Capítulo 138

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|Narração Luan|

Depois de um dia exaustivo e cheio de reuniões, eu só queria ir para a minha casa relaxar. Olhei pela enorme janela do meu escritório e sol estava se pondo, como era linda a visão daqui de cima.

Peguei as minhas coisa, me despedi do meus funcionários e segui rumo até a minha casa.

Assim que entrei Ana Beatriz estava na sala sentada no sofá, ela parecia aflita e de longe podia ver que algo estava errado.

— Boa noite. — sorriu de canto vindo em minha direção.

— Boa noite baby, está tudo bem? — franzi as sobrancelhas.

— Está sim, e com você? — tirou o meu paletó e me puxou para sentar no sofá, eu nunca fui recebido assim por ela, algo estava errado.

— Estou legal, deu tudo certo nas reuniões, obrigado por arrumar os documentos. — murmurei afrouxando a gravata.

— Que nada... — fez uma pausa colocando uma mecha de cabelo atrás da sua orelha. — Falando nisso, eu preciso conversar com você.

— Conversar sobre o que? — apoiei minhas costas no sofá e ela soltou um longo suspiro.

— Você havia me dito que o Smith viria buscar os documentos, mas não foi ele... Foi o Caio! — abaixou o olhar e eu fiquei mais confuso ainda.

— Porque o Caio veio? O Smith disse que cuidaria disso para mim. — falei sério e ela me olhou de relance.

— Eu não sei... Mas não esperava vê-lo aqui. — relaxou suas mãos em cima das coxas.

— E onde você quer chegar com esse assunto Ana Beatriz? — respirei fundo sabendo que coisa boa não viria.

— Eu e ela conversamos, acabou rolando um clima e nos beijamos. Na verdade ele me beijou, mas eu correspondi, e quando dei por mim a Valeria estava entrando e viu o nosso beijo. — sua voz falhou.

Levantei rapidamente do sofá, passei uma das mãos pela barba e suspirei frustrado, eu não sei porque, mas toda vez que eu imaginava outro homem tocando na Ana Beatriz, meu sangue fervia e eu tinha vontade de socar a cara dele.

— Que merda Ana Beatriz! — praguejei tombando a minha cabeça para trás, fitei o teto controlando a minha raiva, eu não poderia me exaltar com ela toda vez que ela fazia merda.

— Desculpe Luan... — suspirou abaixando o seu olhar.

— Eu te dou de tudo, você vive como uma rainha aqui na minha casa, e ainda faz uma coisa dessas? Minha nossa, eu estou com tanta raiva. — comecei a andar de um lado para outro.

Eu precisava descontar a minha raiva em algo, mas em quê? Eu nunca fui um homem ruim a ponto de bater em uma mulher, mas parece que a Ana Beatriz me obriga a fazer isso.

— Eu faço o que você quiser para me desculpar, eu juro que não era a minha intenção beijá-lo, eu até pedi que ele ficasse recuado. — torceu os lábios com a voz embargada.

— Se a Valeria não tivesse te pegado no flagra, você teria me contado? — indaguei abrindo os botões da minha camisa.

— Não... — respondeu num sussurro.

— Sai da minha frente! — apontei para as escadas dando um grito.

— Luan... Eu... — hesitou em falar, mas eu a interrompi antes que ela pensasse em dizer algo a mais.

— Se suma daqui Ana Beatriz, antes que eu acabe com você! — minha voz se alterou e ela me olhou com os olhos arregalados.

Seu corpo se levantou e ela saiu correndo em direção às escadas, supostamente indo para o seu quarto, respirei fundo inúmeras vezes enquanto me sentei no sofá com as mãos na cabeça, eu estava muito furioso.

— Barcelos, já posso servir o jantar? — Valeria perguntou surgindo na sala.

— Pode, mas coloca só um lugar na mesa. — falei firme pegando o meu paletó, pronto para subir.

— Não faça nada com ela, eu que insisti para que ela contasse, não acho justo isso. — disse ela, e eu pude perceber que havia afeto no seu tom de voz, pelo que parece elas estão se dando bem.

— Fez certo Val, mas deixa que com a Ana Beatriz eu me entendo depois... Vou tomar um banho. — murmurei caminhando até a escada.

Ela assentiu voltando para a cozinha e eu subi para o meu quarto, quando passei pelo quarto de Ana Beatriz pude ouvir seu choro e seus suspiros, eu sei que ela não está feliz aqui, é nítido.

Eu queria ser diferente, mas esse é o meu jeito, eu não consigo mudar, eu não sei lidar com esse sentimento que está crescendo dentro de mim, prefiro guardá-lo a sete chaves do que ter que demonstrar, é mais fácil assim

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