Capítulo 02

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|Narração Ana Beatriz|

— Apura Ana Beatriz, ou eu vou derrubar essa porta. — bateu com força e eu comecei a arrumar todas as minhas coisas pronta pra sair.

— Pronto sua chata, não podia esperar mais um pouco? — revirei os olhos passando pela mesma, as vezes nem parece que ela tem 15 anos, pois as atitudes são de uma criança.

De longe se via que ela era mimada por ser a caçula da família, eu era aquela filha que tanto faz, minha mãe não perguntava como estava o meu dia, e quando eu estava em casa era obrigada a fazer toda a faxina sozinha.

— O que tem pro café? — perguntei surgindo na cozinha e minha mãe estava distraída no seu celular que mal me respondeu.

— Sua irmã não toma café, eu tomo no trabalho e você sempre acorda atrasada, então eu não fiz nada. — deu de ombros rindo para o celular.

— Não tem mais iogurte? — perguntei abrindo a geladeira e dando de cara com ovos, água, margarina e leite.

— Sua irmã comeu o último. — fez uma careta pegando sua bolsa. — Faz um chá ou um Nescafé pra você, eu já estou indo, tenho que deixar sua irmã na escola. — murmurou.

— Eu vou com vocês... — falei correndo até o meu quarto, a loja onde eu trabalhava era um pouco longe da minha casa, então sempre que dava eu pegava uma carona com a minha mãe.

Minha mãe era empregada doméstica em uma casa de família bem rica, quando eu era pequena eu sempre ia trabalhar junto com ela, e desejava ter um apartamento gigantesco e luxuoso como aquela, mas não foi bem assim.

Com vinte e um anos eu ainda moro com a minha mãe, não tenho carro, não sei dirigir, estou cursando uma faculdade que não foi a minha primeira opção, tenho um emprego péssimo e uma coleção de ex amores fracassados, eu sou muito azarada em todos os sentidos da vida, mas não desanimo.

Fui uma a primeira a chegar no trabalho, eu era vendedora em uma loja de roupa, calçado e confecções, mas convenhamos, ganhar por comissão não é bom, eu dava graças quando pegava um cliente que gastava muito, no início do mês eu dava pulos de alegria.

— Bom dia Ana Beatriz! — meu gerente disse enquanto eu me preparava para começar a trabalhar.

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