Capítulo 143

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|Narração Ana Beatriz|

— Ela é sempre assim quando eu resolvo viajar com o meu jatinho... Teve uma fez que fizemos um pouso forçado, e ela ficou receosa desde então. — deu de ombros.

— E mesmo assim você quer viajar com ele? — perguntei apavorada.

— Relaxa... Meus pilotos falaram que está tudo em ordem, não há risco nenhum! — ligou o carro dando partida, confesso que me deu um frio na barriga ao saber disso, seria a primeira vez que eu voaria, e saber que ele já quase sofreu um acidente me deixou ainda mais com medo.

— Ta bem. — respirei fundo tentando relaxar.

Chegamos no aeroporto onde iríamos embarcar, fomos recebidos tão bem pelos seus funcionários, haviam duas mulheres com champanhe e muita comida prontas para nos servir.

No seu jatinho havia até uma cama, vocês têm noção disso? O Barcelos era tão rico a ponto de pegar o seu jatinho para ir até Paris em dois toques, eu fico incrédula com isso.

— Está mais calma? — perguntou acariciando as minhas mãos, já estávamos sentados, prontos para decolar.

— Um pouco, o nervosismo está tomando conta de mim, não vou negar. — mordi os lábios apreensiva.

— Vou segurar a sua mão, e não pense em coisas ruins, te garanto que estamos seguros.

Assenti sorrindo de canto, e ele apertou a minha mão com força me amparando, eu sei que pode parecer uma coisa boba para algumas pessoas, mas para mim era o maior desafio da minha vida.

Senti o avião todo tremer, minhas pernas ficaram bambas e eu apertei as mãos de Barcelos apavorada, eu não sei se conseguiria viajar.

— O que foi isso Barcelos? — perguntei de imediato.

— Estamos decolando. — respondeu cauteloso.

— E treme assim mesmo? — olhei pela janela e comecei a ver as nuvens se moverem lentamente.

— Sim, é normal... Você quer tomar algum calmante ou algo assim? — indagou acariciando meu rosto.

— Quero, quero sim. — minha voz embargou.

Barcelos ergueu as mãos, e uma das mulheres caminharam em sua direção, ouvi quando ele pediu o remédio para mim. A mulher assentiu e não demorou muito para trazer.

Tomei o calmante, logo senti uma moleza no corpo e meu olhos se fecharam aos poucos, peguei no sono sentindo os dedos do Barcelos acariciarem meus cabelos.

(...)

Passei a viagem toda dormindo, até que foi melhor assim, pois eu estava com medo. Chegamos em Paris por volta das dez horas da manhã, estava um clima agradável.

As folhas de árvores voavam pelas ruas, enquanto estávamos dentro do carro indo em direção ao hotel que o Barcelos havia escolhido para ficarmos.

Ele havia alugado um carro especificamente para esses dias que ficaríamos aqui, achei muito sofisticado, confesso.

Por fim chegamos no hotel, todas as pessoas pareciam serem muito felizes, e isso me admirava, não parecia existir tristeza na vida delas, o que chegava a ser estranho.

Me admirei mais ainda com o luxo do hotel que ele escolheu, nem preciso dizer que fiquei boquiaberta não é? Ainda não estou acostumada com essa vida que ele me proporciona.

— O que achou do hotel? — perguntou assim que entramos no nosso quarto.

Espera aí, ele havia pegado apenas um quarto para nós dois? Fazia tanto tempo que eu dormia sozinha que seria estranho tê-lo do meu lado.

— Achei maravilhoso, estou muito fascinada com o luxo desse lugar, você acertou mais uma vez Barcelos. — sorri largando a mala.

— O que quer fazer hoje? — perguntou e eu estranhei dando de ombros.

— Você perguntou isso para a pessoa errada, eu não conheço Paris, nem sei o que podemos fazer aqui. — suspirei abrindo a minha mala.

— Por isso mesmo, podemos sair passear, mas caso você esteja cansada do voo podemos ficar aqui, e sair para jantar mais tarde. — sentou na cama tirando seu calçado.

— Eu gostei da opção de ficarmos aqui por hoje, descansar e sair jantar mais tarde. — sorri erguendo o meu olhar pra ele.

— Como você quiser baby. — se aproximou me dando um beijo rápido. — Vou tomar um banho, você tira minhas roupas da mala e arruma elas? — perguntou gentilmente, nem tinha como eu negar depois disso.

— Claro, pode deixar que eu arrumo. — sorri recebendo mais um beijo, não estou acostumada também com esse Barcelos carinhoso, chega a ser assustador.

Suspirei terminando de tirar as roupas da mala, arrumei as minhas, depois arrumei as do Barcelos, ele saiu do banheiro e deitou na cama me observando terminar de arrumar as roupas.

Sugar BabyOnde histórias criam vida. Descubra agora