Aaron Hotchner 4

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- Sn, você segue pela esquerda; Reid e JJ pela direita; Morgan pelo sul e eu e Prentiss vamos pelo norte. Temos que chegar até ele antes que mate de novo. - Hotch falou sério enquanto seguiam para a casa do unsub.

O caso da vez era um homem, de aproximadamente cinquenta anos, branco, extremamente violento e inteligente. Tinha sido diagnosticado com câncer terminal há poucos meses e ao invés de criar uma lista de coisas que ele queria fazer antes de falecer, criou uma lista de pessoas que iria torturar e matar antes de morrer.

O FBI foi chamado após o sétimo corpo aparecer em duas semanas, todos brutalmente assassinados e despejados com cartazes com os dizeres: este teve o que mereceu.

Por ele ser inteligente demais, fez de sua casa um próprio labirinto, onde deixava suas vítimas correrem desesperadas em busca de uma saída, somente para morrerem em seu centro.

- Cada um de vocês terá uma equipe de apoio. Não se separem, ele é perigoso e não vai se render. - falou uma última vez, antes de cada membro de seu time se separar ao redor da casa, com eles, certa de meia dúzia de oficiais armados.

Sn entrou pela porta da esquerda, seguindo pelo labirinto confuso. Ela queria se perguntar quando o unsub teve tempo de transformar sua casa naquilo, com as matanças e seu câncer, ele ainda sim tinha uma tremenda disposição para realizar aquela reforma.

- É um beco sem saída, vamos por ali. - ela falou seguindo pelos corredores do labirinto. Cada parede era exatamente igual a outra, impossível de se achar qualquer coisa. - Vamos nos separar, cobriremos mais território. - ordenou aos oficiais que se olharam como se questionasse sua autoridade.

Uma coisa que Sn aprendeu desde que entrou na academia do FBI, para ganhar o respeito de alguns, ela tinha que ser foda. Não somente boa, foda. Ela se esforçou mais do qualquer um, passou pela academia com méritos e ainda quebrou todos os recordes das simulações e treinamentos. E não parou somente ali, em cada trabalho, cada setor que ia, Sn dava tudo o de si, se tornando a melhor em absolutamente tudo. Assim, ninguém ousaria questionar sua posição. Entretanto, com isso, ela ganhou uma certa fama dentro do FBI, severa, rigorosa, austera, ríspida, rude, implacável, autoritária, intransigente, inexorável, e até mesmo sem coração. Eram adjetivos que a acompanhavam em cada campo do FBI, e na equipe do BAU não era diferente. Ela não se importava com aquilo, nem um pouco. Sentia orgulho de ser chamada de durona. Afinal, ela fez por merecer.

Entretanto, apesar de sentir orgulho, odiava que os outros pensassem que ela era sem coração. Bom, isso era a mentira, ela não odiava que outros pensassem que era sem coração. Odiava que Aaron pensasse que ela era sem coração.

Afinal, como ela não tinha coração se sentia seu peito pulsar há trezentos batimentos por minuto toda vez que via ele?

- Eu falei em grego por acaso?! Vão! - gritou ordenando os homens para se separarem. Sn não temia encontrar o unsub sozinha, apesar de saber muito bem o que ele era capaz.

Seguindo por um corredor à esquerda, e sua equipe dividida entre outros, Sn se aprofundou mais no labirinto. E poucas curvas e corredores, ela achou.

- Charlie Roffer. - chamou o homem que estava ao lado de uma mesa de aço inox, segurando uma serra praticamente cega contra o pé da vítima, que tentava gritar, mas a mordaça de couro tapava sua boca. - Nem pense nisso. Solta a serra. Agora! - gritou com a mira sobre o peito dele. Ela via como Charlie estava bravo, mais do que isso. Sua presença ali era o que faltou para aquele parafuso na mente dele caísse de vez, libertando um lunático raivoso. - Estou com o suspeito em mira. - falou pelo comunicador em sua orelha.
- Vocês não vão me levar. Ninguém vai chegar aqui... Ao menos não a tempo. - ele falou se movendo rápido com a cerra, cortando a coxa do homem na mesa. Pelo sangue jorrando da perna dele, Sn sabia que ele tinha acertado a artéria do homem, que iria sangrar até morrer. Infelizmente, antes que Sn pudesse reagir, o grande homem se virou para ela, com a mesma serra, correndo em sua direção.

IMAGINES ALEATÓRIOS PARTE IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora