Capítulo 111

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|Narração Luan|

Engoli em seco ao ouvir o Caio dizer isso, não acredito que ele vai se prestar a isso, contar toda a verdade achando mesmo que ela vai ficar com ele depois de tudo.

Minha vontade era de entrar nesse banheiro e interromper essa conversa, mas eu queria ver até onde iria.

— "Eu sei que você está acompanhada... Inclusive eu me aproximei de você porque o Luan pediu, era um teste". — espremi os olhos ao ouvir isso.

— "Teste? Como assim teste?" — Ana Beatriz perguntou com a voz embargada.

— "Ele queria te testar, pra ver se você ficaria com outros homens enquanto estivesse com ele".

— "Nossa... Então você sabe o porquê de eu estar com ele, e transou comigo apenas por causa de um teste idiota?"

— "Eu me arrependi de ter feito isso Bia, eu juro... Queria ter te contado antes de ficar com você, eu te achei uma garota incrível, que não merece um homem como ele... O Barcelos é frio e calculista, você vai se machucar com ele". — ele só pode estar de brincadeira com a minha cara.

— "Ah... Você não tem moral alguma pra falar dele, você é igualzinho".

Ana Beatriz pigarreou e pude ouvir seus passos, então sai dali rapidamente entrando no banheiro masculino, respirei fundo me sentindo um idiota por isso.

Mas como que eu iria imaginar que o Caio daria para trás dessa forma? Eu confiava nele, jamais pensei que ele fosse se encantar por ela.

Esperei alguns minutos e sai do banheiro voltando para o salão, pude ver a Ana Beatriz de longe sentada na mesa onde estávamos, ela parecia perdida e seu olhar caminhava por todo o salão, suspeito que ela estivesse me procurando.

Aproximei-me em passos lentos com o meu copo de uísque em mãos, quando o seu olhar encontrou com o meu, ela franziu a testa me encarando com o semblante sério, suponho que estivesse furiosa por conta do que o Caio contou.

— Onde você estava? — indagou sem ao menos esperar eu me aproximar um pouco mais da mesa.

— Fui ao banheiro. — falei obvio.

— Com o copo de bebida? — arqueou uma sobrancelha.

— Qual o problema? — me sentei do seu lado.

— Eu já sei de tudo... — sussurrou respirando fundo.

— Tudo o que? — beberiquei meu uísque me fazendo de desentendido.

— Você sabe do que eu estou falando, eu sei que o Caio se aproximou de mim por conta de um teste idiota que você queria fazer comigo. — murmurou impaciente.

— Ana Beatriz, aqui não é um lugar apropriado para falar disso. — respirei fundo.

— Quando vai ser um lugar apropriado? Nunca? Você só pode ser sem noção pra fazer isso. — revirou os olhos.

— Chega Ana Beatriz, chega. — beberiquei meu uísque.

O silêncio se instalou no ambiente e ela nem se quer me olhava, como se eu fosse a pior pessoa do mundo, eu não quero conversar com ela sobre isso logo aqui, não era um lugar adequado.

— Quer mais vinho? — indaguei.

— Não! Estou satisfeita. — disse rude sem ao menos me olhar.

— Bia, para com isso, viemos aqui para se divertir, por favor. — suspirei.

— Eu estou chateada, não tenho nem esse direito agora? — cruzou os braços me olhando.

— Depois que estivermos sozinho você pode descontar toda a raiva em mim... Mas agora vem cá. — puxei seu corpo para perto do meu.

Beijei o seu rosto e ela permaneceu imóvel sem demonstrar nada, seria difícil dobrar a Ana Beatriz, mas eu já a conheço o suficiente para saber que isso não vai demorar muito.

A festa começou, e para divertir as mulheres haviam homens sarados e praticamente pelados rebolando ao som de uma música animada.

Está certo que a esposa do meu amigo queria dar uma animada em suas amigas, mas isso já era demais.

Eu nem preciso dizer o quanto isso era desnecessário não é? Os homens começaram o show no pequeno palco que havia ali, e logo em seguida eles iriam escolher três mulheres para subirem ao palco.

Torci os dedos para que não escolhessem a minha garota, eu não vim aqui pra ficar vendo um homem desses rebolando perto da Ana Beatriz.

— Como você se chama? — um deles parou na frente da nossa mesa e eu trinquei o maxilar.

— Bia! — respondeu sorrindo.

— Bia, você me acompanha até o palco? — perguntou esticando sua mão em direção a Ana Beatriz.

Seu olhar se direcionou ao meu, ela sorriu de canto e esticou sua mão se levantando logo em seguida. Não, ela não vai fazer isso.

Ana Beatriz estava testando a minha paciência hoje, não era possível. Fechei os olhos respirando fundo, eu não iria fazer um escândalo na frente de todos, por mais que fosse a minha vontade.

Controlei a vontade de tirar a Ana Beatriz arrastada daquele palco e fiquei observando cás reação sua, era tudo para me provocar, ela não tirava seus olhos dos meus.

A dança começou, homem esfregava seu corpo cheio de músculos, e soado pela minha garota como se aquilo fosse a melhor coisa naquele momento, mas não era.

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