Capítulo 87

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|Narração Ana Beatriz|

Com a ajuda de Fernanda eu escolhi o que vestir, até o momento não havia uma ligação ou mensagem do Luan, eu não iria ir atrás dele, por mais que a vontade fosse totalmente ao contrário.

— Saco

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— Saco... — bufei me jogando no sofá.

Os minutos se passavam, e nenhum sinal dele, até onde eu sei tínhamos combinado ir bem cedo para Gramado, mas pelo jeito ele desistiu de me levar junto.

Meu celular tocou e quando vi o nome de Luan não pude controlar o sorriso em meus lábios, meu coração chegou errar as batidas.

— Oi... — falei sem demonstrar emoção.

— Oi Bia, estou aqui na frente da sua casa. Está pronta? — perguntou.

Caminhei em direção a janela e pude ver um dos seus carros estacionado em frente, era ele sim.

— Sim, eu já saio. — soltei um longo suspiro.

— Tá bom. — disse ele finalizando a ligação.

Caminhei até a minha mala, peguei meu óculos de sol e o restante das minhas coisas. Fechei a casa e sai em direção ao Luan, eu estava com as pernas bambas, como eu reagiria a ele depois do que aconteceu ontem?

Eu não consigo engolir as coisas sem falar nada, eu não iria conseguir agir naturalmente como se nada tivesse acontecido.

Luan desceu do carro, se aproximou de mim e me deu um selinho rápido pegando a minha mala logo em seguida para colocar no porta-malas.

Entrei no carro, coloquei o cinto de segurança e esperei pelo Luan, batuquei meus dedos na perna, eu estava nervosa e nem se porque.

— Está animada? — perguntou entrando no carro. Luan passou o cinto de segurança sobre o seu corpo e logo deu partida.

— Sim. — dei de ombros sem ao menos olhar para ele.

— Mesmo? Não parece... — soltou um riso frouxo.

— Só estou com sono. — murmurei encostando a minha cabeça no vidro.

— Pode dormir se quiser, a viagem é longa baby. — levou uma de suas mãos até a minha coxa e ali deixou a mesma.

Meu corpo todo se arrepiou com o seu toque, não posso ceder facilmente, se não ele sempre vai fazer o que quiser comigo.

— Ta bom. — abaixei o banco para trás e me virei de costas para ele.

Eu preferia mil vezes estar em silêncio do que acabar brigando com ele, sei que se eu tocasse nesse assunto iríamos brigar, Luan é marrento demais e não dá o braço a torcer.

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