Capítulo 156

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|Narração Luan|

Eu estava eufórico, soando frio e não conseguia controlar o meu corpo, quando a raiva toma conta de mim eu não consigo entender o que acontece, é como se outro homem tomasse conta do meu corpo.

Entrei na minha sala furioso, bati a porta e comecei a jogar todas as coisas que eu via na minha frente, eu não acredito que bati nela de novo, eu deveria ter me controlado.

- Você é um burro Luan Barcelos, você é um burro!!! - apoiei minha cabeça sobre a parede e respirei fundo.

A porta se abriu e eu olhei em direção ao Smith, meus olhos ardiam de fúria, eu não conseguia entender porque ela me causa tanto ciúme, só de imaginar ela com outro homem, o meu sangue ferve.

O amor que eu sinto por ela está virando em obsessão e eu não consigo mais me controlar, eu não sei demonstrar, mas também não a quero perder para outro.

- Está tudo bem? - Smith perguntou e sua voz parecia estar longe.

Espremi os olhos e senti um pingo de suor escorrer pela minha testa, eu tive que sair daquela casa antes que eu acabasse a matando, eu não quero machucá-la mais, só que não consigo controlar a fúria dentro de mim.

- Não... Aconteceu de novo, eu não sei mais o que fazer. - respirei fundo.

Smith já sabia do que se tratava, eu já fui em um médico descobrir o motivo de eu ser assim, segundo o médico eu tenho Transtorno Explosivo Intermitente, que pode ser acusada instantaneamente, ou por conta de raiva ou algo assim, quando isso acontece eu não tenho controle sobre os meus atos, mas minutos depois eu me arrependo.

Já tentei fazer um tratamento, mas por conta da minha rotina corrida eu acabei abandonando, e realmente achei que estava tudo bem, mas não está, eu estou cada dia pior

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Já tentei fazer um tratamento, mas por conta da minha rotina corrida eu acabei abandonando, e realmente achei que estava tudo bem, mas não está, eu estou cada dia pior.

Eu nunca fui assim com outra mulher antes, o motivo de ser assim com a Ana Beatriz é porque eu tenho ciúmes e sentimentos por ela, isso faz com que o meu transtorno fique ainda mais a flor da pele, agora eu entendo

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Eu nunca fui assim com outra mulher antes, o motivo de ser assim com a Ana Beatriz é porque eu tenho ciúmes e sentimentos por ela, isso faz com que o meu transtorno fique ainda mais a flor da pele, agora eu entendo.

— Você precisa ir no médico de novo... — meu amigo me advertiu e eu neguei.

— Não... Eu não consigo mais fazer isso, eu me sinto um monstro a cada sessão. — pigarreei.

Ana Beatriz não sabia do meu transtorno, ninguém sabia na verdade, ninguém além do Smith, ele que me acompanhou no médico, ele que me ajudou quando eu precisei.

— Consegue sim cara, isso tem que parar de acontecer, se a Ana Beatriz te denunciar você está ferrado, você sabe disso! — me advertiu.

— Ela não vai fazer isso, eu já deixei bem claro o que vai acontecer com a família dela caso a policia descubra isso... — abaixei a cabeça respirando fundo, eu estava me recuperando de mais um surto.

— É... E se outra pessoa descobre? Isso não pode se repetir, você precisa voltar para o tratamento para que esse monstro que está dentro de você vá embora de uma vez por todas... Eu infelizmente não poderei te defender caso você seja preso, isso é um crime terrível e você sabe disso Barcelos. — me aconselhou e eu assenti.

— Eu vou voltar para o tratamento... Só preciso de um tempo. — me sentei apoiando minhas costas na cadeira.

Alguns segundos depois a porta se abriu e por ela passou o Caio furioso, ele estava com os olhos marejados e vermelhos, sua primeira reação foi se aproximar de mim e me dar um soco.

— Você está maluco? — praguejei sentindo o gosto de sangue na minha boca.

— Não é você que gosta de bater em mulher? Bate em alguém do teu tamanho para ver se você não sai roxo seu babaca! — apontou o dedo em minha direção.

— Aquela vadia já foi correr para você hein? — murmurei impaciente e Smith me olhou apreensivo.

— Caio, vamos resolver as coisas como dois adultos... Violência não leva a nada! — Smith disse cauteloso e ele riu nervoso.

— Explica isso para o seu amigo aí... Ele é um covarde que bate na própria mulher, mas isso você deve saber , me admira muito você aceitar tudo calado. — disse olhando para o Smith.

— Já estamos resolvendo isso, do foi um desentendimento entre ele e a esposa, isso é normal, você não tem nada que ver com isso. — disse firme e eu assenti.

— Eu não sei o que esse merdinha está se metendo entre eu e a minha mulher, quem você pensa que é? — indaguei alterado. 

— A partir do momento em que você machuca a mulher que eu amo sem motivo algum, eu vou me meter sim... Mas você não deve explicações para mim, isso você vai tem que explicar para a Polícia. — me ameaçou e meu sangue ferveu.

— Acho bom você repensar bem no que você acabou de dizer. — falei cauteloso.

— Vai me bater também porque eu não faço o que você quer? — arqueou uma sobrancelha se aproximando de mim.

Smith se enfiou no meio de nós dois o impedindo de me bater de novo, eu já estava pronto para revidar, só em outra vida que eu apanharia desse merda que se diz um homem.

— Caio, é melhor você sair, respirar fundo e pensar bem no que você está fazendo... Isso pode custar teu emprego! — Smith disse e ele começou a rir se afastando de nós.

— Eu já pedi minha demissão, quanto a isso não se preocupem... Vocês terão que se preocupar depois que eu for pra Delegacia. — apontou o dedo indicador em nossa direção e saiu da sala pisando fundo.

— Porra!!! — praguejei batendo na mesa com força.

Peguei o meu celular e liguei para um dos meus contatos que sempre fazia alguns trabalhos sujos pra mim, eu preciso urgentemente que ele impeça que esse idiota chegue até a Delegacia.

— O que você vai fazer? — Smith perguntou apavorado.

— Vou resolver esse problema. — suspirei.

No segundo toque Torres atendeu, ele era um chefe de gangue que não tinha dó nem piedade, quando eu precisava resolver alguns problemas como o Caio, eu sempre recorria a ele.

— Barcelos, que surpresa! — murmurou.

— Torres, preciso dos seus trabalhos, com o máximo de urgência. — pedi com cautela.

— Pode dizer, você sabe que sempre estou a sua disposição. — disse ele firme.

— Preciso que você impeça um homem de chegar na Delegacia, ele acabou de sair da minha empresa... Faça o que for necessário, mas não deixe ele chegar até lá. — falei rapidamente.

— Posso até matar se for preciso? — soltou um riso frouxo. — Manda uma foto do caboclo, meus rapazes já fazem o serviço rapidinho pra você.

— Ótimo! — murmurei.

Finalizei a ligação e fiz o que ele pediu, Smith negava com a cabeça me advertindo, se fosse preciso o Torres poderia matá-lo, assim eu me poupava de mais esse serviço, eu quero ele longe da Ana Beatriz, ela é somente minha.

Sugar BabyOnde histórias criam vida. Descubra agora