Capítulo 122

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|Narração Luan|

Batuquei meus dedos sobre a mesa enquanto meus olhos estavam atentos na tela do computador, eu só estava esperando o momento exato para ir para casa, hoje o dia foi tenso.

Bocejei me espreguiçando, eu precisava de um bom banho e descansar, estou até pensando em desmarcar a foda com a Ana Beatriz, eu estou muito exausto, sem vontade alguma para trepar, e isso é quase raro, eu tenho que estar muito cansado mesmo para que isso acontecesse.

Meu celular vibrou me tirando dos meus devaneios, olhei na tela o nome da Ana Beatriz e revirei os olhos, eu estava sem paciência para sua ligação, então deixei chamar até cair.

Ela voltou a ligar de novo, e de novo, se eu não atendesse ela não me deixaria em paz, então praticamente fui obrigado a atender.

— Oi Ana Beatriz... — murmurei passando as mãos sobre os olhos.

— Luan... Por favor vem me buscar! — ela chorava de suspirar, e confesso ter me assustado com isso.

— O que aconteceu? Onde você está? — perguntei sem entender nada.

— Eu estou em casa, vem me buscar por favor, eu preciso sair daqui... — suspirou pela milésima vez.

Respirei fundo pensando no que deveria ter acontecido com ela, mas por telefone realmente não é o melhor lugar para falar sobre isso.

— Eu passo daqui uns minutos! — afirmei.

— Ta bem, obrigada. — cafungou finalizando a ligação.

Levantei, afrouxei a gravata, e comecei a pegar as minhas coisas para ir embora, seja lá o que tivesse acontecido com essa garota deve ser urgente por ela estar naquele desespero.

— Já está indo Barcelos? — Smith perguntou entrando na minha sala.

— Já... Chega de trabalhar por hoje. — fiz uma careta pegando o meu paletó.

— Tá legal, nos vemos em casa. — sorriu de canto.

— Até... — passei por ele saindo da sala.

Hoje foi um dos meus piores dias, tudo que poderia dar errado deu, o que salvou meu dia foi aquela foda rapidinha depois do almoço, se não fosse por isso eu não tinha aguentado uma tarde a mais nesse escritório.

Eu precisava de férias, ando muito exausto e sobrecarregado com os problemas da empresa, se eu não relaxar um pouco vou acabar enlouquecendo e isso não é bom.

Dirigi até a casa da Ana Beatriz, e ela estava com uma mala ao lado do seu corpo enquanto me esperava em frente à sua casa, isso deixou um belo ponto de interrogação no meio da minha cara, onde ela acha que vai?

Estacionei o carro em frente à sua casa, desci e ela me abraçou sem delongas, fiquei imóvel sem entender nada, ela chorava, chorava e chorava, sabe-se lá o motivo.

— Vai com calma Bia, o que aconteceu? — perguntei afastando seu corpo do meu.

— Minha mãe... Ela não é a minha mãe. — disse com dificuldade por conta do seu choro.

— O que? Como assim? — franzi as sobrancelhas sem entender absolutamente nada.

— Me leva para a sua casa, lá eu te explico tudo. — suspirou fechando os olhos, ela estava muito desesperada, e isso foi em deixando com agonia.

— Ok, vamos. — peguei a sua mala e coloquei no carro.

Dei partida até a minha casa e o silêncio era agonizante, só se ouvia o seu choro, e isso estava me deixando irritado.

Liguei o som do carro baixinho e isso fez com que a minha fúria passasse, eu não queria ser grosso com Ana Beatriz, era nítido que ela não estava bem.

(...)

Assim que entramos em casa, Valeria surgiu na sala secando as mãos sobre um pano que estava em seu ombro, pelo aroma gostoso que estava pela casa, o jantar já deveria estar pronto.

— Boa noite senhor Barcelos, não saberia que teríamos visita para o jantar. — arqueou uma sobrancelha encarando a Ana Beatriz que estava ao meu lado.

— A Bia vai passar a noite aqui Val. — expliquei e ela suspirou assentindo.

— Ok senhor... Quer ajuda com a mala? — perguntou se aproximando de nós dois.

— Quero... Leva até o quarto de hóspedes e mostra ele para a Bia, eu vou tomar um banho. — olhei em direção a Ana Beatriz que me olhava sem entender.

Dei um beijo em sua testa e subi para o meu quarto, eu precisava tirar essa roupa e tomar um belo banho, o cansaço me consumia por inteiro, isso iria me relaxar.

Liguei para a minha massagista e pedi que ela viesse me fazer uma massagem, por sorte ela sempre estava a minha disposição quando eu precisava, eu era um cliente "exclusivo".

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