estou querendo um aumento ou férias adiantadas! - falou rápido colocando a marmita na mesa dele, antes de tentar explicar o motivo, mesmo que Hotch não moveu um músculo para lhe questionar.
- Sn... Isso não é necessário, mas obrigado. - falou ainda tentando manter a postura de chefe, e não deixar que o rubor chegasse em suas bochechas.
- Oh! Eu também fiz alguns biscoitos e... Por acidente são os favoritos de Jack...
- Por acidente? - ele perguntou com um pequeno sorriso em sua boca, não conseguindo segurar o quanto aquele pequeno ato fez seu coração bater ainda mais forte, chamando por Sn como uma prece.
- Não tanto um acidente... A verdade é que eu quero garantir que eu seja a favorita dele... - brincou colocando os biscoitos junto com a marmita dele.
- Acredite, você já é... E não somente de Jack. - Aaron respondeu não segurando sua boca. Sn sorriu abaixando sua cabeça para evitar que ele veja o impacto do pequeno flerte na mulher. E como se Sn fosse salva pelo gongo, o telefone da mesa de Hotch tocou. - Desculpe, eu tenho que
- Sem problemas! A gente se fala depois! - Sn falou saindo da sala apressadamente, somente para dar de cara com todos ali a olhando como gaviões. - Vocês não tem que trabalhar não?! Eu ein! Vão arrumar alguma coisa! - gritou passando pelos seus colegas e se pondo em sua própria mesa, por fim, trabalhando como o usual.
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IMAGINES ALEATÓRIOS PARTE III
FanfictionContinuação do primeiro, segundo e terceiro livro! Esse livro se trata de fanfics escritas por mim sobre diversos personagens. Tais histórias podem conter conteúdos adultos. Histórias com gatilhos mais pesados serão advertidas no começo no capítulo...