Capítulo 141

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|Narração Luan|

Sempre fui um homem independente, que nunca pensou em casar, e nem de apaixonar um dia, mas pra tudo tem uma primeira vez não é?

Não sou romântico, não sei lidar com sentimentos e prefiro ser frio ao invés de demonstrar algum tipo de sentimento.

Mas nos últimos meses venho pensando muito a respeito disso, não me orgulho de ter dado a bofetada em Ana Beatriz, eu estava com raiva e perdi o controle, me arrependi muito.

Depois daquele dia conversei com Caio, e ele veio com o mesmo papo de sempre, depois que os seis meses passasse ele iria ir atrás de Ana Beatriz, pois ela estaria livre, mas eu não posso permitir isso, então já o demiti, assim ele não fica tão próximo dela como antes.

No fundo eu sei que ela ficaria com o Caio, ela sentiu algo quando ficou com ele em Gramado, se não tivéssemos um contrato ela teria me trocado por ele, isso não há dúvidas.

Tenho que garantir o que é meu, então um casamento seria a melhor opção agora, porém, eu precisava de conselhos do meu advogado e melhor amigo, ele mais do que ninguém vai conseguir me ajudar.

— Casamento? Jamais pensei te ouvir falando disso um dia. — Smith debochou.

— Eu só quero garantir que ela fique comigo, um casamento seria bastante vantajoso para ela, não concorda? — dei de ombros bebericando o meu Bourbon, não era sempre que eu bebia no trabalho, mas como eu não tinha reunião hoje, aproveitei para beber e tirar o estresse.

— Concordo... Mas me responde uma coisa, isso só tem a ver com o fato do Caio querer tomar ela de você, ou porque você realmente se apaixonou pela Ana Beatriz e não quer admitir? — cruzou os braços me encarando.

Smith me conhecia mais do que ninguém, eu tinha que ser bastante convincente para que ele não desconfiasse que o Barcelos frio e calculista estava amando aquela mulher.

Nem eu consigo acreditar no que estou prestes a dizer, mas não vou falar sobre amor com o Smith, na realidade eu não quero falar com ninguém sobre isso, eu só quero ter ela para sempre do meu lado sem precisar falar de amor ou quem sabe me declarar um dia.

— O dia que você me ver apaixonado, me interna... Eu estarei maluco com certeza! — o retruquei. — Só quero casar porque vai ser a única forma de ter ela só para mim, sem que outro homem se meta.

— Outro homem que você se refere é o Caio? — arqueou uma sobrancelha.

— Ele, e muitos outros que ficam de olho na minha garota. — suspirei virando todo o uísque na minha garganta, fiz uma careta me recompondo, eu odeio uísque, mas ele me relaxava, por isso eu bebia.

— Você está muito obcecado por ela, tem muitas outras garotas por aí Barcelos, se você se amarrar a ela eu tenho quase certeza que você não conseguirá ser fiel. — afirmou, e eu até concordava com a sua afirmação.

— Mas quem disse que eu preciso ser fiel? Ela sendo para mim está ótimo. — dei de ombros.

— Cara, é uma furada!!! — negou com a cabeça impaciente.

— Você é pago para cuidar da parte burocrática da minha vida, e não para dar palpites. — resmunguei.

— Achei que quisesse a minha opinião a respeito do casamento. — depositou suas mãos no bolso da calça.

— Na realidade não, só queria confirmar que você acharia uma furada. — brinquei rindo.

— Tá legal, já que não precisa mais de mim... Vou trabalhar. — disse se virando para sair.

— Não se esquece de ver as passagens pra mim, eu quero muito leva-la até Paris, quem sabe não nos casamos lá mesmo. — dei de ombros.

— Dizem que Paris é a cidade do amor, um lugar bem romântico. — sorriu de canto.

— Perfeito para o nosso casamento, prepara as coisas para mim, quero tudo de melhor para a minha garota. — me sentei pegando o meu celular para dar uma bisbilhotada.

— Como você quiser. Mais alguma coisa chefe? — foi bastante irônico.

— Para de me chamar de chefe, já está de bom tamanho. — apontei o dedo indicador em sua direção.

— Ok... — assentiu saindo por fim da minha sala.

Apoiei minhas costas na cadeira, e com um sorriso bobo nos lábios fiquei imaginando o meu casamento com Ana Beatriz em Paris, jamais pensei planejar isso um dia, mas era real, eu iria me casar com ela e finalmente eu teria ela exclusivamente pra mim, pois um casamento é sagrado, temos que respeitar o nosso parceiro 

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