Capítulo 166

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|Narração Ana Beatriz|

Andávamos pela calçada a procura de mais lojas para gastarmos, Nanda conseguiu juntar uma boa grana durante o tempo que ela ficou como Raul, isso que eu chamo de esperteza, parece que ela estava adivinhando que um dia não teria mais o seu Sugar Daddy por perto.

— Então depois que vocês casaram em Paris, o contrato encerrou? — perguntou curiosa.

— Em termos sim, mas ele se tornou um homem pior do que ele já era... — torci os lábios lambendo a pequena casquinha que havíamos comprado.

— Mas e agora? O que você vai fazer? — me olhou preocupada.

— Não sei... Eu absolutamente não sei. — dei de ombros e minha voz embargou.

— Sinceramente? Você não precisa dele pra criar o seu bebê, segue a sua vida amiga... O Barcelos não vai mudar, não mesmo. — disse firme.

— E você acha que ele vai me deixar seguir a vida assim? Até ontem eu vivia presa naquela mansão, eu não via a luz do dia dessa forma há muito tempo, você não tem noção do quanto eu estou feliz de estar aqui. — suspirei.

— Estou feliz que estejamos juntas de novo... — me abraçou de lado. — Mas o fato dele ter deixado você sair comigo já é um grande avanço né? Quer dizer que ele não está tão preocupado assim.

— Ele está preocupado com outra coisa... Ou pra ser mais especifica, com o Smith.

— Admito que até agora estou abismada com o fato de que ele é gay, e completamente apaixonado pelo Barcelos... Imagina o choque que o próprio Barcelos levou ao saber disso? — indagou boquiaberta e eu assenti.

Agora as coisas estão mais claras em minha mente, eu não tinha percebido ontem o quanto o fato de eu contar isso tenha afetado a vida dos dois. Consigo perceber que talvez eu tenha cometido um erro terrível ao falar isso para o Barcelos, eu destruí uma amizade de anos.

— Está pensando no que? — Nanda indagou.

— Nada não. — falei e ela cerrou.

— Amiga, uma loja de bebês... Vamos comprar a primeira roupinha do seu? — propôs empolgada.

— Mas eu nem sei o sexo do bebê, não sei nada.

— Isso é de menos... — disse me arrastando para dentro da loja, eu até que gostei da ideia, por mais que não soubesse se é menino ou menina. 

(...)

Após uma manha agitada com Nanda, voltamos para a casa da praia e demos inicio ao almoço. Luan estava tomando banho quando entrei no quarto, larguei as sacolas na cama e fui olhar as poucas coisas que eu comprei para o meu bebê, eu estava tão feliz com a ideia de ser mãe.

No começo eu fiquei nervosa, tive medo de não ser uma boa mãe, mas agora não vejo o momento de ter o meu filho nos braços, e eu vou cuidá-lo com ou sem o Barcelos, disso eu estou decidida.

— O que é isso? — Barcelos perguntou rudemente saindo do banheiro.

Seu corpo estava molhado, algumas gotas escorriam pelo seu peitoral definido, e pensar que eu nunca mais aproveitei esse corpo, depois de um tempo se tornou rotineiro transar com ele, nem prazer eu sinto mais.

— Roupas para o meu bebê. — murmurei sorrindo.

— Porra Ana Beatriz, vai continuar insistindo nisso? — praguejou indo em direção ao guarda-roupa.

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