Sugar Baby

Capítulo 118

|Narração Luan|
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— Vai pra puta que pariu! — gritei impaciente jogando um monte de papel no chão, eu estava furioso.

Fiquei apenas um na sexta-feira fora e tudo virou uma bagunça, tudo estava dando errado, eu tinha duas reuniões hoje para comprar duas empresas e elas foram canceladas após o vexame daquela festa cair em boca erradas.

Todo mundo estava comentando que eu estava namorando uma adolescente alcoolizada que saiu no tapa com outra.

Eu sinceramente não sei porque esses colunistas de merda fazem isso, destruir a imagem de uma pessoa importante como eu deve ser tão prazeroso quanto gozar pra eles.

Bando de filho da puta.

— Barcelos, você dá uma segurada que nem sempre eu vou te defender, você quase acertou os papéis na cara do estagiário. — Smith disse andando atrás de mim, eu estava indo em direção a minha sala.

— Estou pouco me fodendo para o estagiário porra, eu só preciso de um café. — parei em frente à mesa da minha secretária. — Cadê aquela incompetente? — olhei para o Smith.

— Você demitiu ela na quinta, esqueceu? Estamos sem secretária pra você meu amigo. — revirou os olhos entrando na minha sala.

— Caralho, e porque você ainda não deu um jeito nisso? Eu não posso ficar sem secretária. — praguejei pegando o meu celular.

— Você disse que iria resolver isso sem mim, disse com todas as palavras quando eu propus selecionar algumas candidatas. — deu de ombros com desdém.

— E ninguém na porra dessa empresa pode fazer um café pra mim? — murmurei me sentando.

— Não, as pessoas estão ocupadas demais fugindo do seu mau humor. — disse com sarcasmo.

— Ok... — olhei para a mensagem da Bia me avisando que ela já estava na minha casa. — Eu já sei quem colocar no lugar da Cristina. — sorri de canto.

— Quem? — perguntou sem entender.
— Ana Beatriz... Vou unir o útil com o agradável. — falei óbvio ligando para uma cafeteria da cidade, eu precisava tanto de cafeína hoje, mais do que sexo se duvidasse.

— Não, acho melhor contratar uma pessoa com experiência. — negou no mesmo instante.

— Quem paga os funcionários daqui mesmo? — murmurei cerrando meus olhos em sua direção.

— Você! — respirou fundo se recompondo.

— Ótimo! Ana Beatriz é a minha nova secretária, manda o RH preparar o contrato de trabalho dela para a admissão. — me levantei andando pelo escritório pensativo com as mãos no bolso.

— Você vai mesmo admitir ela? Só diz que ela vai ser sua secretária, ela nem precisa de um salário, você já está dando de tudo pra ela.

— Eu não quero levar danos morais por manter uma pessoa trabalhando na minha empresa sem registro, então faça o que eu estou mandando... Você é meu Advogado porra, deveria me instruir a fazer o certo. — apontei o dedo em sua direção.

Ele assentiu, e por fim me atenderam na cafeteria, aproveitei e pedi muito café, para o dia todo se fosse necessário, eu não iria suportar um dia todo sem cafeina no meu sangue.

Por sorte Ana Beatriz estava na minha casa, poderíamos trepar depois do almoço e eu voltaria mais relaxado para a empresa, sem ter vontade de demitir quase metade dos meus funcionários por incompetência.

— Eu sei que você não quer falar disso... Mas o teu mau humor tem a ver com o que aconteceu naquela festa? — Smith perguntou com cautela.

Ergui o meu olhar para o mesmo respirando fundo, eu queria dizer que não, mas eu estaria mentindo até para mim.

— Tem. — respondi simplesmente sem dar muitos detalhes, sinceramente, isso era a última coisa que eu queria falar nesse instante.

— Mas o que aconteceu de verdade? Ela ficou realmente com o Raul? — indagou me olhando.

— Não sei cara, você sabe que eu não confio muito nas merdas que sai daquela boca... Mas  nem conversamos a respeito, para mim o assunto já morreu. — falei firme.

— E se realmente aconteceu? Você vai continuar com ela sabendo que ela possa ter ficado com o seu maior rival? — franziu as sobrancelhas me olhando firme nos olhos.

— Isso não diz respeito a você Smith! — praguejei desviando o meu olhar do seu.

— De certa forma sim, faço todo o trabalho sujo para você. — disse óbvio.

— Isso não quer dizer que você deva tomar decisões com quem eu deva ou não ficar. — falei alterado, ele entendeu o recado pois não disse mais nada, apenas soltou um longo suspiro de levantando, e por fim saiu da minha sala me deixando sozinho e em paz.