Capítulo 129

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|Narração Luan|

Meu dia foi muito corrido, mal tive tempo de respirar direito, e para piorar ainda tive que lidar com a Ana Beatriz surgindo de surpresa na empresa, eu estava farto dela sendo grudenta.

Estava na hora de colocar as cartas na mesa e explicar como as coisas irão funcionar por aqui, peguei o contrato e depois do jantar eu conversaria com ela.

Como ela foi expulsa de casa, as coisas serão mais fáceis, ela se muda para a minha casa e depois dos seis meses que se vire atrás de um lugar para morar.

Eu sei que ela estava mal com tudo que aconteceu em questão a sua mãe, mas eu não podia mais adiar essa conversa, ela estava misturando as coisas.

Depois do jantar pedi que ela viesse até o meu escritório que eu tinha em casa, eu estava bem relaxado hoje, após tomar uma dose dupla de uísque eu criei coragem para abrir o jogo com a minha Sugar Baby.

— Me chamou? — abriu a porta do escritório meio apreensiva.

— Sim, entra. — pedi de imediato, dando um trago no meu charuto.

Quando eu estava em casa, eu gostava de ficar o mais confortável possível, por isso eu estava vestindo apenas uma calça de moletom cinza, sem camisa e chinelo de dedo nos pés, esse é o meu estilo preferido de ficar em casa.

São raras as vezes que estou assim bem à vontade, sempre estou cheio de compromisso e recebendo clientes na minha casa, então não posso estar de qualquer jeito.

— Se for por conta de eu ter aparecido hoje na sua empresa, me desculpa... Isso não vai mais acontecer. — abaixou o olhar.

— Senta aqui. — apontei para a cadeira em frente à minha mesa.

Ana Beatriz deu passos curtos e apreensivos em direção a cadeira, mas por fim ela se sentou enquanto o seu olhar tentava decifrar o motivo dela estar ali.

— Você sabe ler não é? — indaguei divertido.

— Claro que sei. — respondeu sem entender.

— Então quero que leia esse contrato que está em sua frente. — apontei para o papel e ela olhou de imediato.

— É um contrato do quÊ? — perguntou sem ao menos ler uma palavra se quer.

— Leia, só me faça perguntas depois de ler ele todo. — fui rude.

— Vai demorar... Tem muita coisa aqui. — folhou o mesmo soltando um longo suspiro no fim. 

— Eu tenho todo o tempo do mundo, e você também. — dei de ombros.

— Não... Eu tenho aula, já faz alguns dias que não vou. — torceu os lábios me olhando.

— Você vai trancar a faculdade! — afirmei.

— O que? Não... A minha vida já está uma merda, eu tenho que pelo menos ter uma profissão, não acha? — disse frustada.

— Não no momento, você vai se tornar a minha garota, eu quero você exclusivamente para mim. — me agachei ficando bem próximo do seu rosto.

— Não tínhamos combinado isso! — se levantou alterada.

— Senta Ana Beatriz, e leia esse contrato agora! — falei firme com a voz um pouco mais alta, eu tinha que ter autoridade, Ana Beatriz estava levando esse lance na brincadeira, mas as coisas não serão divertidas daqui para frente.

— Porque você está falando desse jeito comigo? — perguntou com a voz embargada.

— Porque você é chata e teimosa, o que custa sentar e ler a porra desse contrato? Eu estou mandando, não é tão difícil de entender. — soltei um riso frouxo no final da frase.

— Não te reconheço mais... Isso tudo é porque eu fiquei com o Caio? — indagou, e seus olhos marejaram.

A pior parte de se envolver com a Ana Beatriz foi isso, ela é teimosa e parece ser surda, pois não ouve nada do que eu digo, as vezes eu tenho que ser um pouco rude para que ela entenda.

— Que caralho Ana Beatriz, senta logo e lê esse contrato, você não vai sair daqui sem ler ele agora. — gritei impaciente deixando a garota com um olhar assustado.

Eu nunca a vi assim, talvez agora ela comece a entender como as coisas funcionam por aqui.

Não precisei esperar muito para que ela se sentasse e começasse a ler o contrato concentrada, pelo menos dessa vez gritar resolveu, na próxima não sei o que sou capaz de fazer para que ela me obedeça.

Ela passava seus olhos pelo contrato sem ao menos desviar o olhar por um segundo se quer.

— Luan... Esse contrato só pode ser piada! — me olhou indignada.

— Piada? Porque acha isso? — cruzei os braços a encarando.

Ali estavam todas as cláusulas que eu colocava no contrato das outras Sugars Babys, e mais algumas especiais para a Ana Beatriz, com ela as coisas seriam mais diferentes.


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