Capítulo 113

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|Narração Ana Beatriz|

— Como você é idiota. — tentei me afastar dele, mas Raul segurou meu braço fazendo com o meu corpo se chocasse com o dele. — Me solta! — pedi impaciente.

— Você é tão linda bravinha. — passou uma das mãos sobre o meu rosto e tentou me beijar à força, mas eu consegui dar um chute no meio das suas pernas com o joelho, e isso fez com que ele me soltasse.

Sai rapidamente dali entrando para dentro do salão, eu estava bastante assustada com a sua atitude, eu realmente não esperava que ele fosse fazer isso comigo, afinal, ele parecia gostar da minha amiga.

Respirei fundo me sentando na mesa e Luan ainda estava no palco dançando com aquela mulher, revirei os olhos andando até o bar, pedi uma bebida e me sentei ali mesmo.

— Até que enfim te achei amiga... — ouvi a voz de Nanda ao meu lado.

— Oi amiga. — suspirei passando as mãos pelo meu cabelo.

— Está tudo bem? — arqueou uma sobrancelha.

— Está. — torci os lábios abaixando o olhar.

O garçom trouxe a minha bebida e eu beberiquei no mesmo instante, eu precisava de muito álcool para aguentar essa noite sem enlouquecer.

— Não parece... — fez uma pausa. — você não viu o Raul? Eu estou procurando ele. — suspirou passando o seu olhar por todo o salão.

— Amiga... Posso ser sincera com você? — me virei para a mesma.

Eu contaria pra ela o que ele tinha feito comigo, não quero que ela se iluda achando que ele é um homem perfeito, quando na verdade ele é um idiota que está usando ela.

— O que aconteceu Ana Beatriz? Você anda tão estranha... Acho que é culpa do Barcelos. — soltou um riso frouxo.

— O Raul tentou me beijar. — espremi os olhos.
Fernanda começou a rir como se eu tivesse contado uma piada pra ela, eu não estava entendendo a sua reação.

— Fala a verdade Ana Beatriz, o que aconteceu? — perguntou impaciente.

— Eu estou falando amiga, ele tentou me beijar... O Raul é um idiota! — murmurei firme.

— Para de mentir... O Raul jamais faria isso comigo. — disse com desdém como se eu estivesse mentindo.

— Fernanda, você é a minha amiga há anos, sabe que eu jamais mentiria para você. — retruquei inconformada.

— Eu não te conheço mais, depois que você começou a se envolver com o Barcelos você se tornou outra pessoa! — revirou os olhos.

— Fernanda, eu sou a mesma pessoa que você conheceu... Eu que não estou te reconhecendo.

— É melhor eu sair daqui, não quero brigar com você Ana Beatriz! — se levantou de imediato e saiu me deixando sozinha ali novamente.

Como fui iludida de achar que ela entenderia, ela está apaixonada pelo Raul, jamais iria acreditar em mim.
Mas afinal, éramos melhores amigas não é

Não pensei que ela agiria assim comigo por causa de um homem.

Bebi um, dois, até três copos daquele drink que o garçom estava me servindo, eu não fazia ideia do que era, mas eu estava colocando para dentro.

Eu já nem sentia mais o gosto do álcool, ele descia como se fosse água, e eu nem estava ligando, mas isso é um dos piores erros de uma pessoa, começar a beber sem ao menos ter comido algo, e sem pensar nas consequências.

— Ana Beatriz... O que você está fazendo? Eu estava te procurando. — ouvi a voz de Luan atrás de mim, soltei um longo suspiro antes de me virar.

— Estou bebendo. — falei óbvia.

— Eu estou vendo... Mas chega, precisamos conversar!

— Agora você quer conversar? Me deixa em paz. — puxei meu braço falando com um pouco de dificuldade.

— Tira esse copo daqui por favor! — ordenou olhando para o garçom.

— Aí, você é mandão demais Barcelos, para de ser assim. — revirei os olhos me levantando da banqueta onde eu estava sentada.

— Ana Beatriz, você está muito alcoolizada, vamos embora. — pediu com cautela.

— Não, vai você se quiser, eu vou dançar. — ergui as mãos pra cima e comecei a dançar ao som de uma musica qualquer que estava tocando.

A maioria das pessoas estavam animadas, dançando e sorrindo, porque eu não poderia também?

Se o Luan quer ser um velho ranzinza, pode ser, mas eu vou me divertir.

Fechei os olhos e senti a música me levar, não sei se isso era efeito dos drinks, mas eu estava leve e muito feliz, era um sentimento de liberdade que eu nunca tinha sentido antes, era bom demais você se sentir feliz assim.

Mas a minha felicidade durou tão pouco, ou eu acho que ela nunca existiu, eu fantasiei ela na minha cabeça, quando na verdade eu já estava no fundo do poço.

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