Capítulo 10

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|Narração Ana Beatriz|

Limpei os cacos de vidro como a minha mãe havia pedido, e fui para o meu quarto ficando lá até dar o horário da minha faculdade. Eu estudava em um Instituto Federal, quase me matei para passar no vestibular de Administração, e com muito custo consegui.

No começo eu ia praticamente obrigada, quase tranquei a faculdade por não ser aquilo que eu realmente queria de verdade, mas hoje até que eu gosto do curso, me acostumei.

Ouvi leves batidas na porta enquanto eu passava o meu rímel, pelas batidas eu sabia que era a minha mãe, então somente gritei para que ela entrasse, pois a porta não estava trancada.

— Fernanda está aí... — disse simplesmente.

— Uhum... Pede pra ela vim aqui. — murmurei.

Ela me encarou por alguns segundos e por fim saiu do meu quarto com a expressão séria.

Segundos depois minha melhor amiga entrou no meu quarto, ela cursava Direito na mesma faculdade, então eu aproveitava e ia de carona com ela a ajudando com o dinheiro da gasolina.

A única diferença era que Fernanda estava cursando o que ela sempre quis, então ela amava o que estudava e não estava lá obrigada porque sua mãe a chama de incompetente.

— Oi amiga... Como você está? — perguntou me dando um beijo no rosto.

Soltei um longo suspiro e contei sobre o meu dia péssimo, por mais que ela já soubesse boa parte do que havia deixado o meu dia ruim.

Fernanda me entendia como ninguém, não era atoa que eu dizia que ela a minha irmã gêmea de outra mãe, tínhamos os mesmos gostos, ideias e experiências sobre a vida.

— Mas e agora que você está desempregada? Vai esperar passar o teu seguro, ou vai deixar ele pra lá e ir atrás de um emprego? — indagou pegando um dos meus batons para passar.

— Ainda não sei... Acho que ficar em casa uns meses seria bom. Mas em compensação eu terei que aguentar o porre da minha irmã. — bufei revirando os olhos.

— Já te falei para se inscrever naquele site de Sugar Baby, vai que você encontra um homem maduro para te bancar? Melhor coisa... — sorriu sacana.

— Você até agora não encontrou alguém que te banque... Então eu acho que é enganação. — dei de ombros.

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