Capítulo 182

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|Narração Ana Beatriz|

A mesa estava farta, ao redor estava a minha família, minha adorável família, eu estava muito feliz por tudo que construí aqui.

Depois do jantar fomos até a sala para que as crianças pudesse abrir os presentes, Cecília estava uma pilha por conta disso, não parava quieta um segundo.

Franciele estava com o marido e seu filho que era um ano mais novo que Cecilia, Gabriele estava morando em Paris, por isso não pode estar presente, e eu agradeci por isso, ainda não nos dávamos bem, era melhor assim.

Senti meu celular vibrar no bolso da minha calça e vi o nome "Nanda" estampado na tela.

— Amor, a Nanda está me ligando, vou atendê-la. — sussurrei baixinho para Caio que estava terminando de colocar as louças na lavadora.

— Ta bom vida, diz que mandei um oi. — sorriu animado.

— Eu mando sim. — caminhei até o jardim da minha casa e atendi ela. — Oi amiga, feliz natal! — falei empolgada.

— Oi Bia, feliz natal!!! — disse animada e logo em seguida pude ver seu noivo ao lado, ela também encontrou o amor da sua vida, isso me deixa muito feliz, seguimos nossas vidas e paramos com aquela história de ser sugar baby.

— Como vocês estão? — perguntei enquanto caminhava pelo jardim.

— Estamos muito felizes... — olhou para o noivo disfarçada e eu sabia que algo estava acontecendo.

— Descobrimos que vamos ter um bebê hoje, isso não é incrível? Meu melhor presente de natal! — Natan disse e eu entreabri a boca sem acreditar.

— Isso é maravilhoso amiga, eu to muito feliz por vocês, um filho vai abençoar ainda mais a vida e o relacionamento de vocês dois. — murmurei com os olhos marejados, eu queria tanto estar ao lado dela nesse momento.

— Quando eu descobri, só consegui pensar em você e em te contar... Eu sabia que você ficaria feliz, por isso quero que você seja a madrinha! — olhei de imediato para a câmera do celular.

— É sério??? — perguntei sorrindo, as lágrimas de felicidade desciam sobre o meu rosto.

— Claro que sim, assim você terá um motivo para vim ao Brasil. — arrebitou o nariz e eu ri.

— Eu vou amiga, claro que vou... Só preciso conversar com o Caio. — me sentei na balança do jardim e ali fiquei.

— Falando nele, como estão as coisas aí? E a pequena? — perguntou.

— Estão perfeitas, as vezes nem parece real toda essa felicidade sabe? Eu tenho medo que algo aconteça, não sei dizer... — minha voz embargou.

— Essa é a sua vida, a vida que você merece amiga, não fique pensando que algo ruim vai acontecer porque não vai. Você merece ser feliz, você merece toda essa felicidade e essa família incrível que você construiu! — sorri em meio as lágrimas ao ouvir isso.

Conversamos mais um pouco, até que o Caio me chamou para revelarmos o amigo secreto, me despedi de Fernanda e caminhei até a sala onde todos já estavam prontos, fiquei surpresa ao saber que a Cecilia tinha me tirado no amigo secreto, pelo jeito foi o Caio que ajudou ela com o presente.

Perdi a noção de quanto tempo ficamos ali jogando conversa fora, mesmo assim eu conseguia sentir o Caio distante de mim, ele mal me olhava e nem se quer dirigia a palavra diretamente a mim, ele estava chateado e com razão, faz muito tempo que eu adio essa questão de termos mais um filho.

— Então amanhã o almoço de Natal é lá em casa, beleza? — meu pai disse parado na porta antes de sair, já estávamos nos despedindo daquela aconchegante ceia de Natal.

— Está bem pai, estaremos lá. — sorri lhe dando um beijo no rosto.

Caio levou Cecilia para o banho, e logo depois a colocaria para dormir, enquanto eu terminava de arrumar a cozinha, sempre alternamos as tarefas da casa, isso que eu acho incrível nele, desde o começo sempre me ajudou em tudo, não tenho do que reclamar.

Algum tempo depois eu terminei de arrumar tudo, já que iriamos almoçar no meu pai amanhã, eu queria deixar tudo em ordem por aqui, não gosto de ver a minha casa bagunçada e desorganizada.

Caminhei até o quarto e Caio estava deitado na cama de banho tomado também. Peguei meu pijama e caminhei até o banheiro para tomar um banho de corpo, eu sentia meu corpo relaxar a cada gota de água que escorria por ele, como era bom deitar a cabeça no travesseiro e saber que amanhã eu vou acordar e tudo estará bem.

— Amor... — falei saindo do banheiro de banho tomado e relaxada.

— Hum? — resmungou com os olhos fixos na televisão.

— O que houve? — gatinhei pela cama em sua direção, apoiei os cotovelos na cama ficando de barriga para baixo enquanto o olhava.

— Nada, por quê? — arqueou uma sobrancelha.

— Caio, eu sei que aconteceu algo, você está distante de mim.

— Só estou cansado Bia... Nada demais. — deu de ombros, ele nem se quer olhava para mim enquanto conversávamos.

— Você nem está me olhando enquanto conversamos, eu já te conheço o suficiente para saber que você está chateado com algo. — murmurei.

— Só estou cansado, é serio. — me puxou fazendo com que eu deitasse em seu peitoral.

— Tá bom. — suspirei me convencendo de que era apenas isso mesmo.

— Como está a Nanda? — indagou enquanto seus dedos faziam movimentos circulares em meu cabelo.

— Muito feliz, eles vão ter um bebê e querem que eu seja madrinha, ou seja... Vamos tem que ir para o Brasil. — falei animada.

— Hum... Até eles terão um bebê. — sussurrou baixinho, mas eu pude ouvir perfeitamente.

— Eu sabia que você estava chateado com algo, e era por causa disso... — me afastei dele.

— Ok Bia... Eu estou chateado com isso, não consigo entender o motivo de não termos outro filho, temos uma vida financeira estável, podemos dar conta de outro filho. — suspirou indignado com a situação.

— Eu tenho medo Caio... Medo de ter aquelas crises de pânico novamente, medo de perder. Você sabe como foi difícil a gravidez da Cecilia pra mim. — minha voz embargou.

— Vida... — segurou meu rosto entre as suas mãos. — Eu amo você, jamais vou sair do teu lado se você estiver grávida, quero segurar sua mão todas as noites antes de dormir, e quando você tiver algum pesadelo ou crise de pânico, eu estarei aqui para te amparar, você só não pode viver com esse medo pra sempre sendo que eu estarei aqui. — sorriu e seus olhos marejaram.

— Caio... Você é maravilhoso, nem sei como agradecer a Deus por ter me dado um marido tão incrível assim. — suspirei lhe dando um beijo.

— Eu sempre estarei aqui por você minha linda. — disse ele após finalizarmos o beijo.

— Podemos começar a tentar ter o nosso outro filho... — falei num tom safado e ele me olhou surpreso.

— É serio? — perguntou com a voz embargada.

— Sim amor, você me deixou segura... Eu estou disposta a ter mais um filho. — dei inicio a um beijo quente dessa vez, aquela insegurança foi embora, eu estava segura que queria mais um filho com o Caio, ele tem sido maravilhoso nesses últimos anos. 

Sugar BabyOnde histórias criam vida. Descubra agora