Capítulo 112

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|Narração Ana Beatriz|

Ver a cara de frustração do Luan foi a melhor coisa naquele momento, eu sei que ele estava segurando a raiva dentro dele, mas eu não perderia a oportunidade de dar o troco nele pelo que ele me fez.

Eu estava me sentindo horrível, magoada e traída, como ele foi capaz de pagar alguém para dar em cima de mim e depois me levar pra cama como se fosse à coisa mais normal do mundo?

O home todo sarado e suado esfregava seus músculos sobre o meu corpo, enquanto eu apenas olhava para o Luan com aquele sorriso de vingança, pelo menos dessa vez o destino não está contra mim, esse homem me chamar pra dançar veio em uma ótima hora.

Depois que o show acabou, e eu voltei para a mesa com um sorriso lá na orelha, eu estava realizada por ver a cara fechada do Luan.

— Você está testando todos os meus limites hoje Ana Beatriz! — praguejou me olhando firme, seu uísque foi virado na sua garganta completamente, e nem careta ele fez.

— Quem começou tudo isso foi você! — dei de ombros.

— Eu não estou deixando uma mulher esfregar seu corpo nu no meu.

— Mas pode deixar, eu não me importo. — falei com desdém, mas no fundo eu sei que se isso acontecesse eu iria ficar morrendo de ciúmes, e ainda mais frustrada do que ele.

— Ok... — disse simplesmente.

Os minutos se passaram, e ele levantou para pegar mais bebida, percebi a sua demora, mas nem dei muita atenção.

Quando o show das mulheres começou, tinham três mulheres também, elas escolheriam três homens para fazer uma dança sensual com eles.

Quando vi que uma delas tinha escolhido o Luan, me martirizei por ter dito aquilo há alguns minutos atrás, agora ele aproveitaria para me provocar também.

Comparado a dança com os homens, a mulher estava muito mais ousada, ela esfregava seus peitos na cara dele, e sentada no seu colo rebolando sobre o seu membro.

Parecia um tipo de orgia.

Aquilo estava me embrulhando o estomago.

Não aguentei a pressão, tentei ser forte mais não consegui, eu já estava magoada com tudo, isso só serviu para me deixar ainda pior, o choro estava entalado na garganta.

Peguei minha bebida e sai do salão de festas respirar um pouco de ar puro, e quem sabe chorar.

A brisa do vento batia em meu rosto enquanto eu raciocinava sobre tudo o que estava acontecendo, me envolvi com um homem mais velho por interesse, ele não era tão repugnante assim, muito pelo contrário, ele é muito gato e atraente, o que fez eu me interessar muito.

Estou muito envolvida com ele, e tem momentos que esse sentimento parecem recíprocos, já outros nem tanto.

Ele pagou outro homem para me seduzir pois ele queria me testar, as vezes ele parece rude, as vezes ele parece um amor.

Realmente o Luan é um homem indecifrável, eu jamais vou conseguir entendê-lo.

— É perigoso uma moça tão bonita assim ficar sozinha por aí... — ouvi uma voz masculina sussurrar atrás de mim.

Me virei rapidamente e ali estava o Raul, com as mãos no bolso e um sorriso sacana nos lábios, esse homem era estranho, ele tinha um olhar indecifrável.

Está certo que o Luan odeia ele, mas a minha amiga o descreve como um homem perfeito, um homem que toda a mulher sonha, e não a julgo, ele realmente é muito atraente e bonito.

— Eu só estou tomando um pouco de ar. — respondi a sua afirmação com um sorriso forçado nos lábios.

— Acho que sei o que te fez vim querer tomar um ar. — se aproximou ficando do meu lado, quem visse acharia que éramos íntimos.

— Sabe? — arqueei uma sobrancelha confusa.
— O Barcelos estava dançando com a mulher lá no palco, realmente aquilo é um bom motivo para você vim aqui. — se ele soubesse, pensei comigo.

Boa parte era por causa disso, mas a outra parte é que eu estava perdida na minha própria vida, nem eu conseguia me entender mais, e isso é preocupante.

— Talvez seja. Talvez eu só queira um tempo pra mim... — dei de ombros.

— Me pergunto sempre como um cara como ele conseguiu uma garota tão doce como você. — sorriu ficando ainda mais próximo de mim.

— Você é sempre assim? — torci os lábios me afastando um pouco mais dele.

— O que foi? Calma... Eu não mordo não! — sorriu passando as mãos no meu cabelo.

— Você namora com a minha amiga. — tirei suas mãos do meu cabelo.

— Namoro com sua amiga? Quem disse isso? Ela é minha purinha assim como você é do Barcelos. — disse num tom de sarcasmo.

Sugar BabyOnde histórias criam vida. Descubra agora