Capítulo 120

158 4 0
                                    

|Narração Ana Beatriz|

Almocei junto com o Luan, e depois transamos para variar, mas dessa vez ele me cansou pra valer. O sexo estava diferente, era um Luan que eu jamais tinha visto antes.

Passei a tarde toda na casa dele fazendo nada e sendo seguida pela sua empregada que estava com medo de que eu roubasse algo.

Por fim à tarde chegou e eu finalmente fui para casa, meu pensamento estava na proposta do Luan sobre o emprego, não era uma má ideia, não nego, mas eu não sei se seria bom ficar no mesmo ambiente que ele todos os dias.

Assim que entrei dentro da minha casa, dei de caras com a minha mãe de braços cruzados parada perto do balcão da cozinha.

— Oi mãe. — sorri animada, eu tinha que parecer feliz pelo novo emprego, mesmo que fosse mentira.

— Onde você estava Ana Beatriz? — indagou séria, arqueei uma sobrancelha estranhando o seu jeito e sua pergunta.

— Trabalhando mãe. — falei óbvia.

— Não mente pra mim. — suspirou impaciente.

Larguei a minha bolsa no balcão e logo tive a visão da minha irmã com as minhas roupas novas em cima do sofá, ela olhava tudo com os olhos brilhando de adoração.

— Ei... Quem mandou você mexer nas minhas coisas? — caminhei apressadamente até a sala.

— Eu mandei ela mexer, e eu quero uma explicação da onde você tirou dinheiro para comprar tanta roupa cara assim, a tua rescisão não daria pra comprar uma calcinha de grife Ana Beatriz!!! — minha mãe praguejou furiosa.

— Eu ganhei... — suspirei fechando os olhos.

— De quem? — perguntou firme.

— Do meu namorado. — engoli em seco ao dizer isso, sei que não era uma boa hora pra falar do Luan, mas foi necessário.

— Esse namorado que você diz é aquele homem que sempre vem te buscar de noite? — franziu a testa e eu entreabri a boca sem saber o que dizer.

Como ela sabia disso?

— É, eu sei... Você esqueceu que a vizinha é minha amiga? — riu com sarcasmo.

— Ela é uma fofoqueira isso sim. — revirei os olhos pegando as minhas roupas das mãos da minha irmã.

— Eu sei quem é o cara, e sei também que ele tem idade pra ser teu pai Ana Beatriz... — fez uma pausa. — Você está se prostituindo pra ele? — perguntou e eu a olhei de imediato.

Ela tinha razão, eu estava me prostituindo, querendo ou não isso era uma prostituição.

Eu tinha relações sexuais com ele e em troca ele me dava uma vida luxuosa e presentes.

Mas seria muita decepção para a minha mãe saber que eu me submeti a isso, eu realmente fui fraca em relação a minha ganância, esse mundo era mais fácil do que ir atrás de um emprego decente, confesso, fui burra.

Não posso negar que estou gostando dessa relação com o Luan, mas tenho que estar ciente que são apenas por seis meses, depois minha vida voltará ao normal e eu terei que ir atrás de um emprego deixando esse passado pra trás.

— Assim você me ofende mãe! — engoli em seco com os olhos marejados.

— É mesmo? Então me responde, porque ele te deu todos esses presentes caros? — cruzou os braços.

— Porque ele é assim mãe, ele gosta de me presentear com muitas coisas, eu tentei negar, mas ele insistiu, então eu aceitei... — soltei as mãos ao lado do corpo.

— Eu não consigo acreditar nisso... O que você tem na cabeça para se envolver com um homem que tem o dobro da tua idade? — perguntou indignada.

— Eu estou curiosa para saber onde você conheceu ele irmãzinha, um homem rico e poderoso como ele não é fácil de se encontrar assim. — minha irmã disse com muito cinismo e eu fuzilei a mesma com os olhos.

— O conheci através da Fernanda, o namorado dela e ele são amigos... Simples assim. — era até engraçado dizer que o Luan era amigo do seu maior rival.

— Porque será que eu não consigo acreditar nisso? — minha irmã se levantou e caminhou em minha direção.

— Ana Luiza, para de se intrometer, eu estou falando com sua irmã... Senta e fica quieta! — minha mãe ordenou e eu fiquei surpresa, era a primeira vez que eu via ela falando nesse tom de voz com a minha irmã.

— Mãe! — minha irmã choramingou indignada.

— Senta! — apontou para o sofá e ela bufou sentando enquanto me encarava.

— O que mais quer saber? — olhei para a minha mãe.

— Você acha mesmo que eu vou permitir um namoro com esse cara? Ele não é uma boa pessoa Ana Beatriz. — suspirou.

— Pesquisou a vida dele também? Meu deus... — comecei a rir nervosa.

— É, talvez eu tenha pesquisado sim, e eu sei que ele não é uma boa pessoa para você, descobri coisas cabulosas sobre ele minha filha... Só quero o teu bem. — torceu os lábios cautelosa.

— Eu tenho vinte e um anos, sei me cuidar muito bem. — falei firme e lhe dei as costas pronta para ir em direção ao meu quarto.

— Ana Beatriz, eu não quero brigar com você por causa disso... Então para manter uma harmonia entre nós o melhor é você parar de se envolver com esse homem, tá legal? — isso fez com que eu me virasse em sua direção e começasse a rir.

— Não mãe, não está legal... Eu não vou me afastar dele porque você supostamente acha que ele não é uma boa pessoa para mim. Eu estou apaixonada, e estou muito feliz com ele, então não é você que vai me fazer mudar de opinião. — dei de ombros com desdém.

— Ótimo... Então na minha casa você não fica mais! — paralisei ao ouvir isso, ela estava me expulsando de casa?

— Como é? — me virei indo em direção a ela.

— Isso mesmo, se você não quer me obedecer segue teu rumo, porque aqui você não fica mais.

— Você está me expulsando de casa só porque eu não quero fazer o que você quer? A vida inteira eu te obedeci. Eu trabalhei por três anos naquele inferno de loja, e todo o mês eu te entregava metade do meu salário para as despesas da casa, eu não tinha vida, eu vivia em função de trabalhar, estudar e te ajudar a sustentar a casa, enquanto você enchia a minha irmã de mimos. — minha voz embargou, eu iria explodir já que tudo estava indo por água abaixo mesmo.

— Começou com essa história? Ciúmes agora não. — retrucou.

— Não é ciúmes, mas admite pelo menos que você sempre preferiu a minha irmã do que eu... — uma lágrima escorreu ao dizer isso.

— É... Porque você é uma chata! — minha irmã disse com deboche.

— Ana Luiza, para de se intrometer. — minha mãe praguejou olhando para a minha irmã. — Vai para o seu quarto e me deixa sozinha com sua irmã. — respirou fundo.

— Ta bom mamãe. — disse pausadamente cerrando seus olhos em minha direção.

Eu nunca vi a minha mãe assim, ela realmente estava furiosa e eu nem queria saber o motivo disso, com certeza eu consegui deixá-la furiosa.

Sugar BabyOnde histórias criam vida. Descubra agora