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Esse imagine é um pedido! Espero que goste!

Tudo começou quando agentes do governo lhe interceptaram ainda em seu trabalho no grande hospital. Seu pobre paciente ficou tão assustado que quase teve uma parada cardíaca, aqueles homens grandes de terno preto, armas em suas cinturas, carregando seus distintivos para que todos ali vissem quem eles eram, antes de mandar todos, inclusive o pobre homem na maca saírem do quarto, ficando apenas ela junto a eles. Sn pensou se tinha cometido algum crime, algo tão grave que os agentes dos rankings mais altos nas agências de segurança estavam ali. Mas ela não havia cometido crime algum, de fato, ela estava apenas recebendo sua convocação obrigatória para viajar pela galáxia, anos e anos luz de seu plante para explorar um novo mundo. Ela foi convocada para partir para Pandora.

Ela questionou aos homens qual seria a utilidade dela lá, afinal, todos sabiam que somente iriam aqueles que eram necessários, homens do exército, cientistas etc. O que uma enfermeira como ela iria fazer nu mundo alienígena? Porém, sua resposta foi curta e grossa:

Não questione as escolhas.

Aquilo somente levantou mais suspeitas. Ela sabia das guerras que estavam acontecendo no planeta estranho, não sabia muito, obvio, mas sabia o suficiente para ter certeza de que não queria participar daquela exploração. A história se repetia mais uma vez, afinal.

Não era como se ela tivesse escolha, como eles mesmos falaram.

Sua despedida não foi muito dolorosa, não havia muitos para dizer adeus, seus pais haviam falecido há tempos, não tinha irmãs ou muitos amigos.

Durante sua viagem houve problemas. Sua câmera de hibernação não estava certa, e seu corpo sofreu as consequências disso. Seus tímpanos não suportaram a grande pressão do equipamento quebrado, suas cordas vocais estouraram, seus colegas de hibernação verificaram as câmeras de segurança que tinham na nave, podendo ver seu corpo no estado de hibernação gritando por horas e horas. Sn não se lembra da dor, ao menos isso.

Ela entrou num estado de choque. Os médicos na nave tentavam a explicar o que tinha acontecido, mas ela não ouvia uma única palavra do que eles diziam. Sua boca tentava gritar por ajuda, mas nenhum som saía. Surda e muda, ela tinha certeza de que iriam matá-la, afinal qual a função de ter alguém como ela naquele planeta? Todos ali eram preciosos, por que manter ela ali?

Não foi isso que aconteceu. Ela não sabe se ficava aliviada ou triste por saber que teria que viver ainda.

Sn estava assustada, não fazia ideia o que acontecia em sua volta. Sem ouvir, sem falar ela não podia sequer pedir ajuda quando se perdia na base. Ela via como os comandantes tentavam a colocar para trabalhar em qualquer lugar, mas nenhum se preocupava realmente em como ela iria fazer esses trabalhos. Eles somente queriam que ela fosse útil. Mas como alguém como ela teria uma utilidade ali? Ela não ouvia o que lhe diziam, não podia falar, nem gritar. Ela era como um peso morto. Isso até cair nas mãos de Grace, literalmente.

Grace lhe achou perdida em meio aos corredores, chorando enquanto tentava achar seu caminho. A mulher foi quem conseguiu lhe acalmar, tentando entender de onde ela havia vindo e porque estava em tanto desespero. Com um papel e caneta, sn explicou tudo. Contou como não ouvia mais, como não podia falar, como só queria ir para casa.

Depois daquele dia, Grace lhe acolheu no laboratório. E pouco a pouco ela lhe ensinou tudo sobre aquele lugar, e até mesmo, uma forma de se comunicar. Suas mãos agora eram quem se responsabilizavam por suas palavras, ela não precisava que outros fizessem o mesmo, conseguia ler seus lábios, mas seus colegas pareciam entusiasmados em conhecer outra linguagem, aprendendo junto a ela.

Grace não ensinou somente sobre a base, ou linguagens de sinais para ela. Grace lhe ensinou sobre Pandora, sobre como aquele mundo era uma mente única, tudo se conectava, tudo eram todos. A grande Ewya era a mãe daquele mundo, uma divindade única, responsável pelo equilíbrio, a vida e a morte. Ela foi ensinada sobre os Na'vi, suas culturas e história, pôde até mesmo viver entre eles, ficando ao lado de Grace. Ela ensinava crianças Na'vi "sua língua", brincava com eles, e até mesmo, se tornou amiga de alguns.

IMAGINES ALEATÓRIOS PARTE IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora