Sugar Baby

Capítulo 67

|Narração Ana Beatriz|

⠀

Fiz todo aquele ritual de sempre, cheguei da faculdade e me preparei para "dormir", as minhas noites eram resumidas nisso, eu só esperava a minha mãe dormir para que eu pulasse a janela e fosse ao encontro do Luan.

Peguei minha mochila, pulei a janela, mas dessa vez na hora de pisar no chão eu torci o meu pé, era uma dor insuportável, respirei fundo e controlei o choro, eu não podia chorar.

— Merda... — resmunguei espremendo os olhos.

Caminhei mancando até o carro do Luan, ele estava mexendo no celular e quando entrei no carro ele guardou o mesmo rapidamente como se eu não pudesse ver do que se tratava.

— Boa noite... — lhe dei um beijo no rosto.

— Boa noite, está tudo bem? — olhou para o meu pé.

— Eu virei meu pé, acho que vai inchar. — fiz uma careta.

— Quer ir para o hospital? Você pode ter torcido, quebrado... Sei lá! — ele era muito fofo todo preocupado.

Segurei em seu rosto e lhe dei um beijo molhado, como eu estava com saudades dele, parece que quanto mais tempo passamos juntos, mais eu quero estar ao seu lado.

— Não precisa... Vamos? — propus me afastando e coloquei o cinto de segurança.

Na realidade estava doendo até demais, eu mal conseguia pisar com ele no chão, mas foi por conta da pancada mesmo, amanhã ele estará bom e eu vou poder curtir meu sugar daddy tranquilamente.

Estranhei quando Luan seguiu um caminho diferente, sempre íamos pro motel, mas dessa vez ele escolheu algo diferente e eu não fui comunicada pelo que parece.

— E então, como foi a consulta com a ginecologista hoje? — perguntou curioso.

— Não foi com ela, foi com o marido dela. — expliquei e ele me olhou no mesmo instante.

— Como assim? Eu marquei sua consulta com a Rafaela, e não com o marido dela. — disse rude e eu não entendi o motivo do seu descontentamento.

— Sim, mas surgiu um imprevisto e ele pegou os horários dela, eu não vi problemas nisso. — dei de ombros.

— É, mas eu vejo problemas nisso, um homem olhando para a tua boceta Ana Beatriz! — praguejou acelerando o carro.

— Você está com ciúmes? — arqueei as sobrancelhas, eu queria sorrir, ele estava com ciúmes de mim.